Onde está a verdadeira liberdade?
Neste dia 7 de setembro, entenda se você está usufruindo da independência que é realmente necessária para que você viva completamente livre
O dia 7 de setembro é mais do que uma data comemorativa no calendário. É o marco de um grito, bradado em 1822, que proclamou liberdade política e rompeu oficialmente os laços de subordinação a Portugal. Ao longo dos anos, essa história foi celebrada como símbolo de soberania. No entanto, mais de dois séculos depois, surge uma pergunta incômoda: vivemos, de fato, a independência que tanto exaltamos?
O cenário atual expõe fragilidades. A polarização política se intensificou a tal ponto que a divergência de ideias virou uma barreira intransponível entre as pessoas. O debate saudável cede espaço ao ataque pessoal e a busca pelo bem comum é frequentemente substituída pela defesa cega de lados opostos. Nesse ambiente, adversários deixam de ser apenas aqueles que pensam diferente e passam a ser tratados como inimigos. O resultado é um país fragmentado, onde o diálogo perde força e a convivência se desgasta.
A Constituição Federal, pilar que garante os direitos e os deveres de todos, deveria ser o norte para decisões políticas e para o exercício da cidadania. No entanto suas normas são frequentemente flexibilizadas, reinterpretadas ou até ignoradas para atender a interesses específicos. Esse desrespeito às bases legais mina a confiança da população nas instituições e enfraquece a credibilidade dos poderes constituídos. Quando a lei é relativizada, abre-se espaço para arbitrariedades e abusos que comprometem a liberdade conquistada.
Independência não é apenas um ato histórico, mas um compromisso diário com valores como justiça, respeito e responsabilidade. A verdadeira liberdade nacional depende de cidadãos conscientes, capazes de discordar sem romper laços, e de líderes que priorizem o interesse coletivo. Sem isso, a independência corre o risco de se tornar apenas retórica e não ter força para mudar a realidade.
Esse quadro não se limita à política. Na vida pessoal, muitos acreditam que são livres porque têm autonomia financeira, voz nas redes sociais ou poder de escolha, mas continuam prisioneiros de mágoas, vícios, medo, orgulho e egoísmo. A independência está no papel, mas não na prática.
Assim como uma nação só se mantém livre quando suas instituições funcionam integralmente, a vida espiritual só se sustenta com uma base sólida. Sem que haja um relacionamento verdadeiro com Deus, a pessoa fica vulnerável e é facilmente dominada por emoções ou circunstâncias. Orações vazias e promessas sem mudança real não resistem às crises. É por isso que cada um precisa assumir a responsabilidade de colocar a própria esperança e confiança no que é eterno. Governos mudam, leis falham e os líderes decepcionam, mas a Palavra de Deus permanece. Só quem firma a vida nesse fundamento encontra estabilidade e direção, independentemente do cenário externo.
A Bíblia afirma: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36). Essa é a liberdade que nenhum governo pode conceder ou tirar, porque nasce no interior e se reflete em todas as áreas da vida. É a independência que quebra cadeias invisíveis e dá forças para viver com propósito, esperança e paz, mesmo em meio ao caos externo.
Neste 7 de setembro, mais do que lembrar um acontecimento histórico, vale refletir: que liberdade estamos celebrando? Aquela que depende de circunstâncias políticas e econômicas ou a que vem de uma transformação interior profunda? A independência espiritual é a única capaz de sustentar um país verdadeiramente livre, porque começa na mente de cada cidadão.
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