No programa Escola do Amor Responde, Renato e Cristiane Cardoso esclareceram a dúvida de uma aluna que os questionou acerca do sentido da submissão. Ela confessou que não entende esse ensinamento, já que um casal pode chegar a um acordo depois de uma conversa.

ALUNA – Olá, gostaria de saber qual é o sentido da mulher ser submissa ao marido. Não entendo por que ela deve obedecê-lo se os dois podem chegar a um acordo. A opinião da esposa não vale?

CRISTIANE – Submissão não é obedecer ao marido, não é como se um fosse mais importante do que o outro. A submissão tem a ver com o que você quer do relacionamento. Você, amiga, e todas as mulheres, no fundo, querem um homem que seja líder, que tome a iniciativa e proteja a família, mas, para que ele faça isso, você precisa se submeter. O problema de muitos casamentos é que as mulheres não querem fazer a parte delas. Se eu, por exemplo, não quisesse me submeter ao Renato, como ele poderia me liderar e tomar a iniciativa esperada?

RENATO – Eu simplesmente falaria o que Hugh Jackman, ator e intérprete de Wolverine, disse em um artigo sobre o segredo de estar casado há tanto tempo: “Eu aprendi que a mulher está sempre certa, então sempre digo ‘sim’ para ela”. Há maridos que realmente vivem assim, pois eles aprenderam, pelo comportamento de suas esposas, que se não falarem “sim” para elas, vai ter uma briga. Tem homem que não pode e não sabe falar “não” para a mulher. E isso não quer dizer que o marido tem que dominar sua esposa.

CRISTIANE – Você tem um patrão a quem se submete porque ele tem uma posição que precisa ser respeitada. No casamento é a mesma coisa. Não é que o marido esteja acima, mas tem uma ordem e é impossível os dois mandarem o tempo todo. Além disso, eu me submeto ao Renato, mas raramente a minha vontade não é feita. Quando a mulher se submete ao marido – claro, não estou falando de um marido abusivo, que a maltrata –, ele tem prazer de fazer a vontade de sua esposa. Por outro lado, o homem que se sente desrespeitado quer fugir porque não sabe lidar com uma esposa que não o respeita. Quando a mulher sabe o seu lugar e o marido o dele, os dois ganham. Mas, quando um não sabe o seu lugar, os dois perdem.

RENATO – Em todo relacionamento saudável, as duas partes entram em acordo 99% do tempo. Por isso, essa questão da submissão, em que a mulher discorda e o marido dá a última palavra, raramente acontece. E saiba que existe a desobediência respeitosa. Nós recebemos casos de maridos que querem das suas esposas sexo anal, mas elas não se sentem confortáveis com isso, então elas têm o direito de serem firmes e dizer: “Eu te amo, mas não vou permitir que você me use dessa forma”. Elas desobedeceram sem humilhar, xingar ou se rebelar. A submissão tem limites. Dentro do conceito bíblico, a submissão é para o bem dos dois. Ela só é um problema na vida dos casais com problemas.

CRISTIANE – Sempre há no relacionamento um momento em que um vai pensar diferente do outro e alguém vai precisar ceder. Eu me sinto protegida quando preciso ceder porque, geralmente, o homem é mais racional e a mulher, em muitas situações, por ser mais impulsiva e emotiva, não pensa nas consequências. Muitas mulheres vão achar ridículo eu ter falado sobre o desejo da mulher de ter um líder, mas olhe mais de perto a vida das mulheres que discordam disso. É muito fácil dizer que não quer ser submissa, mas me conta: como é não ter um marido, mas, sim, um “banana” do seu lado?

Acompanhe o Escola do Amor Responde pela Rede Aleluia, de segunda a sexta-feira, às 6h30 e às 11h30, ou pelo site blogs.universal.org/renatocardoso/escola

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