O que o caso da menina que morreu no Carnaval do RJ revela sobre a humanidade
Entenda o que a tragédia - que tirou a vida de uma garota de 11 anos - pode ter a ver com você
Uma menina de 11 anos morreu, nesta sexta-feira (22), após ser esmagada por um carro alegórico durante os desfiles de escolas de samba no Carnaval do Rio de Janeiro.
Quadro geral:
A garota Raquel Antunes da Silva (foto abaixo) sofreu traumatismo craniano, duas paradas respiratórias e precisou amputar uma perna, após subir na alegoria de Carnaval, na quarta-feira (20). Ao entrar em movimento, o carro esmagou as pernas dela contra um poste. Devido aos ferimentos, ela não resistiu e veio a óbito dois dias depois.
Com o grave acidente, o Ministério Público do Rio de Janeiro notificou que a organização do Carnaval do Estado violou as regras de segurança recomendadas. Sendo assim, a Justiça determinou que as escolas de samba escoltem os carros alegóricos para impedir que outros casos ocorram.
Por que isso importa:
Ainda que o caso choque pela morte de uma criança inocente, houve pouca repercussão sobre o ocorrido, tanto na mídia, quanto nas redes sociais, que levantam bandeiras e protestam quando o assunto é do seu interesse.
Mas, se tratando de escolher entre a folia, que ficou dois anos sem acontecer (por conta da pandemia de Covid-19), e reivindicar a justiça pela morte de um inocente – correndo o risco de um novo cancelamento da festa – os desejos pela diversão passageira falam mais alto. Como destacou uma internauta nas redes sociais.
“Cãozinho morto no Carrefour, o povo faz protesto e boicote à rede de supermercados. Criança morre esmagada no Carnaval, o povo nem liga e vai sambar”, escreveu Dina de Oliveira.
O que analisar:
Como citado por ela, na ocasião do cachorro morto por um segurança em uma das lojas da rede, em 2018, a repercussão foi gigantesca: famosos se manifestaram e houve movimento para boicote. Porém, sendo uma criança, no meio de uma festa, que há anos estava sendo esperada, aí os valores e princípios ficam de lado, mostrando a inversão dos mesmos.
“Devemos amar os animais, sim, mas devemos amar muito mais os seres humanos. A empatia é maior por um animal do que por seu semelhante… É de impressionar!”, declarou Margareth Seixas, outra internauta, nas redes sociais.
Ainda durante o enterro da menina, uma prima de Raquel criticou a organização do evento – em dar continuidade ao carnaval em meio a essa tragédia – e disse que se “fosse filha ou filho do prefeito [referindo-se a Eduardo Paes] já tinham acabado com o evento ali mesmo…”. Todos, enfim, clamam por justiça!
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