O que (não) fazer quando se é injustiçada

A frustração de não ser devidamente compreendida pode trazer à tona uma série de sentimentos ou uma mulher mais forte. Qual delas você prefere?

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Cada mulher sabe dizer, de acordo com as suas experiências, o que é uma situação de injustiça. Em geral, injustiça é o desrespeito ao direito do outro, mas esse conceito pode se estender um pouco e incluir outras circunstâncias. Há, por exemplo, mulheres que se consideram injustiçadas depois de ter um pedido de ajuda negado por parte de quem menos esperava. Outras se sentem injustiçadas por não serem ouvidas ou, ainda pior, por serem mal interpretadas, desprezadas, julgadas ou esquecidas. A lista de injustiças pode ser extensa.

Durante um programa transmitido pela Rede Aleluia de rádio, a apresentadora Viviane Freitas destacou que “todas passam por isso” e descreveu que, “na hora da indignação e da raiva, vêm à nossa cabeça achismos e pensamentos de justiça a respeito da situação”.

No entanto as consequências geradas pelo desejo de justiça dentro de nosso íntimo por vezes não ficam claras para nós. “As falas que dizemos a nós mesmas alimentam ainda mais aquela raiva ou as nossas razões, mas você já reparou que fica um peso dentro de você? Isso acrescenta uma série de sentimentos e você se torna perversa ao acusar outra pessoa. Tudo isso só traz peso para a sua alma”, continuou a apresentadora.

Confiança em Deus
Em relação a isso, Viviane compartilhou um conselho grandioso descrito em Salmos 37.1-3: “NÃO te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade. Porque cedo serão ceifados como a erva, e murcharão como a verdura. Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado”. Para ela, confiar em Deus “é você não se defender com seus sentimentos, mas confiar que Ele está assistindo a tudo e vai dar a recompensa a toda ação de cada um, inclusive à sua”.

Como agir?
Toda semente plantada, cedo ou tarde, virá a ser colhida. (Gálatas 6.7). A Palavra de Deus também alerta que “quem cometer injustiça receberá de volta injustiça, e não haverá exceção para ninguém.” (Colossenses 3.25).

A questão é que, diante de uma injustiça ou de uma situação embaraçosa, muitas reações podem ser despertadas. Há mulheres que se calam, enquanto outras murmuram. Existem ainda aquelas que procuram se justificar ou desabafar, nem que seja por meio de indiretas nas redes sociais, e algumas interpretam tudo como se estivessem em um drama digno de novela mexicana.

Contudo, quando as reações emocionais afloram na mulher, uma pergunta deixa de ser feita: o que a injustiça provoca dentro dela e diz a seu respeito? Afinal, por mais que a mulher seja vítima de ofensas e traições, são suas reações à injustiça que mostram quem ela é na hora em que o sangue pode ferver.

Situações desse tipo podem revelar uma mulher justiceira, que é movida pelo próprio coração e pelos instintos, ou podem dar origem a uma mulher mais forte, que confia na misericórdia e na perfeição Divina que faz aquilo que mais ninguém faria por ela. Cabe a cada uma de nós escolher o melhor caminho. Qual será o seu?

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Colaborador

Flavia Francellino - Foto: getty images