Prostituição, desejo de morte e culpa ficaram no passado
Em meio à dor, Mariana Ramos encontrou o verdadeiro sentido da vida
A copeira Mariana Ramos da Silva, de 35 anos (foto acima), cresceu em um lar cristão. Até os 15 anos, ela frequentava a Universal e ali ouvia que é importante buscar a direção e a presença de Deus para ser feliz. Porém ela não se preocupava em ter um compromisso verdadeiro com Ele.
“Quando completei 16 anos, ir à Igreja se tornou um fardo e na companhia de amigas comecei a frequentar festas e baladas. Queria aproveitar os prazeres da vida. Então, nas festas, passei a consumir drogas, álcool e cigarro. Tudo era diversão.”

Contudo a curtição durou pouco. Aos 17 anos, Mariana engravidou de um rapaz que não assumiu a criança. Depois do nascimento do menino, se viu sozinha e desempregada. Por causa da falta de dinheiro, ela até colocou água com açúcar na mamadeira do filho.
Nessa época, uma pessoa próxima lhe emprestou dinheiro, mas a alertou que ele supriria a necessidade dela apenas momentaneamente e que a fome logo voltaria. Então, essa pessoa lhe fez um convite e disse que a levaria a um lugar onde contratavam moças e que ali ela ganharia muito dinheiro.
“Eu já sabia do que se tratava, mas confesso que me assustei com a cena: uma boate com mulheres se prostituindo. No primeiro dia, me recusei a ficar, mas em pouco tempo voltei e passei a beber para perder a vergonha. Esse foi meu fundo de poço: me tornei uma garota de programa viciada”, desabafa.
Depois de um ano e três meses nessa situação, Mariana parou de se prostituir e conheceu uma pessoa com quem foi morar. “Vivemos felizes por um tempo. Além do filho que eu já tinha, tive duas filhas com ele. Até que começamos a brigar muito. As agressões verbais se tornaram físicas, pegávamos faca para agredirmos um ao outro. Me recordo que até a polícia foi chamada pelos vizinhos”, lembra.
Nova vida
Certo dia, após pensar muito em suicídio, ela planejou se jogar na linha do trem. Porém uma pessoa a segurou e lhe disse que Jesus a amava e que para o caso dela havia jeito. “Nessa hora, passou um filme na minha cabeça, me lembrei de como eu era quando ia à Igreja e das coisas que ouvia lá. Pedi uma chance para Deus e decidi voltar.”
Mariana voltou a frequentar a Universal em 2017 e ali recebeu a orientação do Grupo do Resgate. Hoje, ela é voluntária do grupo. “Sou feliz comigo mesma e no meu casamento, as brigas e os ciúmes acabaram, sou uma mãe paciente e dou atenção aos meus filhos. Sou bem diferente da Mariana que eu era antes. Deus me deu uma nova vida e hoje sei do meu valor”, finaliza.
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