Perdão: existe data para liberá-lo?
Hoje é o Dia Nacional do Perdão. Entenda o significado e a importância dessa prática libertadora
A mágoa é como uma mancha: por mais que tente escondê-la, o esforço é em vão. Basta alguém mencionar o nome daquela pessoa que lhe decepcionou para que a sua expressão mude drasticamente. Palavras não são necessárias, a raiva, a amargura e o ressentimento se revelam no rosto de quem a carrega.
Em alguns casos, a mágoa se assemelha a uma ferida aberta que insiste em não cicatrizar. Tocar no assunto – uma traição ou uma ofensa sofrida – é o suficiente para que a dor ressurja e a tristeza retome o controle das suas emoções, abrindo espaço até para as lágrimas se manifestarem.
Ainda assim, existem métodos para remover manchas, mesmo as mais profundas, assim como há remédios capazes de curar feridas e restaurar o que foi lesionado. Com a mágoa, não é diferente. Existe um caminho para superá-la e ele se chama perdão.
Existe data para perdoar?
A fim de incentivar a reconciliação e a justiça restaurativa, em 2017 foi sancionada a Lei n°13.437, que instituiu o dia 30 de agosto com o Dia Nacional do Perdão. A data proposta por uma deputada que decidiu perdoar os assassinos de seu filho destaca os efeitos positivos dessa atitude no processo de cura e libertação interior.
Apesar da reflexão motivada pela data comemorativa, é preciso compreender que não há um dia específico para praticar o perdão. Liberá-lo depende exclusivamente da sua decisão em abandonar o ódio tóxico e autodestrutivo e recomeçar a sua trajetória por meio da paz em sua alma.
Se ainda não está convencido, continue…
Sim, nós sabemos, perdoar não é uma decisão fácil. Por isso, se precisa de mais motivos para abrir mão do ressentimento, separamos 8 benefícios do perdão à sua saúde.
De acordo com o Greater Good Science Center, órgão vinculado à Universidade de Berkeley, na Califónia, quem perdoa:
- Vive mais;
- É menos nervoso;
- Tem um sistema imunológico mais forte;
- É mais saudável em todos os sentidos;
- Reduz a pressão arterial e garante um coração forte;
- Consegue perdoar a si mesmo;
- Tem uma saúde mental equilibrada;
- Desenvolve relacionamentos mais fortes e duradouros.
Benefício bônus (e o mais importante)
O ato de perdoar também salva a sua alma. O contrário, nutrir a raiva e o desejo por vingança significa negar o perdão do próprio Deus e assumir uma eternidade longe da Sua presença. As Escrituras confirmam: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6.14-15)
Em suas anotações disponível na Bíblia Fiel Comentada, o Bispo Edir Macedo se aprofunda no tema: “Essa é a regra. Enquanto a pessoa resistir em perdoar quem a ofendeu, o Senhor também resistirá a ela. […] Certamente, todo o mal que fazemos contra o Altíssimo é muito maior do que o mal que alguém faz contra nós (Mateus 18.33-35), no entanto, Ele nos perdoa. Diante disso, por que nós também não perdoaríamos?”
Como perdoar sinceramente?
Mas a atitude de perdoar deve ser sincera, isto é, no seu íntimo e não apenas em palavras. Apesar de ser uma decisão aparentemente impossível, lembre-se: Deus não nos pede nada que não possamos fazer. Portanto, perdoar depende exclusivamente da sua decisão em deixar o ressentimento de lado e virar a página, esquecendo-se do que já passou.
Que tal praticar?
Faça agora uma oração a Deus e decida em seu íntimo: “Eu perdoo fulano por esta razão…”. Além do mais, peça para que o Altíssimo a abençoe e lhe conceda também um novo coração. Acredite, a paz será imediata e permanente, você será o primeiro a sair ganhando, com Deus e consigo mesmo.
Perdoei, e agora?
Perdoou alguém hoje? Perdoe também amanhã e depois, depois e depois. Afinal, essa prática deve ser contínua, não é assim que o Senhor Jesus ensinou?
Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete (Mateus 18.21-22)
É claro, isso não quer dizer que você deve contar ou controlar as vezes que decidir perdoar, mas, sim, que é uma atitude ilimitada. Perdoe quantas vezes for necessário e seja perdoado pelo Altíssimo também.
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