O que tem tirado o seu sono?
A pandemia causou o aumento de casos de insônia entre os brasileiros e da busca por medicamentos para dormir. Quem superou o problema conta o que fez
Ao chegar em casa depois de um dia de trabalho intenso, naturalmente o corpo pede descanso, mas, durante a pandemia, a simples atitude de colocar a cabeça no travesseiro se tornou uma verdadeira tortura para muitas pessoas. Um estudo do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) revelou que 69,8% dos adultos brasileiros afirmam que sofrem com algum distúrbio de sono, o que equivale a quase 150 milhões de pessoas. Esse resultado chama a atenção, já que antes da pandemia a incidência era de 30%.
Outro estudo, realizado pela Royal Philips em 13 países, entre eles o Brasil, reforça os dados. Segundo o levantamento, 74% dos brasileiros relataram que adquiriram um ou mais problemas de sono no último ano e 50% disseram que a pandemia afetou diretamente sua capacidade de dormir.
Características
Um dos problemas na hora de dormir é a insônia. Helena Hachul, pesquisadora do Instituto do Sono com pós-doutorado em medicina do sono pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), esclarece que “a insônia ocorre quando há dificuldade para iniciar ou manter o sono em três noites da semana durante três meses com repercussões no dia seguinte. Essas características ocorrem independentemente do tempo de sono ou da oportunidade para dormir. Há repercussões durante as atividades diurnas com impacto no desenvolvimento de funções sociais ou ocupacionais, além de insatisfação geral com a qualidade do sono”.
Segundo Helena, a ansiedade, as preocupações e até os fatores genéticos podem influenciar na qualidade do sono e impactar várias áreas de sua vida.
Consequências a longo prazo
“Como o sono restaura tanto a parte física quanto a mental, quando dormimos mal, no dia seguinte temos irritabilidade, déficit de memória, falta de atenção, diminuição da imunidade e chances de contrairmos infecções.
Não dormir adequadamente também pode acarretar ganho de peso e alterações na pele”, comenta Helena. Ela também afirma que a insônia está muito associada à depressão e a crises de ansiedade.
Há ainda outro problema ocasionado pelos distúrbios do sono: a disparada no consumo de remédios para dormir. De acordo com dados do Conselho Federal de Farmácia, as vendas desses medicamentos cresceram 20% no ano passado, em comparação com 2019. A instituição também averiguou que de janeiro a junho de 2020 foram comercializados cerca de 20,3 milhões de doses de um remédio popular de combate à insônia, o que representa 64% de todo o volume vendido em 2019.
Helena ressalta que o uso constante de medicamentos, principalmente sem acompanhamento médico, traz prejuízos: “algumas medicações podem levar à tolerância e à dependência, ou seja, com o passar do tempo é necessária uma dose maior de remédio para obter o mesmo efeito e a dependência também é crescente”.
Origem das preocupações
A insônia pode ser ocasionada por inúmeros problemas, mas, quando se torna constante, a raiz é espiritual, explica o Bispo Edir Macedo em seu livro Orixás, Caboclos e Guias: “a insônia frequente é um dos maiores males de possessão por espíritos demoníacos. Alojados nas mentes das pessoas, eles fazem com que estas não tenham sossego, mesmo durante a noite. A pessoa pode até estar muito cansada, mas o sono não aparece”.
Em seu outro livro, intitulado O Poder Sobrenatural da Fé, o Bispo diz como a ansiedade rouba o sono de uma pessoa e aponta o caminho para não permitir que isso aconteça: “a ansiedade é produzida e alimentada pela palavra de dúvida soprada pelos espíritos malignos na mente humana. Da mesma forma, a palavra de fé, oriunda das Sagradas Escrituras, enche o coração de maior confiança em Deus e em si mesmo e de plena convicção de que o amanhã será melhor que hoje”.
Sendo assim, para eliminar todas as causas da insônia, é preciso manisfestar a Fé. “Só a fé praticada neutraliza a ação mortal das dúvidas do cotidiano. Fé é a autoridade de Deus para ser usada contra toda e qualquer ação do mal. Na fé não há incertezas, medos, traumas ou fraquezas”, afirma o Bispo Macedo.
