“Você quer me seguir? Então, tome a sua cruz. ” Essas palavras de Jesus, repetidas por tantos pregadores ao longo dos séculos, foram enfatizadas por Cristiane Cardoso em uma entrevista sobre a série Paulo – O Apóstolo. A produção, além de retratar a trajetória de um dos maiores nomes do cristianismo, convida o público a uma reflexão urgente: o que é, de fato, ser cristão?

Graça não é licença para pecar

Em um tempo em que muitos associam a graça divina a uma espécie de salvo-conduto espiritual — uma desculpa para continuar vivendo conforme os próprios desejos — Cristiane alerta para o perigo desse “evangelho fácil”. Segundo ela, não é porque Jesus morreu pelos nossos pecados que estamos liberados de qualquer responsabilidade espiritual.

“As pessoas dizem que estão na graça, mas não pagam preço algum. Continuam vivendo como antes, sem sacrifício, sem renúncia. Isso não é o cristianismo que Jesus trouxe, nem o que Paulo pregou”, afirma.

A graça, na verdade, é favor imerecido. Um presente que não podemos comprar, conquistar ou merecer. Mas que exige uma resposta: arrependimento genuíno e abandono do pecado.

A cruz é diária

Jesus deixou claro: seguir Seus passos exigiria sacrifício. “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. ” (Mateus 16:24)

Ser cristão, portanto, não se resume a frequentar cultos ou declarar uma fé. Mas:

• Morrer para si mesmo;
• Renunciar às vontades da carne;
• Andar na contramão do mundo;

Enfim, é sofrer rejeições, críticas, perseguições — como Paulo, Pedro e tantos outros mártires enfrentaram.

A salvação foi conquistada pelo Senhor Jesus na cruz, mas não é automática. É acessível aos que creem, se arrependem e obedecem. Não basta dizer “eu sou de Jesus”. É preciso viver como Ele viveu.

Cristiane destaca que muitos hoje não querem pagar o preço. “Usam a graça como um cartão de crédito espiritual, dizendo: ‘Jesus já pagou, então posso tudo.’ Mas o verdadeiro cristão vive em constante vigilância, buscando santidade e comunhão com Deus.”

Paulo: um modelo de transformação radical

A vida de Paulo ilustra essa verdade. De perseguidor a perseguido, religioso a servo, assassino a apóstolo. Sua transformação não foi apenas emocional, mas radical e prática. Ele viveu o evangelho até o fim, e morreu por ele.

Ser cristão nunca foi — e nunca será — confortável. A fé genuína exige renúncia, sacrifício, obediência e coragem. A graça de Deus nos alcança não para nos deixar como estamos, mas para nos transformar completamente.

Acompanhe:

Acompanhe os episódios de Paulo, O Apóstolo de segunda a sexta-feira, às 21h, na tela da RECORD. A série também está disponível no Univer Vídeo. Se ainda não é assinante, clique aqui e faça a sua assinatura.