O que você quer: um ano novo ou uma vida diferente?

O ano de 2022 está às portas de começar. Diante de tantas incertezas, o que é preciso fazer para ter um ano excepcional em relação a todos os outros? Experimente colocar todas as suas forças (e toda a sua vida) no Espírito Santo

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Se você tivesse a oportunidade de refazer os anos que ficaram para trás, rever os erros de 2021 e planejar os acertos para 2022, provavelmente faria isso neste segundo e nem esperaria o dia 1º de janeiro começar. Essa data se aproxima e, como é de se esperar, todos desejam um novo ano infinitamente melhor em suas vidas ou, ainda, que seja plenamente diferente de todos os outros. A questão é: como alcançar a vida que, para muitos, mais parece um conto de fadas? Enquanto essa pergunta lateja em nossa mente – ao mesmo tempo que ainda restam as dores e as perdas de uma pandemia, que as incertezas nunca foram tão visíveis e o desespero nunca foi tão sentido por muitos que perderam seus empregos, seus entes queridos e seus recursos –, há algo que está perfeitamente disponível para todos: uma Palavra firme e fiel, que traz à existência a Vida que muitos duvidam que exista. (João 14.6).

Em Apocalipse 21.5, podemos entender mais sobre o Autor da Vida, que diz: “Eis que faço novas todas as coisas”. Sendo assim, se há um Deus que faz tudo novo, por que, então, não se apegar a Ele? Afinal, o Seu Espírito nos encoraja a nos reinventarmos e nos orienta a uma novidade de vida que começa de dentro para fora. Ao receber o Espírito Santo, recebemos também um interior infinitamente melhor, que reflete o caráter dEle e promove Seus frutos. (Gálatas 5.22). Mesmo diante das dificuldades, com Ele encontramos esperança e não confusão (Romanos 5.5), retiramos força da fraqueza (Romanos 8.26) e não nos deparamos com um espírito abatido (2 Timóteo 1.7). Ainda com Ele, aliviamos as dores e nos tornamos livres. (2 Coríntios 3.17).

Aqueles que usufruem dessas virtudes são transformados pela renovação da mente (Romanos 12.2) e hoje são “capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. E isso ocorre durante os 365 dias do ano.

A DIFERENÇA COMEÇA DENTRO DE VOCÊ
Em entrevista exclusiva à Folha Universal, o Bispo Adilson Silva observa que “esta época do ano é um período de muita emoção por conta das festas” e que muitas pessoas, inclusive, se agarram a frases de efeito como “ano novo, vida nova”, mas que elas “fazem isso há muito tempo e veem todo ano ser a mesma coisa ou até pior”. Ele aponta que, para ter um ano realmente diferente, é preciso tomar atitudes diferentes. Contudo, para que isso aconteça, é preciso muito mais: “para que a pessoa saiba fazer a coisa certa, ela precisa mudar sua mente. As pessoas querem mudança na vida amorosa, nos números da conta bancária e na família, mas continuam tendo os mesmos pensamentos – e não há como ter uma vida nova ou um ano diferente se ela não tiver uma mudança de mentalidade”, acentua.

Questionado sobre como essa diferença pode ser concreta, o Bispo Adilson responde: “na verdade, a única forma da pessoa mudar a cabeça e mudar não para melhor, mas para o ideal – para aquilo que Deus planejou –, é através do batismo com o Espírito Santo”. E ele continua: “o batismo com o Espírito Santo é nada mais, nada menos, do que a fusão da mente de Deus com a mente da pessoa. É como um GPS espiritual. Consequentemente, ela passa a ser inspirada por Deus e isso vai influenciar nas ações, nas reações, nas decisões dela e fazer com que ela escreva uma nova história. Quem quiser ter uma vida nova precisa do Espírito Santo”, considera.

MUITO DINHEIRO NO BOLSO?
Adeus ano velho, feliz ano novo é a canção que costuma estar na boca do povo e que muitos entoam na virada do ano esperando “muito dinheiro no bolso” para o ano seguinte. Carlos Alberto Rodrigues, (foto abaixo) de 39 anos, era um deles. Ele desejava ter uma realidade, no mínimo, bem diferente da que tinha. No entanto, com o passar dos anos, segundo conta, “era difícil ter expectativa de que o novo ano fosse melhor”, porque os problemas em todas as áreas viravam uma bola de neve.