“Eu carregava uma tonelada nas costas”
Foi por meio desses ensinamentos que Jamilton Silva Sousa, de 40 anos, conseguiu sair de um quadro clínico devastador. Com uma empresa na área de restauração de pisos, ele atendia clientes em diferentes cidades e não suportou a pressão do dia a dia. “Eu vivia um estresse muito grande. O dia inteiro lidando com trânsito, clientes e funcionários somado ao falecimento da minha mãe contribuiu para que eu tivesse insônia. Eu chegava em casa à noite cansado do trabalho e mesmo assim não conseguia dormir”, relembra.
Ao notar que a situação se repetia ao longo dos dias, Jamilton buscou ajuda médica. “No início, eu tomava metade de um comprimido para dormir, mas, com o decorrer do tempo, ele não fazia mais efeito. Nesse período, além da insônia, eu já estava também com depressão e tinha desejo de suicídio. A psicóloga então me encaminhou a um psiquiatra.”
Sob orientação médica, as doses da medicação aumentaram gradativamente. “Houve um momento que eu tomava 14 remédios tarja preta por dia: eram sete à noite para dormir e sete pela manhã para acordar e ir trabalhar. Com o passar do tempo, eles não surtiam mais efeito.”
Passar as noites em claro afetou a saúde mental e a atividade profissional de Jamilton: “eu não tinha disposição nenhuma para trabalhar, minha vontade era ficar no escuro dentro do quarto sem falar com ninguém. Eu só saía de casa porque eu era obrigado e parecia que eu carregava uma tonelada nas costas. Eu só pensava em me matar.”
Foram sete anos convivendo com os sintomas depressivos que se intensificaram por três meses. Durante esse período, o aumento da irritabilidade e da impaciência fazia Jamilton brigar com funcionários, com clientes e até com os familiares.
Sem vontade de viver, Jamilton planejou sua morte seis vezes. Em um desses dias, ele acabou entrando na Universal de Santo Amaro, em São Paulo, e assistiu a uma reunião. “Eu entrei me sentindo morto e no primeiro dia já saí diferente. Senti uma paz, uma alegria e um ânimo que eu não tinha antes. Fui entendendo o poder da fé e tudo o que tinha acontecido comigo até que não precisei mais das medicações”, comenta.
Depois, batizado com o Espírito Santo, Jamilton retomou o controle de sua vida: “acabou a depressão, a angústia, o desânimo e todos os efeitos colaterais da insônia. Hoje tenho disposição e estou totalmente curado”, conclui.
“Eu batia a cabeça na parede para ver se a dor passava”
Um abuso na infância fez a vida da cabeleireira Edilene Paulo de Arruda, (foto abaixo) de 35 anos, mudar completamente. “Eu pensava que se eu dormisse alguém viria me tocar. Então, comecei a ter insônia. Eu passava noites em claro.”

Na adolescência, o problema se agravou e as noites passaram a ser ainda mais longas. “Eu lia algo na cama para ver se o sono chegava e tinha muita dor de cabeça. Eu chegava a bater a cabeça na parede para ver se a dor passava. Eu pensava em tudo o que tinha acontecido comigo e aquilo ficava latejando na minha mente. Era praticamente um inferno dentro de mim e eu só pensava em desistir da vida.”
Com o passar do tempo, os problemas aumentaram, assim como o desejo de suicídio. Ao todo, ela fez três tentativas. Vivendo nesse cenário obscuro e buscando uma saída, Edilene recorreu a um centro espírita. “Passei por um terapeuta que eles me apresentaram e tomei alguns remédios, mas minha situação só piorou. Em alguns momentos eu ficava muito nervosa e em outros eu queria ficar trancada no quarto.”
