Quanto mais a situação complicava, mais ela se apegava à fé

O que parecia apenas uma cólica, se revelou um problema que a levou para a mesa de cirurgia

Estar “naqueles dias”, como é chamado o período da menstruação, é desconfortável para a maioria das mulheres. Cólicas e indisposição são comuns e fazem parte da rotina feminina. Mas não é porque algo é frequente que devemos considerá-lo natural. Durante muito tempo, a assistente administrativo Fransicarlas Marcelino de Araujo, de 41 anos, achou que as dores que sentia nos dias em que menstruava eram normais.

“Não consegui ir trabalhar várias vezes por causa das dores intensas. Havia também aumento no fluxo menstrual e cheguei a passar constrangimentos no escritório e no transporte público porque minha roupa ficou manchada de sangue e as pessoas notaram”, conta.

Até que, em meados de 2020, Fransicarlas decidiu procurar uma médica para a realização de exames e o diagnóstico foi de mioma e endometriose em estágio avançado no útero, no ovário e mais grave no intestino e no reto, a ponto de causar sangramento durante a evacuação. Uma cirurgia deveria ser feita urgentemente.

Durante o procedimento seria realizada uma histerectomia total (quando é removido o útero, o colo do útero, as trompas e os ovários) e a retirada de uma porção de quatro centímetros do intestino afetada pela endometriose.

No decorrer do procedimento, houve o rompimento da parte operada do intestino e Fransicarlas teve que ficar quatro dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por conta dessa complicação. Ao todo, ela ficou 23 dias no hospital, mas a previsão inicial era de menos de cinco dias. Por causa da intervenção no intestino, ela teve que ser submetida a uma colostomia temporária para facilitar a cicatrização do intestino, que consiste em uma abertura ligando o intestino grosso diretamente ao abdômen que permite que as fezes sejam coletadas em uma bolsa.

Miomas e endometriose

O mioma é um tumor benigno que se instala nas paredes ou na cavidade do útero e gera um aumento do fluxo menstrual.

Já a endometriose, que também é considerado um tumor benigno, acontece quando o endométrio, tecido que reveste o útero, cresce fora dele e se implanta nos ovários, trompas, bexiga e até intestinos.

Tanto a endometriose como o mioma causam dores intensas, com piora no período menstrual, além de provocar dor durante a relação sexual e dificuldade para engravidar.

O diagnóstico é feito por meio de exames ginecológicos de rotina e o ginecologista prescreve o tratamento mais adequado para a paciente.

Fonte: Instituto de Miomas e Endometriose do Hospital Moriah

Complicações
Ela conta que, apesar das complicações, não desanimou e sua fé não ficou abalada. Membro da Universal há oito anos, ela já conhecia a Corrente dos 70, reunião da Universal voltada à busca da cura pela fé. Por isso, mesmo impossibilitada de ir presencialmente à Igreja, ela participava das reuniões on-line por meio do serviço de streaming da Universal, o Univer Vídeo.

“Todo esse tempo eu buscava na corrente e determinava todo dia a minha cura. Uma amiga trazia o lenço ungido e a água consagrada para mim”, lembra.

Um ano depois da primeira cirurgia, ela voltou ao hospital para a retirada da bolsa de colostomia, mas os médicos constataram que a inflamação do intestino não tinha cessado e que sua bexiga também estava inflamada, o que a levou a ser submetida a uma nova cirurgia e a mais 20 dias de internação. Agora, além da bolsa de colostomia, ela tinha que ficar com uma nefrostomia, um tubo que drena a urina diretamente dos rins.

Por estar com a imunidade baixa em um período de pandemia de covid-19, Fransicarlas só saía de casa a cada 30 dias para trocar o tubo da nefrostomia, que não era um procedimento simples, pois demandava internação hospitalar e sedação. “Eu mesma higienizava a bolsa de colostomia em casa. Quem a usa sabe que ela é muito difícil de trocar. Eu tive que aprender. Tinha momentos (enquanto a limpava) que eu tinha ânsia de vômito e dizia a mim mesma: ‘eu não nasci com isso. Deus vai tirar isso de mim’. Eu não desanimei em nenhum momento. Eu continuava colocando o lenço ungido no local da enfermidade e bebia a água consagrada determinando que meu intestino e minha bexiga sarariam.”

Ponto de virada
No início deste ano, depois de uma nova consulta médica de acompanhamento, a previsão que ela recebeu ainda não era a melhor: provavelmente, ela teria de continuar usando a bolsa e o dreno por mais dez ou 12 meses.

Ela recorda que naquele instante não aceitou a previsão, mas, em vez de se rebelar contra a médica, decidiu fazer algo a mais para demonstrar sua fé de que muito antes do previsto ela estaria totalmente curada. Fransicarlas, que até então só assistia às reuniões on-line, passou a participar presencialmente das correntes de cura. “Mesmo com o dreno de nefrostomia e a bolsa de colostomia, fui à Universal. Minha imunidade ainda estava baixa e eu não podia me expor, mas determinei que, quando colocasse meus pés na Casa de Deus, eu receberia a cura definitiva. Participei um mês inteiro todas as terças-feiras e cria que daria meu testemunho”, revela.

No mês seguinte, para surpresa da médica, os exames apontaram que não havia mais inflamação. “Ela disse que nem parecia que meu intestino tinha sido cortado e agendou a cirurgia para a retirada do dreno e da bolsa, pois eu estava curada. Depois da cirurgia, quando recebi alta médica e olhei para minha barriga sem nada, chorei de alegria. Foi uma luta, mas com Deus eu a venci e graças a tudo isso me aproximei ainda mais dEle e tive minha fé avivada”, comemora.

Cura total pela fé

Você também pode usar a fé para obter a cura para si mesmo ou um familiar. Participe da Corrente dos 70, que ocorre todas as terças-feiras na Universal.

No Templo de Salomão, em São Paulo, os horários são às 10h, 15h e 20h. Você também pode participar em uma Universal mais próxima.

 

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Colaborador

Núbia Onara / Foto: Demetrio Koch