Remédio para dor de amor?

Nova droga promete acabar com a dor da desilusão amorosa. Será o suficiente para ser feliz?

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Um psicoterapeuta canadense acaba de divulgar sua nova fórmula para combater as dores de uma desilusão amorosa: uma droga à base de propranolol – o mesmo betabloqueador de remédios que combatem hipertensão e taquicardia.

O responsável pela droga, Alain Brunet, contou à BBC local que, após tomar o remédio, o paciente passa por uma sessão de terapia. O objetivo é fazer com que as memórias dolorosas deixem de doer o mais rápido possível.

Pacientes que passaram pelo teste relataram estar com dificuldades para “virar a página, dar a volta por cima”, de acordo com Brunet. O novo remédio promete justamente ajudar as pessoas a superarem o trauma rapidamente, tornando-se prontas para um novo amor.

Mas elas estarão prontas mesmo?

O livro Casamento Blindado 2.0 – O Seu Casamento à Prova de Divórcio ressalta que todos carregam bagagens. Nessas bagagens há coisas positivas e coisas negativas. E é importante entender isso para melhorar o comportamento:

“No relacionamento, temos que desaprender coisas ruins para então aprender coisas boas. Temos que identificar os maus hábitos, aquilo que não funciona, e eliminá-los do nosso comportamento, desenvolvendo novos e melhores hábitos. Reconhecer isso é muito doloroso, mas imprescindível para a mudança”.

Ou seja: a dor faz parte desse processo.

“Todo divórcio deixa feridas. Todo divórcio deixa traumas”, afirma o escritor Renato Cardoso. “E esses traumas e feridas têm que ser superados se você vai ser uma pessoa feliz novamente no amor ou sozinho.”

Superar esses traumas, porém, não é ignorá-los. Não é deixar de sentir a dor o mais rápido possível e partir para outro relacionamento. Se isso for feito, os mesmos erros serão cometidos novamente e as dores voltarão após mais uma desilusão.

Superar é analisar tudo o que aconteceu na relação anterior: quais erros foram cometidos e quais comportamentos precisam ser alterados.

“Você já sabe as verdadeiras razões e onde você errou, onde você falhou, para que você não repita os erros lá na frente? Isso é um processo de descoberta. É um processo de você olhar para si e reconhecer. E essa é uma das coisas mais dolorosas que alguém pode fazer. É o reconhecimento dos próprios erros. Se conhecer, se entender e fazer a mudança para você não repetir isso lá na frente”, conclui Renato Cardoso.

Você pode encontrar ajuda!

Em outras palavras: a dor não é inimiga. Fugir dela apressadamente não trará o aprendizado necessário para o amadurecimento.

É natural sentir que não pode suportar a dor sozinho. E a verdade é que você não precisa fazer isso. Todas as quintas-feiras, a Universal realiza, gratuitamente, a palestra “Terapia do Amor”. O objetivo é ensinar a utilizar a fé como ferramenta para a construção de uma vida amorosa saudável. Clique aqui e saiba onde participar.

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Colaborador

Andre Batista / Foto: Getty Images