Casado com Regiane Rodrigues, de 39 anos, Carlos relata que, embora estivesse há quase 30 anos frequentando a Universal, foi há pouco tempo que ele entendeu que o verso “que tudo se realize no ano que vai nascer” não é nada comparado à diferença que só o Espírito Santo é capaz de fazer no interior de cada um. “Minhas primeiras lembranças são de miséria, de muita privação. Eu morava em um cortiço e dividia o mesmo fogão, o mesmo chuveiro e a mesma pia com 50 pessoas.” Ele acrescenta que, com o passar dos anos, presenciou “algumas melhorias pontuais” e chegou até a abrir uma empresa, mas, pela falta da direção de Deus, não conseguiu administrá-la.

Ao longo dos anos, o casal acumulou uma dívida de mais de R$ 2 milhões. “Meu objetivo, com a virada do ano, era sempre pagar as contas. Eu não tinha cabeça nem prazer em nada e, nessa época, os problemas eram tão grandes que eu não tinha esperança que o novo ano pudesse ser melhor. Nessas datas todos estavam felizes, com fé em um futuro melhor, mas eu olhava para a virada do ano como se eu fosse um zumbi, como mais uma data no papel”, expôs Carlos.

Regiane lembra que tinha enfrentado adversidades antes deles se conhecerem. Ela chegou à Universal na adolescência, quando sua mãe sofria desmaios constantes, e destaca que, depois de passar por um período levando uma vida simples, aos 19 anos, surgiram as dificuldades financeiras. “Fui morar em uma pensão e comia miojo todos os dias.” Quando, ela se casou com Carlos, os problemas pioraram. “Aos 21 anos, nós nos casamos e o começo do meu casamento foi outra guerra: ele me batia e eu não tolerava desaforo, então, nos agredíamos fisicamente. As brigas eram constantes”, pontua.

O QUE REALMENTE TRAZ A DIFERENÇA
Para Carlos, o tempo e a vida dariam um jeito generoso de resolver seus problemas, mas isso não acontecia. “Terminava um ano e entrava outro e, quanto mais eu corria atrás de dinheiro, mais o dinheiro corria de mim e, assim, as dívidas aumentavam. O pior ano da nossa vida foi em 2011: até 30 minutos antes da minha esposa ter nossa filha nós estávamos trabalhando. Trabalhávamos de domingo a domingo. Eu queria resolver meus problemas, mas eles sugavam minhas forças e minhas energias.”

O trabalho duro não faltava, mas era insuficiente. “Montamos uma fábrica e fizemos investimentos pesados em equipamentos, na estrutura da empresa e em funcionários e tivemos muitos clientes. Contudo, da mesma forma que entrava muito dinheiro, saía muito mais”, destaca Carlos. Ele admite qual era seu maior problema: “eu estava na Igreja, mas estava sozinho, sem Deus. Mesmo tendo nos capacitado, só tomávamos atitudes erradas, porque o que estava dentro de nós se refletia em nosso exterior. Eu me apoiava no tempo de Igreja, mas internamente eu estava vazio, pois não tinha o Espírito Santo e eu não O tinha porque a minha ansiedade era ter dinheiro. Além disso, eu era mau-caráter, mesmo sendo religioso. Eu era um artista”.

Então Carlos ficou cansado de levar a mesma vida e tomou uma decisão: “quando estava mergulhado nas dívidas e nos problemas, eu achava que seria feliz se fosse rico ou atribuía a tristeza, o vazio e a minha revolta aos problemas. Hoje não vejo dessa forma, porque a fonte da minha tristeza não era consequência dos problemas: a razão de toda a angústia era a falta do Espírito Santo. Então, passei a dedicar todas as forças em conhecê-Lo e o maior acontecimento da minha vida foi ter sido batizado com o Espírito Santo”, celebra.

Carlos reconhece a importância dessa entrega: “Ele é a Fonte da Vida e, quando bebemos dEla, nossa vida é transformada. Em um ano e meio pagamos as dívidas e, no meio da pandemia, conquistamos cinco empresas”.

