Tentando acertar você só erra?

Entenda o que falta para, finalmente, você parar de ter uma vida regada de sucessivos erros e viver realmente feliz e realizado

Imagem de capa - Tentando acertar  você só erra?

Imagine que você queira fazer um bolo de chocolate. Para obter o resultado que você tanto deseja, você precisa seguir a receita. Há etapas fundamentais que, se não forem seguidas, não deixará o bolo do jeito que você desejou. Faz sentido, por exemplo, querer um bolo de chocolate e não usar chocolate no preparo? Ou querer um bolo assado, mas retirá-lo do forno antes do tempo? O que você acha que pode acontecer se não usar as medidas certas descritas na receita? Com certeza, você vai ter um bolo, mas certamente não será delicioso.

Na vida também é assim. Mesmo que não tenhamos a fórmula exata para termos a vida que desejamos, há etapas que precisamos seguir. No entanto, assim como não é difícil encontrarmos aqueles que querem o bolo de chocolate, mas não seguem a receita e, portanto, não têm o resultado desejado, com frequência encontramos pessoas que não colocam os “ingredientes” certos para que alcancem aquilo que desejam na vida.

Tentando acertar, elas cometem uma sucessão de erros. E o pior: acreditam que, pelo fato de estarem se esforçando, deveriam obter o resultado esperado. A Bíblia, em Provérbios 14.12, diz: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Essa passagem revela que não é difícil se enganar e achar que está fazendo tudo de maneira correta. Mas o fato é: não interessa se o que você quer é certo, se aquilo que você faz para obter o resultado está errado. É como alguém que quer acertar o alvo, mas, que, quando lança todos os dardos, não o atinge com nenhum deles.

As escolhas pioravam o que já era ruim
Na infância, a vigilante Elisabete de Souza, (foto abaixo) de 43 anos, foi cercada de proteção. “Eu queria ter uma certa liberdade porque eu me sentia presa dentro de casa.” E foi nesta busca por liberdade que ela começou a fazer escolhas erradas. A primeira foi aos 15 anos: “eu conheci o cigarro, a maconha, a bebida, a cocaína e o haxixe, saía com vários rapazes e me prostituía”.

Contudo, enquanto fora de casa Elisabete recebia o incentivo para ser rebelde, dentro de casa ela era incentivada a estudar. Então, para agradar os pais, ela se dedicou no colégio até se formar no magistério. Durante um período, ela até ficou sem se envolver com drogas e teve atitudes adequadas. Só que, ao término do curso, ela recebeu uma proposta de uma suposta amiga: se mudar do interior de São Paulo para a capital para ser sócia dela em uma escola. “Eu tinha o sonho de conquistar, de formar uma família e de ajudar os meus pais. Eu queria mostrar para eles que eu tinha vencido.” Mas, quando Elisabete se mudou, seu sonho virou um pesadelo: a escola estava falida. Assim, sem ter como se sustentar, ela se tornou empregada doméstica dessa “amiga” e, como não recebia salário, na verdade, era “escrava”.

Depois de fugir da casa da “amiga”, Elisabete fez outra escolha errada: “vi o anúncio de uma vaga para garçonete, mas era uma casa de prostituição. Sem ter para onde ir, eu fiquei lá”. Nesse lugar, ela se sujeitou a mais erros: “eu usava drogas para me satisfazer e satisfazer os desejos dos clientes. Só que, no fundo, eu queria encontrar alguém que me valorizasse”. Tentando consertar, Elisabete só piorava a situação: “uma amiga me indicou um homem para me relacionar, mas ele estava preso há cinco anos. Eu aceitei a proposta porque a considerei uma oportunidade de sair
da prostituição”.

Então, no momento em que eles se conheceram, ela acreditou que estava fazendo a escolha certa e se tornou “mula” (indivíduo que transporta droga em seu corpo) para o rapaz. “Eu podia ser presa, mas eu só queria entrar no presídio e investir no meu relacionamento.”

Quando o rapaz saiu do presídio, o carinho e a promessa dele de que teriam uma vida juntos foram convertidos em agressões e ameaças de morte. Foi então que Elisabete mais uma vez fugiu de casa. Para conseguir um emprego digno, ela começou a frequentar casas de espíritos e, pouco tempo depois, foi admitida na empresa multinacional que queria. Contudo, meses depois, ela desenvolveu síndrome do pânico e não conseguiu permanecer no trabalho.

Sozinha e com crises intensas, Elisabete recorria à cocaína. “Eu cheguei a cheirar cocaína em cima de uma Bíblia. Neste dia, eu tive uma overdose. Sentindo que eu iria morrer, pedi ajuda a Deus e abri a Bíblia no Salmo 91. À medida que eu o lia, tudo o que eu sentia saía”. E, mesmo sob efeito das drogas, Elisabete foi à Universal.

