Por que a sua Fé não funciona?
Apenas ter fé não é suficiente para que você alcance a vida de qualidade que tanto sonha, é preciso ter a fé certa. Saiba como obtê-la
Todo mundo nasce com uma fé, independentemente da religião que, porventura, siga. Até mesmo um ateu tem algum tipo de fé. Trata-se de uma fé natural, comum a todos e que se manifesta de inúmeras formas no dia a dia. Por exemplo: quando usamos o transporte público, usamos a fé natural de que chegaremos ao destino. Quando saímos de casa para o trabalho, temos certeza de que voltaremos. Ao comprarmos um produto pela internet, estamos certos de que em poucos dias receberemos a encomenda. Quando tomamos um medicamento para uma dor, esperamos que seu efeito seja positivo.
É em razão dessa fé que as pessoas dizem: “eu tenho fé que minha vida vai mudar”, enquanto arrastam uma vida repleta de frustrações em todos os aspectos. Então, que fé é essa que parece que nunca traz resultados? Por causa dela, não é difícil encontrar pessoas decepcionadas com Deus. Elas pensam: “se eu tenho fé, mas nada dá certo, o problema está em Deus”. Só que o que elas não sabem é que essa fé natural é limitada às condições humanas e, portanto, não é capaz de promover a mudança de vida. Ela depende do que vemos, sentimos e ouvimos e, por essa razão, não agrada a Deus. E, quando as circunstâncias não são favoráveis à pessoa, logo surgem nela dúvidas, conflitos, sentimentos e, assim, ela não obtém o que deseja e, muito menos, uma vida completa.
Dessa forma, se qualquer tipo de fé não funciona, qual funciona, tendo em vista que o Próprio Senhor Jesus afirmou que se tivéssemos fé, ainda que pequena como um grão de mostarda, nada seria impossível (Mateus 17.20)? Ora, é a oposta à natural, ou seja, a fé sobrenatural.
O Bispo Júlio Freitas (foto abaixo) explica que a fé sobrenatural é o único canal de comunicação entre o mundo físico e o espiritual; entre o ser humano e Deus e que ela não depende do que sentimos, vemos ou ouvimos, mas exclusivamente da Promessa dEle, do que está escrito em Sua Palavra. Por isso, ela é a única fé capaz de mudar a vida de uma pessoa: “ela [a fé sobrenatural] nos encoraja a fazer o que temos de fazer, doa a quem doer, e isso inclui contrariar os nossos próprios sentimentos e fazermos o que Deus nos pede. Somente a fé sobrenatural tem o poder de trazer à existência o que não existe”, enfatiza o Bispo.

Assim, se a fé natural nasce com qualquer pessoa e é ineficaz, a fé sobrenatural é obtida, e isso acontece apenas por um meio muito desprezado atualmente: ouvindo, aceitando e praticando o que Deus diz em Sua Palavra. Foi justamente o que as pessoas contam a seguir que fizeram.
“Eu nunca havia tido uma Bíblia”
A secretária Cleusa Vendramin, (foto abaixo) de 55 anos, conta que sua infância foi interrompida quando ela tinha 7 anos ao sofrer abuso sexual por parte do próprio pai. Os abusos se estenderam por dois anos e, quando ela completou 9 anos, sua mãe a mandou para a casa de um tio. Lá, ela passou a trabalhar na roça.
Aos 12 anos, Cleusa foi entregue a outra família, na qual era obrigada a trabalhar por quase 12 horas diariamente. “Tudo que eu estava passando gerou dentro de mim depressão e ódio.” Não bastassem tantos traumas, Cleusa relembra que, aos 14 anos, foi sequestrada por dois homens que a levaram a um lugar deserto, a estupraram e a espancaram. Pouco tempo depois, ela foi chamada na delegacia para reconhecer dois presos, suspeitos do crime e, ao reconhecê-los, ela sofreu ameaças de morte.
Sem perspectivas de vida, Cleusa encontrou no consumo de bebida alcoólica um refúgio, mas isso foi só a porta de entrada para o que a levaria para o fundo do poço. Dos 14 até os 38 anos, ela viveu em meio à prostituição, teve relacionamentos abusivos, se envolveu com o tráfico de drogas, usou cocaína, teve duas overdoses que a levaram à beira da morte, foi sequestrada, torturada e, quando parecia que não poderia ficar pior, se excedeu no uso de crack. “Assim, cada vez mais, eu ia me aprofundando naquele mundo escuro e com ódio de mim mesma. Eu tentava me matar, mas não conseguia e fui definhando com o uso do crack. Cheguei até a parecer uma caveira perambulando, com o semblante de um zumbi. Me falavam que eu nunca conseguiria sair daquela vida porque quem entrava nela só tinha dois destinos: o cemitério ou a cadeia. Assim, cheguei a pesar 33 quilos, cheirava a osso podre e os médicos tinham me desenganado”, relata.