Regiane garante que o fato de ter recebido o Espírito Santo fez do ano da pandemia “o melhor de sua vida” e que tudo se fez novo. “Sou uma mãe melhor, uma esposa melhor, uma pessoa diferente. Hoje o nosso casamento é uma bênção e meu marido é meu parceiro e meu amigo. O Espírito Santo é Espírito de entendimento, de coragem, de sabedoria e, quando O temos, Ele nos concede a paz. Deus mudou a nossa vida e tem mudado nossa história.”

Carlos ainda declara que, “mesmo se não tivesse pagado as dívidas, o Espírito Santo o faria ser a pessoa mais feliz do mundo e que não há nada que pague o fato de acordar de manhã e sentir desejo de viver. Antigamente, na virada do ano, eu queria o mundo inteiro para mim. Hoje, meu objetivo é levar a Salvação para os sofridos e ser parceiro na Obra de Deus”. Com base em sua experiência, ele deixa uma dica: “se as pessoas acham que o Réveillon vai mudar a vida delas, estão enganadas. O que transforma a vida é receber o Espírito Santo. Isso, sim, nos muda por dentro e por fora”, finaliza.

SEM PORTA E SEM RUMO
De Ubaí, norte de Minas Gerais, e pertencente a uma família de, ao todo, 11 filhos, João de Deus Nobre da Silva, (foto abaixo) de 54 anos, teve a vida marcada por dificuldades. “Tivemos uma infância sofrida: meu pai sobrevivia da roça e tinha períodos que colhíamos produtos nas plantações e outros que passávamos fome. Às vezes, não tínhamos nem arroz e feijão e pegávamos fruta no mato para podermos sobreviver.”

Assim, aos 23 anos, João se mudou para São Paulo na tentativa de ter uma vida melhor. “Vim trabalhar como ajudante de pedreiro e, como não tinha dinheiro para pagar o aluguel, pedi para morar na construção onde eram guardados os sacos de cimento. Com pedaços de madeira, fiz uma cama improvisada e coloquei um colchão em cima. O pessoal da obra me trazia marmitex e, no jantar, eu bebia meio litro de cachaça. Fiquei nessa condição por cerca de dois anos”, detalha.

Por nutrir o sonho de se casar, João comprou um barraco. Em seguida, oficializou a união com sua noiva, a assistente administrativa Maria Nilva Gomes da Silva, hoje com 50 anos. “Casamos e, quando íamos ter a primeira noite da lua de mel, não havia nada naquele barraco, pois bandidos tinham roubado tudo. Fui para a casa da minha irmã, que também era um barraco, e passamos a noite em um quarto que não tinha porta”, relata. Ele lembra que esse ano, 1994, foi o pior de sua vida: “minha esposa só chorava e dizia que, se fosse para voltar para aquele barraco, ela iria embora. Acabei vendendo-o, mas não recebi o valor e, com dificuldade, consegui alugar um espaço com quarto, cozinha e um banheiro, que era em um quintal”. Foi nessa situação que João conheceu a Universal, há 28 anos, quando aceitou o convite de sua irmã.

DEUS CRIA CONDIÇÕES
A palavra “novo” significa algo que substitui o que é velho ou aquilo que traz existência a algo que não existia, mas, João, apesar de ouvir essa palavra, assim que começava um novo ano, nunca tinha boas expectativas. “Eu era totalmente desacreditado e ninguém acreditava que um ajudante de pedreiro poderia conquistar e fazer alguma coisa na vida, muito menos eu. Eu bebia muito, não tinha estudos – fiz até a quarta série do ensino fundamental – e não sabia fazer nada. Não tinha a menor expectativa com ou sem a virada de ano. Para ser sincero, eu me sentia uma pessoa horrível”, compartilha. Entretanto toda essa história mudou quando João recebeu o Espírito Santo: “logo quando cheguei à Igreja, o pastor falou do batismo nas águas e da importância de ter o Espírito Santo. Ele explicou que a pessoa que O tem é verdadeiramente feliz. Então eu abracei aquela Palavra e, em cerca de um ano, O recebi”, recorda.

