Durante a infância, a biomédica esteta Silvia Marques, de 43 anos, era levada pela mãe a sessões com entidades espirituais. A aproximação da família com os espíritos foi motivada pelos intensos conflitos em casa. “Minha mãe buscava um socorro nas crenças e religiões”. No entanto, em vez de alívio, ela e seus familiares sofreram mais dores.

Sozinha e perdida

Com o falecimento de sua mãe e o abandono de seu pai, ela foi morar de favor com conhecidos. Nesse período de solidão, ela aprofundou o seu relacionamento com os espíritos. “Eu ouvia vozes, via vultos, mas comecei a viver de forma ilusória. Fiquei deprimida e desenvolvi o vício em cigarro”, afirma.

Ameaças e opressão

Enquanto esperava receber ajuda, Silvia passou a ser ameaçada pelos espíritos aos quais servia, caso decidisse abandoná-los. “Eles diziam que me deixariam em uma cadeira de rodas ou que levariam a minha alma. Os espíritos dominaram todas as áreas da minha vida”, conta.

Aos 16 anos, ela conheceu o seu atual marido, mas o relacionamento, que deveria trazer alegria, trouxe tormento. “Os espíritos me oprimiam com maus pensamentos contra meu marido e, por isso, eu desconfiava muito dele. Tínhamos várias brigas, cheguei até a engatilhar uma arma e a apontar para a cabeça dele”, revela.

Consumida pelo sofrimento, Silvia tentou tirar a própria vida em três ocasiões. Na última tentativa, se lançou de uma moto em movimento, o que resultou em uma fratura do tornozelo.

Uma mudança inesperada

A convite de vizinhos, o marido dela passou a frequentar a Universal, e a mudança de comportamento não passou despercebida. O preconceito de Silvia, no entanto, não permitia que ela aceitasse a conversão dele.

No intuito de provar ao marido que tudo ali não passava de teatro, ela decidiu acompanhá-lo em uma reunião. Ao chegar à Igreja Universal, no entanto, ela sentiu, pela primeira vez, o alívio que sua alma tanto buscava. A partir daí, compreendeu o caminho que deveria trilhar. “Eu peguei todas as guias e coloquei no Altar. Comecei a ir a todas as correntes porque eu queria aquele Deus”, conta.

Entrega total

Mesmo tendo abandonado a antiga vida, ela sabia que algo lhe faltava: o Espírito Santo. Então, para recebê-Lo, decidiu abrir mão das mágoas e, sobretudo, do orgulho que carregava. A sua entrega total resultou na resposta que tanto buscava: “Em uma vigília, Deus confirmou dentro de mim o Espírito dEle. Ele mudou tudo”, garante.

Desse modo, a vida dela, antes dominada pelos espíritos malignos, hoje é guiada pelo Próprio Deus.

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