Antes de morrer, a mãe de Cleusa tinha conhecido o poder sobrenatural da fé e lutava pela filha. Foi quando Cleusa, então, aceitou o convite de uma pessoa que a evangelizou para ir a uma reunião na Universal. “Eu não sabia que Deus existia e eu nunca havia tido uma Bíblia. Na Igreja, o pastor começou a me ensinar sobre Deus e que eu tinha que lutar. Eu só conseguia orar dizendo: ‘eu não
Te conheço, não sei Quem é e também não Te amo, mas eu estou aqui e então me ensina a viver”, relembra.
Tudo era novo para Cleusa: “aprendi que o batismo consistia em entregar a vida para Deus, que eu tinha que renunciar ao pecado e perdoar para ser perdoada. Perdoei o meu pai, me perdoei e renunciei a tudo o que me ligava à vida errada. Me batizei nas águas e entendi que só teria uma nova vida quando recebesse o Espírito Santo e O recebi”.
Cleusa diz que não era mais levada por nada que lhe acontecia, mas pela Palavra de Deus e uma situação a pôs em prova: alguns anos depois, ela foi diagnosticada com hepatites B e C e, mesmo vacinada, a doença reincidia e o tratamento trazia severos efeitos colaterais. Foi aí que ela manifestou a fé sobrenatural, como afirma: “eu continuei servindo a Deus, independentemente do que estava acontecendo, e nunca desisti da fé. Eu não olhava para nada e só dizia a Deus para que Ele me usasse, pois sabia que Ele cuidava da minha saúde”. E, assim, o resultado desta fé surpreendeu a médica, que lhe disse que seu caso foi um milagre, pois seu fígado estava restaurado.
Dezesseis anos se passaram desde que Cleusa chegou à Universal e ela conta que participa das campanhas de fé com um único objetivo: conservar a fé que lhe deu a condição de ter uma nova vida. “Deus é a riqueza mais preciosa que eu tenho no mundo. Hoje eu posso falar que tenho paz e que sou feliz porque essa felicidade não vem de mim, mas de Deus”, conclui.
Fé de aparências
Pior do que ter uma fé natural e esperar resultados sobrenaturais é frequentar a Igreja, ouvir as mensagens e não entender o motivo pelo qual a vida continua a mesma. O empresário Flavio Domingos, (foto abaixo) de 49 anos, foi, durante nove anos, membro de uma igreja evangélica, ao lado de sua esposa, Patrícia, de 48 anos. Eles foram batizados nas águas. mas suas vidas, segundo ele conta, era só de aparências. “Quando eu chegava em casa, só eu sabia a angústia e a tristeza que eu sentia. Eu chorava sozinho no banheiro e devia para muitas pessoas. Para os outros, eu era muito feliz, mas não tinha nem o que comer em casa. Além disso, eu era nervoso, grosseiro e atormentado com meu casamento, que tinha muitas brigas verbais e físicas. Mas, para todos, nós éramos um casal perfeito”, revela.

Na empresa onde trabalhava como gestor comercial de serviços, Flavio era humilhado durante as reuniões porque não atingia as metas de vendas, não conquistava novos clientes e os diretores só reclamavam de sua equipe de vendas. “Na época, minha equipe não ajudava e meu diretor achava que o errado era eu. Parecia que tudo estava contra mim”, declara.
Na igreja, o que Flavio ouvia é que ele tinha que aceitar os problemas porque tudo era “provação” de Deus. “Eu ouvia a Palavra e não aprendia a praticá-La. Eu a aceitava, orava e não havia mudanças. As dívidas e as dificuldades persistiam”, relata.
Até que um dia, Flavio, segundo diz, foi tão humilhado em mais uma reunião semanal que saiu desorientado da empresa e foi parar em uma Universal. Ele diz que já tinha assistido aos programas da Igreja na TV e que se surpreendeu quando ouviu o Pastor dizendo que existia a verdadeira felicidade por meio da fé no Senhor Jesus. “Eu saí de lá otimista, pois vi que existia uma saída para minha vida toda confusa e atribulada. No final da tarde, em casa, falei para a minha esposa que tinha ido à Universal e ela, indignada, me avisou que não iria comigo. Fui vários meses sozinho às reuniões na Universal”.
Flavio decidiu recomeçar sua jornada de fé por entender que da sua parte nunca houve a entrega de sua vida para Deus e a obediência irrestrita à Sua Palavra. “Eu sabia que eu tinha um problema espiritual, então fiz as correntes de libertação e logo decidi me batizar novamente nas águas. Deus me fez uma nova criatura, me tirou do fundo do poço e renovou a minha forma de agir, de pensar e de falar.” Sua esposa, percebendo a mudança no seu comportamento, começou a acompanhá-lo às reuniões e também se entregou verdadeiramente a Deus.
Flavio reconhece que até ali ele tinha fé de que sua situação melhoraria, mas que ela não lhe trazia resultados. “Foi quando eu entendi que há uma fé que muda a vida por completo por meio do Espírito Santo e quando você abre mão da sua vida para ter uma vida com Deus.” Assim, em uma Fogueira Santa, a vida de Flavio teve uma reviravolta. “Meu pedido não foi material, mas pela minha mudança interior. Eu queria mudar o meu ‘eu’, minha maneira de agir como homem, esposo, pai e ser humano. Então, além da minha oferta, eu entreguei a minha vida toda para Jesus e Ele passou a habitar dentro de mim e fez além do que eu pedi.”