Uma vida nova começou a partir daquele momento. “Quando recebi o Espírito Santo, uma alegria imensa aconteceu dentro de mim. Foi algo tão inesperado que minha esposa perguntou o que estava acontecendo comigo – naquela altura, ela não frequentava ainda a Igreja. Eu, que ainda trabalhava como ajudante de pedreiro, quis fazer alguma coisa diferente. Conheci um rapaz que trabalhava em uma empresa de cosméticos e fui admitido ali como vendedor. As pessoas achavam que eu não tinha capacidade e que eu não iria nem pagar meu aluguel. Eu insisti, Deus foi me dando direção e hoje tenho minha empresa no ramo de vendas de utilidades para cozinha.”

Ele relata que seus dias foram transformados, mas que isso só foi possível com Deus. “Minha vida é completa em tudo. Conquistamos locações e bens. Tenho três filhos e dois são doutores. Eu fui uma pessoa que não tive condições de estudar e hoje não me falta nada. Isso é só Deus mesmo quem faz”, encerra.

OS FOGOS VÃO E A REALIDADE FICA
A corretora de imóveis Simone Nakama, (foto abaixo) de 42 anos, lembra das tradições que seguia no passado durante as viradas de ano: “eu usava roupas novas, mas sempre eram doadas. Usava a da cor correspondente à área que eu achava que precisava favorecer, pois diziam que as cores tinham significado, mas nada trazia resultado. Eu também gostava da emoção dos fogos, da comida, mas, na mesma semana, a realidade voltava, com miséria e brigas na família. Nada mudava, apenas a data no calendário. Aliás, tudo piorava”, conta.

Ela relembra que sua vida era marcada por situações que só lhe traziam dores: “meu padrasto me espancava e, bêbado, ameaçava nos matar. Então eu dormia com uma faca embaixo do travesseiro. Acabamos morando em um cortiço, em um porão embaixo de um bar, com um banheiro para 20 famílias. Muitas vezes nossa alimentação principal era composta apenas de fubá”.
Ainda jovem, Simone convivia com a depressão. “Dos 20 aos 24 anos fiquei trancada dentro de casa. Depois, entrei em um relacionamento e aparentemente melhorei, mas, depois da gravidez, tive depressão pós-parto. Na verdade, sempre havia uma justificativa para eu viver assim: primeiro foi por causa da morte do meu pai, depois foi isso. Convivi com a depressão em todas as fases da vida”, diz.

Já fazendo uso de medicamentos tarja preta, a situação dela só se agravava. “Eu não dormia e, por isso, passei a tomar remédio para dormir. Depois, passei a tomar remédio para ficar acordada e, em seguida, remédio para ficar feliz, mas nada fazia efeito. Deixei de ir trabalhar, não tomava banho, não me arrumava, não saía nem no quintal de casa. Fui atendida por psicólogos e psiquiatras, que aumentaram a dosagem do remédio.” Ela enumera as consequências de seus problemas: “acabei tentando suicídio, cortando os pulsos ou tomando produtos de limpeza. Fiz uma lavagem estomacal porque tomei medicamentos para me matar. Para minha surpresa, o médico me questionou por que eu não tinha tomado veneno de rato, já que eu estava ali só para dar trabalho.”

Assim, para ela, cada ano que chegava se tornava novo, mas sua depressão era antiga. “Eu passava as viradas de ano trancafiada em casa, depressiva e chorando. Eu ouvia os fogos e ficava com raiva, porque não estava feliz. Eu passava a virada tomando medicamentos e debaixo de uma coberta.”

Para Simone, o ano da diferença aconteceu há cinco anos. “Eu conhecia a Universal, mas tinha me afastado. Retornei em 2016, justamente em um final de ano, me lancei com todas as minhas expectativas e desejos, porque realmente não tinha mais nada a perder, e tive certeza de que tudo seria diferente. Quando recebi o Espírito Santo, a Simone depressiva e cheia de complexos deixou de existir.”

Hoje ela comemora: “não tenho mais depressão e sou completa. Eu simplesmente suportava a vida e, agora, o Espírito Santo é a razão do meu viver. Hoje eu e minhas filhas servimos a Deus e nossa prioridade é entrar o novo ano na Presença dEle”, conclui.

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: getty images e Demetrio Koch