Quando o maior obstáculo no trabalho é você
A autossabotagem pode ser reflexo de traumas e mecanismos inconscientes para permanecer na zona de conforto. Saiba como impedir que ela prejudique a sua carreira
É natural que o ser humano busque evoluir em suas atividades, o que se aplica também ao trabalho. Ao começar uma nova função, um universo de possibilidades se abre, mas, com o passar do tempo, é comum surgir o desejo de crescer e assumir novas responsabilidades. No entanto o caminho para o sucesso pode ser repleto de barreiras e elas vão desde desafios externos, como a relação com chefes ou colegas, até obstáculos internos, como a autossabotagem.
A psicóloga Camila Galhego explica o que é esse problema: “Autossabotagem é o comportamento de prejudicar a nós mesmos que podemos ter ao longo dos nossos dias. Geralmente, ela acontece como uma forma de autodefesa que a pessoa cria para não ‘sofrer’ e pode ocorrer como consequência de traumas passados”. Na prática, é como se a mente criasse desculpas para evitar mudanças que possam gerar certo incômodo, justamente por estar fora da zona de conforto.
Em um primeiro momento, os comportamentos autossabotadores parecem proteger a pessoa dos perigos que existem nos novos desafios, mas a verdade é que eles impedem o desenvolvimento da carreira. “Geralmente, pessoas que se sabotam na vida profissional não alcançam os seus objetivos nessa área da vida e com isso tendem a sofrer a longo prazo de depressão e transtornos de ansiedade. São pessoas que não perseveram em sua área e não fazem o suficiente para crescerem. Também vemos muitos casos de demissão de pessoas que constantemente têm essas atitudes no ambiente de trabalho”, pontua.
Tudo começa na mente
A autossabotagem pode ser algo pontual ou acompanhar o profissional ao longo da vida, mas uma coisa é certa: ela nasce em forma de pensamentos. “Por trás desses comportamentos no trabalho existem muitas crenças de inferioridade e incapacidade que a própria pessoa alimenta e são justamente esses pensamentos em relação a si mesma que a motiva a ter essas atitudes disfuncionais”, diz.
A autossabotagem nem sempre é uma questão de falta de capacidade, mas pode estar relacionada à dificuldade do indivíduo de reconhecer o seu valor e ao fato de ele passar muito tempo se comparando com outras pessoas. “Aqueles que se sabotam na carreira geralmente sofrem de baixa autoestima, se isolam socialmente, não aceitam desafios profissionais, são procrastinadores e não buscam se desenvolver para de fato alcançar um status melhor”, afirma.
Vale destacar ainda a cultura de alta performance que ganhou notoriedade nos últimos anos. Essa necessidade de ser “perfeito” tende a levar as pessoas a acreditarem que são insuficientes e a exigirem cada vez mais de si mesmas. “As redes sociais têm sido uma grande fonte de comparação que também tem levado muitas pessoas complexadas a se diminuírem e a desistirem das suas carreiras por se acharem menos do que pessoas que se expõem mais ali”, avalia.
Foco no lugar certo
Para sair desse ciclo prejudicial, o primeiro passo é fazer uma autoavaliação e reconhecer que tem tentado se autossabotar. A psicóloga Camila Galhego explica ainda que é necessário investir na cura dos traumas que levaram a esse quadro. “Recomendamos terapia para pessoas que de fato querem aprender a dominar esses comportamentos prejudiciais. Sabemos que a ajuda espiritual também é uma grande aliada nesse processo, pois ela nos ajuda a nos enxergar através da visão de Deus e com isso temos forças para ter comportamentos adequados no ambiente de trabalho”, finaliza.
Investindo em si mesmo
Para aprender mais sobre a fé aplicada à vida profissional você pode participar da reunião Prosperidade com Deus, que acontece às segundas-feiras, em diferentes horários e em todos os templos da Universal. Para encontrar o mais próximo de você acesse universal.org/localizar.
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