Pesquisadores chineses desenvolvem remédio que imuniza a curto prazo contra a COVID-19

Anticorpos apresentaram potencial para prevenir o contágio e reduzir o tempo de recuperação

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Pesquisadores chineses desenvolveram um medicamento capaz de imunizar uma pessoa infectada com o novo coronavírus, temporariamente, até que uma vacina definitiva seja aprovada. A equipe de cientistas do Centro de Inovação Avançada em Genômica, da Universidade de Pequim, identificou vários anticorpos neutralizantes no plasma de pacientes convalescentes – pessoas que já se recuperaram da COVID-19.

O estudo publicado em 17 de maio último, na revista científica Cell, afirma que os anticorpos apresentaram potencial para prevenir o contágio a curto prazo e reduzir o tempo de recuperação. Os anticorpos neutralizantes, produzidos pelo sistema imunológico de 60 pessoas quem se recuperaram da doença, se mostraram altamente potentes contra o novo coronavírus. A notícia foi divulgada a um veículo de comunicação francês, pelo diretor do instituto, Sunney Xie.

Os primeiros testes foram feitos em animais e a preparação dos ensaios clínicos está em andamento. Eles devem acontecer, em breve, em outros países. Com o declínio da pandemia no país, a China não possui portadores suficientes do vírus para realizar testes em humanos. Esse mesmo sistema já foi utilizado em tratamentos para outros vírus como o ebola ou a MERS-Cov.

Pesquisas por uma vacina estão sendo realizadas por centenas de laboratórios, em diversas partes do mundo. Mas, ainda podem levar de 12 a 18 meses para uma conclusão, advertiu a Organização Mundial da Saúde (OMS). Já um tratamento à base de anticorpos poderia chegar mais rápido à população. Segundo os pesquisadores chineses, esse tratamento pode estar disponível antes do fim do ano, a tempo de responder a um possível novo surto da COVID-19.

Anticorpos em brasileiros

No Brasil, um estudo liderado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que 5,19% dos moradores de seis distritos da cidade de São Paulo, com maior incidência de COVID-19, desenvolveram anticorpos ao vírus.

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Colaborador

Redação / Foto: Getty Images