Na tentativa de fugir daquela situação, Edilene mergulhou nos vícios. “Eu fumava, bebia, depois chorava e me cortava.” Os prejuízos em razão das noites em claro foram muitos: “tive anorexia, emagreci 30 quilos, tive queda de cabelos e perdi trabalhos, pois, no período do expediente, eu sempre me sentia mal e tremia bastante. Por causa da instabilidade financeira, fui morar de favor”.
Há seis anos uma oportunidade de transformação de vida foi apresentada a Edilene por meio de um programa de TV. “Foi um dia em que eu estava decidida a me matar. Tomei muita bebida alcoólica e fumei cinco maços de cigarro. Eu odiava Deus, a Universal e o Bispo Macedo, mas, antes de me enforcar, liguei a TV e aceitei o desafio que o Pastor fez de ir à igreja.”
Edilene então se entregou completamente. “Na mesma noite dormi tanto que cheguei atrasada ao trabalho, mas acordei em paz. As dores de cabeça e os vicios tinham sumido.” Ouvindo a Palavra de Deus nas reuniões, ela aprendeu sobre a importância de receber o Espírito Santo, que selaria sua mudança de vida.
Ao desenvolver sua fé, Edilene abriu mão de suas vontades. “O mais importante para mim hoje é que eu tenho paz e o Espírito de Deus dentro de mim. Hoje quero viver e levar vida para outras pessoas”, finaliza.
“Fui até demitida”
Na vida da técnica de enfermagem Fabiana Dantas da Silva, (foto abaixo) de 37 anos, a insônia começou de forma sutil, ainda na adolescência. “Ela era mais comum quando eu passava por conflitos familiares, na escola ou em relacionamentos. Eu ficava dois ou três dias sem conseguir dormir, mas, assim que eu resolvia o problema, a insônia passava”, conta.
Contudo, na fase adulta, a situação se agravou. A insônia passou a ser frequente e gerou mais problemas. “Eu ficava muito nervosa no dia a dia, o que atrapalhava meu relacionamento com as pessoas. Fui demitida por conta da indisposição no trabalho e passei a ter uma angústia muito grande”.
Virando as noites sem dormir e vendo sua vida ser impactada, Fabiana foi em busca de ajuda médica. “O médico me receitou calmantes e eu até dormia, mas minha rotina era desregulada. Eu não conseguia dormir a noite inteira nem descansar”, relata. A situação ficou insustentável depois de um episódio de abuso sexual. “O médico me falou que a insônia estava ligada à depressão e àquele trauma e que não teria cura. O máximo que ele poderia fazer por mim era continuar receitando os medicamentos, mas eu não via resultado.”
Então, a desesperança tomou conta de Fabiana e se refletiu no seu exterior. “Por não dormir, eu ficava instável, sonolenta e perdia a paciência com facilidade, inclusive eu tinha dor de estômago forte porque não conseguia me alimentar direito.”
Ela viveu dez anos de sofrimento, mas a solução definitiva ocorreu quando Fabiana decidiu participar das reuniões na Universal. “Eu ia às reuniões de quarta, sexta e domingo. Saía de lá mais leve, com alegria, paz e uma estabilidade que eu não tinha. Voltei a dormir e comecei a ver que tudo poderia ter uma solução. Era uma questão de paciência e de fé”, relata.
Treze anos depois, a libertação de Fabiana e a sua entrega no Altar continuam dando frutos. “Hoje, graças a Deus, não tenho mais problema de estômago nem ansiedade, nervosismo ou instabilidade emocional. Sou tranquila nos relacionamentos e no meu trabalho e tudo flui calmamente, totalmente diferente de como era antes”, finaliza.
O caminho para a solução
O drama vivido por Jamilton, Edilene e Fabiana se repete a cada noite na rotina de milhões de brasileiros por motivos variados. Se esse problema também tem afligido você, siga o conselho bíblico: “Lançando sobre Ele [Deus] toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós”. (1 Pedro 5.7).
Entenda que apenas a Fé é capaz de arrancar o mal pela raiz. Participe às sextasfeiras das reuniões no Templo de Salomão ou em uma Universal próxima de sua casa (confira os endereços em universal.org/localizar). Você encontrará a solução para a insônia e também para as causas dela.
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