Quem quer um amor fingido?
Ninguém deseja receber esse tipo de amor nem de graça, mas poucos sabem que o verdadeiro amor tem um preço
Os contos de fadas narram amores irretocáveis, já os filmes de grande bilheteria levam às telas os passionais, intensos e, por vezes, cheios de apelos irracionais. A vida real também exibe esses “amores”, se é que podemos chamá-los assim: um amor com certo requinte de dissimulação, sonso e cheio de exigências, mas de poucas atribuições. Trata-se do amor fingido. Muitas mulheres sucumbem a ele em relacionamentos que parecem que são leais, mas que não sustentam a imagem de amor verdadeiro por muito tempo. Outras, por sua vez, justificam o “amor” que dizem que sentem enquanto, na verdade, buscam atingir seus próprios interesses, ou seja, alimentam um amor bajulador. A Bíblia ensina que:
“O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12.9-10). Assim, certamente, devemos nos atentar a isso.
Mas como pode o amor ser fingido? Essa foi a reflexão que Cristiane Cardoso propôs ao longo de um dos episódios da Meditação da Palavra, disponível no streaming Univer Vídeo. Ela destacou que, embora o amor seja associado a sentimento, ele não tem nada a ver com emoção.
“Como estamos acostumadas a falar ‘eu amo chocolate’ ou ‘eu amei aquele filme’, associamos amor com gostar”, expôs Cristiane, que acrescentou que o amor fingido é movido por vantagens. O que eu ganho com sua amizade? ou o que eu ganho estando aqui? são algumas intenções por trás do falso amor, exemplificou.
O amor fingido, embora danoso, se infiltra inclusive em buscas que parecem genuínas. Quantas pessoas imersas em sofrimento chegam à Igreja para alcançar respostas? Contudo, uma vez que recebem o poder de Deus em suas vidas, muitas O abandonam. Cristiane apontou que “Deus sofre todos os dias com esse tipo de amor fingido”, que, em geral, é marcado por um prazo de validade. “Esse é o tipo de amor que vemos, por exemplo, em um casal que está se separando, mas diz que sempre vai se amar. Mas (…) se está se separando é porque não se ama”, disse.
UM AMOR ROMÂNTICO?
Escrito por Salomão, o livro bíblico Cantares costuma ser bastante evocado quando o assunto é amor. No entanto se engana quem pensa que nele é narrado um amor recíproco. O livro trata de um amor unilateral, ou seja, que só existe de um lado. “Cantares é um livro que fala do amor de Deus para com o homem e para com a mulher. E quantas vezes nós nos aproveitamos do amor de Deus? Deus sempre nos ouve, mas nós nem sempre falamos com Ele. Deus está sempre ali, mas nós nem sempre estamos ali com Ele. Os benefícios que Deus tem nos dado são muitos e o que nós sacrificamos para Ele não é nada”, avaliou Cristiane.
AMOR GENUÍNO
Segundo a Bíblia, “o amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13.4-7, Nova Versão Internacional). Deus é amor (1 João 4.8) e, portanto, o verdadeiro amor só pode vir dEle, pois Seu amor é perfeito e incondicional.
Por isso, quem deseja entender o amor de verdade precisa saber que ele é dado ao sacrifício e não a um mar de rosas. “Quando entendi o amor de verdade, entendi que vou ter que sofrer para agradar ao meu Deus, para amá-Lo de verdade. Vou ter que enfrentar decepções e traições de pessoas que usam minha boa vontade, meu amor, minha amizade. Por isso, oramos por quem nos faz muito mal”, disse Cristiane.
A boa notícia é que é possível fazer uma troca de amores: para isso, devemos deixar os “amores” voláteis e egoístas por um amor que realmente valha a pena. E esse amor sublime, que vem do Altíssimo, só pode ser conhecido por aqueles que chegam a Ele.
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