A analista de sistemas e processos Verusca Teodoro Sampaio, de 39 anos, conta que sua mãe convivia com problemas familiares e culpava Verusca por essas dificuldades: “nasci em uma situação desfavorável e, por minha mãe ter engravidado fora do casamento, me tornei culpada por todos os problemas decorrentes desse relacionamento infeliz”.

Os pais de Verusca se casaram por obrigação porque a mãe dela engravidou. O pai de Verusca era um DJ viciado em jogos de azar que passava as madrugadas em bailes e a mãe dela precisava cuidar sozinha dela e de sua irmã. Quando ele retornava pela manhã, ocorriam as brigas. Verusca relembra como era tratada: “minha mãe me culpava por todo o sofrimento que vivia. Meu pai brigava com ela e, em razão disso, ela me destratava. Eu sentia que ela não me amava”.

Ainda muito nova, Verusca passou a entender o que acontecia em sua casa. Ela aprendeu a ler e a escrever bem cedo, deu ouvidos à voz do diabo e planejou seu suicídio. “Quando eu era criança tentei tirar a minha vida ingerindo produtos de limpeza e escrevi uma carta culpando a minha mãe pelo meu suicídio. Eu queria que ela sentisse o peso da culpa, como ocorria comigo. A minha ideia era misturar detergente, amaciante e cloro, mas eu não cheguei a beber esse preparo. Hoje reconheço que o Próprio Deus, desde aquela época, tinha grandes planos para a minha vida”, detalha.

PROFUSÃO DE PROBLEMAS
Além de todos os problemas, a mãe de Verusca adoeceu e descobriu um tumor no cérebro. Vendo as dificuldades da família, uma vizinha fez a ela e aos familiares um convite para que conhecessem o trabalho da Universal. “Minha mãe manifestava com espíritos malignos, mas, por meio da Fé, ela se libertou, se curou, seu casamento foi restaurado e minha casa se tornou um pedacinho do céu”, lembra.

Verusca garante que ter sido levada para conhecer o trabalho da Universal foi o melhor que alguém já fez por sua vida: “quando entrei na igreja senti como se alguém tivesse me abraçado com amor. Naquele momento compreendi que, por mais que minha família não tivesse afeto por mim, o Senhor Jesus já tinha dado a maior demonstração de amor. Ele deu a vida dEle pela minha e eu queria conhecê-Lo”.

Os pais de Verusca se afastaram da Presença do Senhor Jesus durante cinco anos e, com isso, os conflitos do passado voltaram a ocorrer de novo. Verusca, porém, sentia necessidade de ir às reuniões e buscava formas de ir mesmo sem a companhia dos pais. “Quando eu passava férias na casa da minha avó, eu pedia para que ela me levasse à igreja”, diz.

Quando Verusca tinha oito anos, seus pais retornaram para a Presença de Deus e ela se aproximou ainda mais dEle. “Aos 12 anos fui batizada nas águas. A primeira Fogueira Santa em que decidi sacrificar foi para receber o Espírito Santo. Eu sabia que se eu não fosse selada todos os problemas voltariam e eu não permaneceria na Fé.”

HONRANDO A DEUS
Prestes a concluir o ensino fundamental, Verusca, assim como todas as meninas de sua idade, desejava participar da festa de formatura. Ela, porém, percebeu que deveria adotar outra prioridade: “eu sabia que não precisava de festa nem de presentes. Eu só queria o selo de Deus dentro de mim. Sacrifiquei a minha festa de formatura para receber o Seu Espírito. Eu sabia que, para que Deus me honrasse com a Sua Santa Presença, eu precisava honrá-Lo com a minha vida. O Espírito Santo é algo muito valioso. Aliás, é o bem mais precioso que já tive. Renunciei ao sonho de participar de uma linda festa de formatura com as minhas amigas e priorizei o Altar”. Ela afirma que entendia que a partir do momento que honrasse a Deus e O tornasse sua prioridade, todos os problemas ficariam para trás. E, com este objetivo, ela se entregou no Altar.

Ela foi batizada com o Espírito Santo aos 14 anos. “Reconheço que sem o Espírito Santo eu jamais teria vencido os obstáculos que surgiram posteriormente”.

Permanecer honrando a Deus fez com que ela tivesse fé para torná-Lo seu porto seguro. Deus era a prioridade em sua vida, vinha antes de qualquer coisa e, por isso, ela tinha certeza que Ele também seria O primeiro a lhe dar forças para vencer qualquer problema, por mais grave que ele fosse.

Ela diz que comprovou isso algum tempo depois: “aos 32 anos sofri um acidente vascular isquêmico. Fiquei com o lado esquerdo do corpo paralisado, perdi o paladar, não conseguia mais falar corretamente e fiquei na cadeira de rodas. Os médicos disseram que eu morreria ou vegetaria para sempre”.

Por ser obreira na Universal e serva de Deus, Verusca tinha conhecimento da Palavra e sabia qual caminho deveria seguir: “eu não entrei em depressão quando adoeci, uma vez que o Espírito Santo me sustentou. Nesse momento, empenhei minha força na Fé. Fiz votos, correntes, além de exercícios e fisioterapia. Mais uma vez coloquei a minha Fé em ação, segui honrando a Deus e Ele me ouviu. Ele supriu todas as minhas necessidades”, declara.

Verusca foi curada e os médicos lhe disseram que ela é “um milagre”. “Sem dúvida, Jesus é o meu refúgio. Ele nunca me abandonou nos momentos mais difíceis da minha vida. O Espírito Santo é a minha maior conquista. O único sentido que encontro para viver é honrar a Deus, ganhar almas e agradá-Lo. Hoje eu dirijo, estudo, trabalho, sou saudável e realizada”, conclui Verusca.