Ela se recorda que, apesar de estar drogada, uma palavra dita pelo pastor chamou sua atenção. “Quando o pastor pregou sobre sacrifício, eu despertei. Eu estava em um ponto que nem o mundo me queria e falei para Deus: ‘ou o Senhor me cura ou o Senhor me mata, mas essa vida eu não quero mais’”.

A partir dessa entrega, não demorou para que a mudança dela acontecesse. Ela, porém, achava que precisava ser realizada na vida amorosa e, em uma Fogueira Santa, pensou em escrever o pedido por essa área. Até que, na ocasião, ela lembrou de uma passagem bíblica que a fez despertar para o erro que ela estava prestes a cometer: “foi o versículo Romanos 8.9: ‘E se alguém não tem o Espírito de Deus esse tal não é dEle’. Então, abri mão daquele pedido e falei: ‘Deus, eu quero o Espírito Santo, eu necessito tê-Lo’”.

Ela subiu no Altar com a certeza da Presença do Espírito Santo: “aquela alegria tomou conta do meu ser e desci do Altar realizada. Eu só queria servir a Deus”. Agora, com o Espírito Santo, ela tem condições para fazer as escolhas certas e colhe os frutos dessa decisão. Atualmente, ela ajuda mulheres que vivem o mesmo que ela viveu, tem um casamento feliz com seu marido (Eloi), sua casa, seu trabalho e um relacionamento feliz com os pais.

Ela esclarece como era sua vida antes e hoje em dia: “eu não queria viver a vida que eu vivi, mas minha teimosia fez os planos do diabo serem executados na minha vida. Hoje eu vivo os planos de Deus”.

De “pinguço” a produtor e exportador de manga

E quando uma decisão errada quase coloca a perder uma vida toda? Quem vê hoje o empresário Roberto Pinheiro, (foto abaixo) de 65 anos, não imagina o quanto o vício em bebida alcoólica o fez errar durante muitos anos.

Ele conta que levava uma vida “normal” ao lado da esposa e dos filhos até que os momentos em que bebia com os amigos só para relaxar se tornaram constantes. “De uma hora para outra eu era um bêbado. O dinheiro que eu ganhava não dava nem para a bebida e, por isso, eu ficava devendo nos bares. Eu tentava não beber mais, mas não conseguia”, lembra.

Por causa da embriaguez, Roberto, que era topógrafo e funcionário público federal, faltava no trabalho a maior parte do mês e as faltas geravam grandes descontos no salário. “Teve mês de eu receber apenas um quarto do meu salário e ainda deixar metade do valor no bar.”

Sem crédito, ele não conseguia comprar alimentos para a família. Além disso, ele passou a sofrer com uma severa doença no estômago. “Uma vez minha filha falou para minha esposa que seria bom que eu morresse, porque só assim elas ficariam livres de mim.”

Naquela época, a esposa de Roberto, hoje falecida, assistia à programação da Universal e decidiu lutar pela família. Ela convidava o marido para ir com ela à igreja e, dois meses depois, ele decidiu ir. “Cheguei na Igreja bêbado, com a sandália maior do que os pés e sentei na última cadeira porque eu fedia cachaça. Dali em diante, todo dia eu ia para a igreja, mesmo bêbado. Quando minha esposa questionava se eu iria bêbado, eu dizia: ‘mas Jesus não disse vinde a mim do jeito que está?’”, recorda.

Ao conhecer mais sobre Deus, Roberto creu que seria curado do vício. “Tudo o que o pastor dizia, mesmo embriagado, eu obedecia e buscava a Deus.” Então, quando começou a campanha da Fogueira Santa, Roberto fez o pedido por sua libertação. “Eu determinei: ‘Deus, a partir de hoje, eu não vou viver essa vida e vou servir só o Senhor’.” Depois de se libertar, Roberto logo teve o desejo de buscar o Espírito Santo e, três meses depois, ele foi batizado. “Eu era outra pessoa. Tudo mudou, pois passei a receber outra direção. Aprendi a tratar minha família como um homem de Deus trata e Deus foi me abençoando”, conta.

No emprego, Roberto se tornou um funcionário exemplar. Depois, ele recebeu a proposta para comprar terras para cultivo. Com a direção de Deus, ele a aceitou e logo recebeu uma carta de crédito do banco. “Orei a Deus, confiei e segui. Desmatei a propriedade, mesmo sem entender de plantação, e fui prosperando.”

Dedicado, o agora agricultor passou a estudar tudo sobre o plantio de mangas. Hoje, quase duas décadas depois, ele contabiliza milhares de pés da fruta em sua propriedade, no interior de Pernambuco, e exporta para outros países. Ele tem os três filhos formados na universidade e presta serviço de topografia, drenagem, irrigação e terraplanagem.

