Muitas pessoas ainda aceitam fazer qualquer negócio para perder peso. A palavra “dieta” ainda soa como um bicho-papão para aquelas que não têm um histórico bem-sucedido em diversas tentativas. São muitas as fórmulas “milagrosas” que prometem eliminar peso em poucos dias, mas é pouca a eficiência que a maioria delas (ou todas) oferecem.

É fato que a luta contra a balança é uma realidade para muitos e certas dietas podem ser atraentes quando oferecem resultados promissores com o mínimo de esforço. Com apelos reluzentes, produtos processados diet, light e zero e toda gama de shakes de substituição artificial concentrados em açúcar, maltodextrina (outro tipo de açúcar) e óleo de canola são vendidos aos montes. O que não é dito é que eles não promovem nenhuma mudança, seja na mente, seja no corpo ou no prato.

O Bispo Renato Cardoso, em seu blog, contou que muitas pessoas não querem fazer o que precisa ser feito para perder peso. “O que elas querem é uma mágica: uma dieta milagrosa, uma pílula que faça todas suas gorduras desaparecerem, um chazinho que as faça perder dois quilos por semana sem que tenham de fazer nada diferente. Aí está o grande mal do ser humano: ele quer o resultado, mas não quer pagar o preço. A indústria de dietas para perder peso agradece.”

MILAGRE OU DISCIPLINA?
Para a nutricionista Dayane Ribeiro, de São Paulo, as dietas milagrosas atraem justamente pela proposta de perda rápida de peso. O problema é que elas têm em comum a restrição calórica severa e isso traz riscos.

“Existem diversas dietas prontas à disposição na internet que não respeitam a individualidade e que são totalmente inadequadas nutricionalmente. Elas falham justamente porque ninguém consegue manter uma dieta de baixa caloria que não corresponda aos seus padrões alimentares”, observa.

Pouco se fala dos problemas causados pelos radicalismos que levam à perda de peso. “Desidratação, perda de massa muscular, flacidez e, por fim, a recuperação do peso perdido com o famoso efeito sanfona. E, quanto mais efeitos sanfona a pessoa tiver vivenciado, maior será a dificuldade para emagrecer definitivamente”, ressalta.

A verdade, ela explica, é que não existem atalhos, mas disciplina, constância e mudanças de hábitos alimentares. “Não é necessário só fazer um balanço energético. É preciso adotar mudanças na qualidade alimentar e gerar estratégias para que o corpo não entre em termogênese adaptativa, que é quando ele se adapta à falta de energia e começa a poupá-la, também chamado efeito platô. Para que o emagrecimento ocorra de maneira assertiva e saudável, contem sempre com o acompanhamento de um profissional de
nutrição”, finaliza.