Saiba como usar a internet para vender mais

Nos últimos meses as plataformas on-line se consolidaram como uma oportunidade de bons negócios para os pequenos empreendedores. Conheça as principais delas

Imagem de capa - Saiba como usar a internet para vender mais

Aos poucos, os brasileiros retomam o ritmo normal da vida. Apesar de todas as medidas de restrição para combater o novo coronavírus, os setores da economia já estão funcionando e alcançando resultados positivos, como é o caso do comércio. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo registraram alta em maio de 1,4%, em comparação com abril. Esse foi o segundo resultado positivo consecutivo.

Em comparação com maio de 2020 o resultado é ainda melhor. O crescimento foi de 16%, visto que no ano passado o Brasil estava vivendo o início da pandemia, com medidas extremas de isolamento social e fechamento de estabelecimentos comerciais e de empresas.

Internet: caminho para crescer
O comércio tradicional, de rua, não deixará de existir, mas é inegável que há necessidade de uma empresa se estabelecer no cenário on-line. “O mercado digital é uma espécie de vitrine para o mundo. Enquanto um negócio físico consegue atingir somente um raio de quilômetros de distância, com a presença on-line a empresa consegue trazer para a marca uma visibilidade local, regional, estadual, nacional e até internacional”, explica o consultor de negócios Rafael Toledo.

Muitas instituições tentam medir o movimento das vendas pela internet e cada uma apresenta um resultado diferente. Contudo há um dado em comum: o comércio on-line bateu recorde de crescimento em 2020. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o crescimento do setor foi de 68%, com faturamento na casa dos R$ 126 bilhões e 301 milhões de pedidos.

Parte desses ganhos foi conquistada pelos pequenos empreendedores. “Quando você tem presença on-line, é muito difícil para o cliente identificar quem é grande e quem é pequeno. Nos marketplaces, por exemplo, é possível encontrar produtos de grandes e pequenos empreendedores anunciados no mesmo lugar, o que coloca, de certo modo, todas as empresas no mesmo patamar”, afirma Toledo. No entanto ele diz que existe uma desigualdade em relação ao investimento em marketing. “Há um certo patrocínio necessário (investimento em anúncios ou ofertas patrocinadas) para que sua marca esteja em evidência. Quanto mais recursos você investir, mais visibilidade sua marca vai ter”, avalia.

Como se destacar?
Existe uma guerra invisível na internet pela atenção do consumidor e, por isso, não basta ter uma página nas redes sociais ou criar um site para vender seus produtos. É preciso investir e, nesse caso, não apenas dinheiro, mas também tempo para desenvolver as estratégias certas para que você atinja seu público.

Para quem não sabe por onde começar, Toledo sugere a criação de um perfil nas redes sociais nas quais seu público está inserido, como Instagram e Facebook. “Envie o link de sua página para todos os seus amigos, parentes e contatos do WhatsApp para apresentar a empresa rapidamente e peça para que sigam você. Depois, passe a publicar seus produtos e serviços com informações importantes e de forma consistente. Lembre que o cliente quer encontrar o que procura com facilidade”, explica.

Nessa primeira etapa praticamente não é necessário fazer nenhum investimento financeiro, já que é possível usar sua própria rede de contatos para conquistar clientes. E o que fazer para ir além disso? É possível investir pequenos valores na divulgação de sua marca por meio das próprias redes sociais, mas também alcançar seu público com postagens que agreguem valor à sua marca. Por exemplo, dê dicas de como ele pode obter benefícios com os produtos oferecidos. Essa estratégia é conhecida como marketing de conteúdo.

Outras formas de se manter visível na internet incluem a criação de uma loja virtual ou de um cadastro de produtos em marketplaces (veja mais informações ao lado). Cada plataforma tem suas próprias características e atende a públicos específicos. “É interessante diversificar os locais em que você está presente. O cliente do marketplace é diferente do que está nas redes sociais ou no WhatsApp. Quanto mais fontes de captação de clientes você tiver, é como se você tivesse mais pontos de venda. Pensando no aspecto físico, é como se você tivesse lojas em diferentes pontos da cidade”, finaliza.

imagem do author
Colaborador

Cinthia Cardoso / Foto: Getty images