O Estado do Amazonas, considerado o pulmão do planeta, sofre há quase 15 dias com focos de incêndio e muita fumaça.

O que acontece:

Além do tempo seco e poucas chuvas, as queimadas ilegais assolam vários municípios. 15 já decretaram situação de emergência.

Na última quarta-feira (11), Manaus registrou a segunda pior qualidade do ar do mundo, segundo o monitoramento da World Air Pollution.

Na sexta-feira (13), a Polícia Federal deflagrou a Operação Depuração para apurar denúncias de queimadas e gases poluentes no Amazonas. A PF fiscalizou olarias e madeireiras na Região Metropolitana de Manaus. Mais de 60 pessoas foram presas suspeitas de invadir terra, desmatar e causar queimadas em Manaus.

No mesmo dia também aconteceu coletiva de imprensa em Brasília com os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Ali o governo federal anunciou um reforço de 149 brigadistas no combate aos incêndios florestais. Dentre as medidas em vigor estão a doação de 200 kits de equipamentos para esses profissionais e dois helicópteros.

Acusações:

Durante a coletiva, Marina Silva separou um momento para focar seus esforços em criticar o governo Bolsonaro, culpando-o pela gravidade extrema da situação. “(A situação é adversa) porque nós não tínhamos esse planejamento no governo anterior (do ex-presidente Jair Bolsonaro). Nós assumimos o governo agora, mas procuramos ser previdentes, contratando as pessoas no tempo certo”.

É interessante notar que, apesar da ministra culpar o governo anterior, foi agora no governo atual que os números de incêndios aumentaram em relação ao mês de outubro do ano de 2022. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), houve 2.770 focos de queimadas entre 1º e 12 de outubro deste ano – um recorde. Já o mês inteiro de outubro de 2022 teve 1.503 focos – 45% menos do que os primeiros doze dias de outubro deste ano.

Além disso, veja mais informações da matéria do Jornal da Record:

A pergunta que fica é:

Durante o governo anterior 2019/2021, não faltaram ativistas e até celebridades para culpar o mandatário da ocasião pela situação catastrófica da Amazônia. Greta Thunberg, Emmanuel Macron (presidente da França) e até os atores Leonardo DiCaprio e Mark Ruffalo (Huck) acusaram aquele governo de abandono. Onde estão eles agora? Havia mesmo interesse desses e outros tantos em proteger a Amazônia? O silêncio é ensurdecedor.