Roberto lembra que, por ser inexperiente no ramo, tinha tudo para errar. A direção do Espírito Santo, porém, o fez acertar. “Nas dificuldades, eu orava a Deus de madrugada e pedia para que Ele me ensinasse. Foi assim que eu venci.” Por isso, ele afirma que o Espírito Santo é o seu bem mais precioso. “Eu não posso perdê-Lo. Eu não vou levar nada deste mundo. Se eu morrer, agora vou feliz, pois estou salvo e vou com meu Deus.”

Se Você erra na fé, você erra em tudo
No livro de Malaquias, Deus, por meio do profeta, alerta o povo que dizia conhecê-Lo que eles levavam uma vida que não O agradava: “Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes; tornai-vos para Mim, e Eu me tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?” (Malaquias 3.7). Observe que no fim do versículo as pessoas questionavam a Deus, pois acreditavam que agiam certo, mas seus erros só lhes rendiam perdição.

Você pode considerar que Elisabete e Roberto erravam porque não conheciam a Palavra de Deus, mas não foi o que aconteceu com o advogado Cristiano Pessanha, de 45 anos, e sua esposa, a dentista Marciana Pessanha, (foto abaixo) de 39 anos. Até um tempo atrás, a vida deles provava que o fato de conhecerem a Palavra de Deus não os impedia de errar. O casal fracassava na vida porque fracassava na fé e, quando se erra na fé, se erra em tudo. Eles aparentemente faziam tudo “certo”, conforme a Palavra de Deus, mas a vida deles mostrava que havia algo errado.

Eles se conheceram em uma igreja evangélica e se casaram. Cristiano conta que sempre fez muitos planos, mas o único que conseguiu concluir foi a faculdade de Direito. E, mesmo com formação acadêmica, sua vida não prosperava. Ele diz que, por causa das dívidas, vivia na dependência de terceiros. Sua esposa, apesar de já atuar como cirurgiã-dentista, também não via melhora, apesar de chegar a ter uma carga exaustiva de até 15 horas diárias de trabalho.

Dessa forma, conhecer a Palavra que conduz ao acerto e não ver resultados gerava em Cristiano frustração e questionamentos: “não entendíamos o motivo pelo qual nossa vida não crescia. Trabalhávamos muito e faltava tudo em casa. Eu me questionava por que via tantas pessoas crescendo e eu não conseguia sair da mesmice. Esses questionamentos eram latentes na minha mente e eu achava que era para eu viver daquele jeito mesmo”.

Os resultados negativos eram indicadores de que eles estavam errando e ambos sabiam que aquele conhecimento das Sagradas Escrituras não era aplicado cotidianamente em suas vidas. Marciana pregava a Palavra nesta denominação, mas, por não vivê-la, chegou a ter raiva dela: “eu não era obediente. Certa época eu queria rasgar a Bíblia na parte que diz que ‘o choro dura uma noite, mas a alegria vem pela manhã’. Esses conflitos só me traziam desespero, preocupações e insônia. Ficava difícil Deus fazer alguma coisa por mim”.

Por um tempo, Cristiano acompanhou a programação na TV da Universal e, quando o casal mudou de cidade, ele foi presencialmente a uma reunião. Ele entendeu qual era o seu maior erro à medida que participava dos encontros: “eu focava muito na vida material e faltava o Espírito Santo. Então, coloquei toda minha força nEle, até que O recebi e, assim, fui transformado”.

Marciana também alcançou esta transformação quando priorizou o Reino de Deus na prática. “Quando o Espírito Santo entrou, todo medo, desespero e opressão foi embora. Ele mudou meu coração, minha mente e minha conduta.”

Vivendo em obediência a Deus e sendo direcionado pelo Seu Espírito, hoje o casal desfruta da vida que sempre projetou viver. “Deus me deu condições de ter uma família maravilhosa, alegria, prosperidade e saúde. Contar com Ele nos traz segurança e confiança nEle e, consequentemente, em nós para decidirmos fazer algo”, afirma Cristiano. “Não tem gratificação maior ou melhor do que conhecer a Deus e torná-Lo conhecido. Quem tem o Espírito Santo, verdadeiramente, tem tudo”, finaliza Marciana.

Como acertar o alvo
Há muitas razões pelas quais as pessoas tentam acertar, mas cometem os mesmos erros. O fato é que a perfeição no resultado das tentativas é possível e a Bíblia revela esse segredo: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito”. (Gênesis 17.1)

O Bispo Renato Cardoso explica que o conceito humano de perfeição é viver sem cometer erros, mas a perfeição que Deus pede nada tem a ver com a falta de falhas humanas. “A perfeição aos olhos de Deus não é a ausência de erros: é você andar na Presença dEle. Se andar na Presença de Deus, você anda na consciência de que Deus está observando você o tempo todo”, declara.

Para isso é preciso andar conforme a Vontade de Deus, mas para que isso ocorra, é necessário ter o Espírito Santo. É Ele quem capacita o ser humano a fazer as escolhas que agradam a Deus e o conduz a uma vida realizada em todos os aspectos.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Mídia Piracicaba, Mídia FJU/Pernambuco / Kevin Leal