Superstições ou maldições?

A cultura brasileira incentiva inúmeras tradições de Réveillon. Mas será que alguma delas realmente tem chance de melhorar a sua vida?

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Réveillon é uma palavra francesa que significa despertar, erguer-se e é usada até hoje no Brasil para nomear a passagem para o novo ano que se inicia. Mas, para alguém acordar, não é preciso antes estar dormindo ou prostrado?

Muita gente realmente “dorme” na fé, esperando que uma simples mudança de números no calendário dê início a uma nova realidade. Para isso, milhões de brasileiros – inclusive muitos que se dizem cristãos – apelam para simpatias e tradições. Há quem veja isso como uma “brincadeira inocente”, mas muitos realmente depositam sua fé nessas práticas. Embora poucos se atentem para isso, muitos desses costumes têm origem em tradições de feitiçaria ou mesmo de simples invenções humanas, algo que a Bíblia condena veementemente em vários momentos:

Usar roupas brancas, por exemplo, talvez seja a tradição mais seguida no País nesta época do ano. A tradição vem de religiões como umbanda e candomblé e, muitas vezes, também são feitas oferendas de flores e outros objetos a Iemanjá, a “deusa” dos mares, lançadas às águas nas praias. Mas muita gente continua a achar que é só uma questão de moda. Leia o boxe ao lado e entenda melhor a origem de outras superstições de Réveillon.

Pular sete ondas – O costume vem de uma tradição de religiões de matriz africana. O sete é considerado um número espiritual por várias crenças, sendo que algumas o usam supersticiosamente, como neste caso, sem nenhum sentido. Acredita-se que, ao pular as ondas, os caminhos para superar as dificuldades se abram.

Comer Lentilha – O costume de comer a leguminosa na virada do ano foi trazido pelos imigrantes italianos. Em muitas culturas, é símbolo de prosperidade – segundo alguns estudiosos, pelo fato de o grão achatado se assemelhar a uma moeda antiga. Não há sentido nisso.

Comer Bacalhau – Costume trazido pelos portugueses, obviamente. Também são usados outros peixes na ceia por, reza a lenda, nadarem sempre para a frente, simbolizando avanço. A carne de porco é consumida por um motivo parecido: o suíno “fuça” para a frente à procura de alimento. As aves são evitadas, pois elas “ciscam” para trás, o que representa retrocesso. O que vai para trás é a seriedade de quem acredita nisso, uma vez que cai em descrédito.
soltar Fogos de artifício – Segundo a tradição pagã chinesa, eles “espantam” os maus espíritos por causa do som e do brilho. Se fosse assim, cidades grandes seriam paraísos permanentes, em razão de tanto barulho e de tantas luzes acesas.

Romã – Há quem ache que guardar sementes da fruta na carteira “atrai” dinheiro. Não é de se espantar que não consigam nada apelando para isso, em vez de trabalharem duro, economizarem, investirem e administrarem com inteligência seus bens. Além disso, a prática tem origem em cerimônias pagãs romanas, que viam no fruto um símbolo de ordem, riqueza e fertilidade – também sem que exista nenhum motivo prático.

Comer Uva – Comê-la em determinada quantidade na virada do ano teria vindo de um costume espanhol do começo do século 20, depois de uma farta colheita. E só. Se essa atitude desse dinheiro, quem come uvas o ano todo seria bilionário e bastaria comer cachos e cachos da fruta.

Bebidas espumantes – Usadas por várias culturas por serem consideradas artigo de luxo e sugerir prosperidade. Só o fato de a maioria dessas bebidas serem alcoólicas já mostra que não é o início de nada bom. Esse tipo de “socialização” já causou dor de cabeça em muita gente.

Um verdadeiro recomeço
Em vez de depositar suas esperanças em costumes sem sentido, que tal começar o verdadeiro caminho para uma vida em que a plenitude é uma certeza e não um reles desejo? Entre 2022 na Presença de Deus. Compareça a uma Universal no dia 31, a partir das 22h, e entregue os próximos 365 dias – além de todos os seguintes e toda a eternidade – Àquele que pode realmente garantir a você bons resultados. Para saber mais sobre como agir no próximo ano, leia a reportagem das páginas 16 a 19.

Contra Deus
Não é preciso ser um gênio para entender que usar roupa íntima desta ou daquela cor não terá efeito algum, seja bom ou ruim. Esperar que determinados alimentos tragam algo mais do que saúde (se bem utilizados) ou doenças (se mal usados ou sem moderação) é uma futilidade sem fim. Aderir a costumes vindos de rituais pagãos não tem nem como gerar boas consequências. Por que tanta gente, então, transfere a responsabilidade pelo futuro a meros objetos e costumes, em vez de alicerçá-lo com a verdadeira entrega a Deus e obediência a Ele, por meio de Seu Espírito Santo?

O Bispo Adilson Silva questionou isso em uma reunião na Universal, com um bom argumento: “quantos estão praticando isso há anos (rituais) e até hoje nada mudou em suas vidas? Se você espera dias melhores, então aprenda a controlar suas emoções, deixe de lado o conceito de sorte ou destino e arregace as mangas. A vida é sua, o seu futuro não está escrito nas estrelas e nada muda se você não provocar a transformação”.

Além dessas obviedades, outro bispo, Francisco Decothé, alerta para o perigo da origem desses costumes que nos afastam da fé e podem custar muito mais do que o praticante pensa, como ensinou no Estudo do Apocalipse. Ele lembra que a Palavra condena a feitiçaria não só para os que praticam feitiços: “feiticeiros também são todos aqueles que recorrem a crenças em objetos, seres, simpatias ou entidades a quem se atribui algum poder místico de influenciar algum acontecimento. A Bíblia é suficiente para guiar, orientar e tirar as dúvidas dos que creem”.

Já faz muito tempo que a Bíblia adverte: “tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; Porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. (Colossenses 2.8-9).

 

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Redação / Foto: getty images