O que você precisa saber neste dia Mundial do Combate a Diabetes
Como você tem cuidado do corpo que Deus lhe deu?
Quatorze de novembro é o Dia Mundial do Combate à Diabetes. E o Brasil está entre os países que mais precisam se esforçar para diminuir a epidemia da doença. Tanto entre adultos quanto entre crianças, o número de portadores da doença segue crescendo.
Entre a população em geral, o Brasil é 4º país com mais diabéticos. De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), são 12,5 milhões de pessoas com a doença (7% da população). Apenas China, Índia e Estados Unidos possuem mais diabéticos.
Já em relação a crianças e adolescentes, apenas Estados Unidos e Índia têm mais diabéticos do que o Brasil. São mais de 1,1 milhões de pessoas sofrendo com a enfermidade.
O que é diabetes
Diabetes é a principal causadora de problemas cardíacos, cegueira, falha dos rins e amputação das pernas, de acordo com a IDF.
Existem três tipos de diabetes: gestacional, tipo 1 e tipo 2.
O primeiro tipo ocorre somente durante a gestação e pode acarretar problemas tanto para a mulher quanto para o bebê se não for cuidada.
Já a diabetes tipo 1 é uma doença autoimune. Ou seja: o organismo ataca a si mesmo. Nesse caso, o sistema imunológico ataca células do pâncreas que produzem insulina, impedindo-as de produzirem o hormônio.
Os principais sintomas são alterações no apetite, perda de peso, fraqueza, cansaço, sede constante e necessidade de urinar exacerbada.
Já o tipo 2 acontece quando o organismo produz insulina, mas não é capaz de aproveitá-la. Ou produz em quantidade insuficiente para controlar a taxa glicêmica.
Nesse caso, além dos sintomas apresentados no tipo 1, também pode haver formigamento nas mãos e nos pés, infecções de rins, bexiga e pele frequentes, visão embaçada e feridas que demoram a cicatrizar.
Em ambos os casos, o controle da doença é realizado com exercícios físicos, reeducação alimentar e, quando necessário, ingestão de insulina ou medicamentos.
Má alimentação e sedentarismo: os desencadeadores
Em entrevista concedida ao Portal R7, a endocrinologista Vanessa Monanari, da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) explica que o crescimento dos casos de diabetes está diretamente ligado ao crescimento dos casos de obesidade.
De acordo com ela, a obesidade faz com que o corpo desenvolva resistência à insulina, o que causa a diabetes tipo 2, que representa mais de 90% dos casos de diabetes no Brasil.
O histórico familiar também eleva o risco do desenvolvimento da doença, mas o sedentarismo e a má alimentação são, hoje, os causadores da doença em mais de 80% de seus portadores.
Embora fatores genéticos sejam importantes no desenvolvimento da diabetes tipo 1, a má alimentação e o sedentarismo, aumentando a resistência do corpo à insulina, são capazes de desencadear até mesmo casos da doença que não se manifestariam. Ademais, podem antecipar sintomas que só ocorreriam na vida adulta.
De acordo com o IDF, há a previsão de que, em 2030, cerca de 1 bilhão de pessoas sejam diabéticas. Hoje, são 422 milhões de diabéticos, sendo que 50% não sabe disso.
Por isso, é imprescindível que sejam realizados exames de rotina periodicamente. O diagnostico precoce pode evitar que os sintomas se agravem.
Sua responsabilidade como cristão
Sendo que a alimentação e a atividade física têm papel importante no desenvolvimento de diabetes, torna-se responsabilidade de cada pessoa se prevenir da doença. O cristão, em especial, deve levar a sério essa responsabilidade.
Isso porque, segundo a Bíblia, o corpo do ser humano é templo do Espírito Santo, como explicou o Bispo Renato Cardoso, durante reunião recente, realizada no Templo de Salomão.
“Eu tenho que cuidar da saúde do meu corpo. Eu tenho que ver o que eu como. Eu tenho que ver o exercício que eu faço. Porque o corpo precisa do exercício, precisa da comida correta”, afirmou o Bispo. “Você tem que sacrificar o corpo em obediência ao Espírito Santo. E como é que sacrificamos o corpo em obediência a Ele? Nós não entregamos o nosso corpo a nada que venha destruí-lo”, alertou.
Em seu blog, o Bispo também aconselha que se faça exercícios regularmente. E para isso você não precisa ser membro de academia e nem ter personal trainer. Obviamente, se quiser seguir por esse caminho também não há problema. Mas o principal é você determinar que no mínimo três vezes por semana (isto é, ± a cada 2-3 dias) você vai tirar uma hora somente para fazer exercícios, mesmo que seja em casa.
“É importante que você adote um programa de treinamento adequado para seu corpo, condição física, idade — e que também caiba na sua agenda. Não venha com a desculpa ‘Eu não tenho tempo para fazer exercícios’. Preciso dizer que sua saúde é mais importante do que assistir TV, jogar vídeo game, ou ficar de bobeira na Internet? Será que você não consegue ajustar seu tempo e encontrar três horas por semana para cuidar do seu corpo?”, concluiu.