Quando mulheres improváveis mudaram o rumo da história

Deus usou a coragem feminina para preservar vidas e escrever a história da libertação

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A fé esteve no centro da meditação da Palavra do dia 15 de dezembro, ministrada pelo Bispo Renato Cardoso, que destacou o papel decisivo das mulheres no início do livro de Êxodo. Ao conduzir a reflexão, ele chamou a atenção para um detalhe muitas vezes ignorado: antes mesmo de Moisés surgir como protagonista, Deus usou mulheres para preservar vidas e preparar o caminho da libertação do povo de Israel.

Um começo que surpreende

Embora Êxodo seja amplamente associado a Moisés, aos Dez Mandamentos e à abertura do Mar Vermelho, o relato bíblico começa de forma inesperada. Em vez de apresentar grandes feitos masculinos, a narrativa destaca as parteiras hebreias, Cifrá e Poá. Segundo o Bispo, não haveria Moisés nem Êxodo se não fosse a coragem dessas mulheres, além de Joquebede e Miriã, que agiram antes do libertador entrar em cena.

Além disso, na tradição judaica, Êxodo é conhecido como o “livro dos nomes”. Esse detalhe reforça a importância do registro bíblico, pois citar nomes representa honra. Assim, enquanto o nome do faraó não é mencionado, os nomes das parteiras permanecem eternizados nas Escrituras, evidenciando o valor que Deus atribuiu à atitude delas.

Temor a Deus acima do medo

Durante a meditação, o Bispo Renato ressaltou que a principal qualidade de Cifrá e Poá foi o temor a Deus. Mesmo diante do decreto de morte imposto pelo faraó, elas decidiram preservar a vida dos meninos hebreus. A Bíblia destaca, mais de uma vez, que elas temeram a Deus quando todos temiam o rei do Egito.

Como resultado dessa escolha, Deus as honrou. O texto bíblico relata que Ele lhes concedeu casa e família, justamente em um período em que crianças estavam sendo mortas. O temor a Deus as tornou mais corajosas do que o medo, levando-as a fazer o bem mesmo sob risco da própria vida.

Mulheres com coragem de leoa

Ao ampliar a reflexão, o Bispo comparou essas mulheres a leoas. No reino animal, embora o leão seja conhecido como rei da selva, é a leoa que enfrenta qualquer ameaça para proteger seus filhotes. Da mesma forma, muitas mulheres da Bíblia demonstraram coragem extraordinária, como Débora, Ester e aquelas que permaneceram com Jesus na cruz e foram as primeiras a ir ao túmulo.

Ainda que vistas como frágeis, essas mulheres se levantaram quando muitos homens recuaram. Não por desrespeito ou imposição, mas por convicção do que era certo. Essa coragem, segundo a meditação, sempre aparece como instrumento de Deus, seja para preservar vidas, seja para cumprir Seus propósitos.

Fidelidade que gera recompensa

Outro ponto destacado foi a fidelidade das parteiras no que não lhes pertencia. Elas não eram mães das crianças que salvaram, mas se envolveram, arriscaram-se e protegeram vidas alheias. Por isso, Deus lhes confiou aquilo que era delas. Essa atitude, além de impedir um genocídio, preservou a vida de homens que futuramente teriam papel fundamental no Êxodo.

Por fim, a meditação reforçou que Deus continua honrando aqueles que colocam a fé em prática, agindo com temor, coragem e responsabilidade, mesmo quando isso exige sacrifício.

Para compreender todos os detalhes dessa mensagem, assista à meditação completa no UNIVER vídeo e aprofunde-se nas lições deixadas por essas mulheres que marcaram a história bíblica.

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Colaborador

Sabrina Marques / Foto: iStock e Reprodução