Com esta nova fé, Flavio alcançou a mudança em todas as áreas. “Deus transformou o meu casamento, a minha vida com o meu filho e abri minha empresa no ramo de manutenção e fabricação de elevadores, que é próspera. Hoje tenho lutas, mas elas não me desanimam. Ao contrário, elas me ensinam a ser mais forte. Por estar em primeiro lugar na minha vida, Deus me auxilia e me sustenta nas horas mais difíceis”, finaliza.
Livre da escravidão
Quem hoje conhece o advogado Sixto Carlos Ochoa, (foto abaixo) de 46 anos, não imagina que, enganado pela proposta de uma vida melhor, ele esteve em condição semelhante à de escravidão. Nascido na Bolívia e morando naquele país, ele perdeu a mãe um ano depois de nascer. Cinco anos após a morte dela, seu pai se casou de novo, mas os filhos não foram aceitos pela nova esposa. Com 13 anos, Carlos, então, saiu de casa para trabalhar em uma loja de autopeças e também aprendeu a costurar.

Aos 22 anos, ele recebeu uma proposta de dois amigos para trabalharem no Brasil e ganharem o equivalente a US$ 1 mil por mês. Acreditando que finalmente teria uma vida melhor, Carlos partiu.
Porém, já no Brasil, eles perceberam que foram enganados. Em São Paulo, eles trabalhavam das 7h da manhã até as 2h da madrugada em uma fábrica de costura clandestina, o almoço continha uma porção de arroz e uma salsicha, só podiam tomar banho duas vezes por semana e não saíam de lá para não serem deportados. Todo este sofrimento era para que obtivessem um salário mensal de R$ 20. Em razão disso, logo os dois amigos de Carlos conseguiram fugir, mas ele permaneceu ali ainda seis meses.
Durante o trabalho. Carlos tentava se distrair ouvindo rádio e foi quando sintonizou um programa da Universal. “Eu ouvia os testemunhos e eles falavam ‘eu consegui’, ‘eu alcancei’. Eu só entendia isso. Perguntei para a dona da casa onde trabalhávamos onde a igreja ficava e andei uns 30 minutos até achar o endereço. Quando eu cheguei, era uma vigília, mas eu só entendi o obreiro dizer para que eu participasse.”
Carlos lembra que depois da primeira oração ele já se sentiu diferente e decidiu que voltaria no dia seguinte. Chegando na casa onde trabalhava, ele foi questionado onde tinha passado a noite.
Quando soube que ele estava na Universal, a dona da casa lhe deu um ultimato: ou ele parava de ir à Igreja ou voltaria para a Bolívia. E, mesmo sem ter para onde ir, Carlos deixou o lugar: “eu entendi assim: se Deus era comigo, então eu iria conseguir”. Ele estava certo. Ele foi direto para a igreja pedindo a Deus que conseguisse um emprego que não o impedisse de ir até lá todos os dias e no caminho foi abordado por um empresário que lhe propôs um trabalho. Com um emprego garantido, no mesmo dia ele conseguiu alugar um quarto para morar.
Um mês depois, Carlos se batizou nas águas. Na época, ele só tinha o Novo Testamento da Bíblia em espanhol e, ao lê-Lo, ele foi aprendendo sobre a necessidade de ter o Espírito Santo. “Três meses depois, fui batizado com o Espírito Santo. Aí, não tinha mais como ficar com medo. A alegria transbordava dentro de mim. Não tinha mais rancor, mas tinha paz na alma. Eu pensava: ‘agora eu posso chegar aonde eu quiser’. Deus me trouxe da Bolívia até aqui, sem que eu soubesse, para que eu pudesse conhecê-Lo e me dá tudo aquilo que eu preciso.”
Com o Espírito Santo, Carlos recebeu uma nova perspectiva e uma nova fé. Ele concluiu os estudos e, depois, conheceu e se casou com a brasileira Monica Lucena. Pensando nos inúmeros estrangeiros que estavam em situação difícil como ele um dia esteve, Carlos se formou em Direito e atualmente está se especializando em direito internacional. Ele ressalta: “o Espírito Santo é o principal para conseguirmos prosseguir na vida e alcançar nossa Salvação. Sem Ele, a vida não tem direção. Ele é a força de tudo”, encerra.
Não perca esta fé
O Bispo Júlio Freitas alerta que, mesmo tendo um dia revolucionado a própria vida com a fé sobrenatural, a pessoa pode perdê-la, caso se acomode e passe a ter uma fé teórica, ou seja, quando ela sabe o que tem que fazer para mudar, mas não faz.
Para que isso não aconteça, só há uma saída: obedecer à Palavra de Deus. “A fé sobrenatural exige obediência, sacrifício, renúncia, dependência, que é o que prova que a pessoa não somente acredita, mas tem a certeza de que vai acontecer o prometido na Palavra de Deus. Por isso, saia do campo natural e faça coisas que estão fora do normal, que chamem a atenção de Deus. A fé sobrenatural requer sacrifícios, mas também nos garante grandes vitórias”, conclui o Bispo.
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