José foi um homem a quem Deus confiou as habilidades de interpretação de sonhos e de boa administração em meio ao caos. A história desse personagem bíblico, que pode ser lida a partir do capítulo 37 do livro de Gênesis, desperta reflexões em quem a conhece. Agora, a novela Gênesis, da Record TV, ajudará o telespectador a se ver nessa história que, apesar de ser contada há tantos anos, também é um pouco nossa. A sétima e última fase da superprodução mostra o ambiente cercado de inveja, mágoas, mentiras, trapaças, esquecimento e ingratidão em que José viveu. As cenas esmiúçam quem foi José: ele passou de escravo e prisioneiro a governador do Egito. Durante sua trajetória, José se destacou ao mostrar um caráter imutável e incorruptível, apesar de ser submetido a muitos sofrimentos.

Quem dá vida ao personagem na trama é o ator Juliano Laham. Filho de Jacó (interpretado por Miguel Coelho e, posteriormente, por Petrônio Gontijo) e Raquel (Thais Melchior), José é o descendente favorito de Jacó e isso desperta os olhares maldosos de seus irmãos, que tramaram contra sua vida. “E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; […]. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava […], odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente. Teve José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso o odiaram ainda mais. […] E disseram um ao outro: Eis lá vem o sonhador-mor! Vinde, pois, agora, e matemo-lo […].

Então Judá disse aos seus irmãos: Que proveito haverá que matemos a nosso irmão e escondamos o seu sangue? Vinde e venda-molo […], e não seja nossa mão sobre ele; porque ele é nosso irmão, nossa carne. E seus irmãos obedeceram. […] E venderam José por vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito.” (Gênesis 37.3-5, 19-20 e 26-28).

INCORRUPTÍVEL
Arrancado da família na adolescência, José foi escravo por 13 anos e ficou preso alguns anos injustamente por não ter cedido ao assédio da mulher de Potifar, oficial do Faraó. Na prisão, ele sofreu com a ingratidão dos companheiros. De um dia para o outro, entretanto, ele saiu da cadeia depois de interpretar o sonho de Faraó e “com todo sucesso, riqueza e poder, se manteve o mesmo”, como detalhou recentemente o Bispo Renato Cardoso em um programa da Rede Aleluia de rádio. “Tendo o poder de mais tarde se vingar dos irmãos, ele não guardou mágoa e não se corrompeu. Quer dizer, ele era um homem incorruptível. Além do Espírito de Deus que estava com ele, ele também era com Deus. José tinha um espírito confiante em Deus e não amargo. E o Deus de José quer fazer com você o que fez com José”, afirmou.

Ser incorruptível significava que “nada que lhe acontecia penetrava em seu caráter, na sua maneira de ser. Quantas pessoas se alteram por um trauma, por terem sofrido um abuso, por experiências financeiras que causaram a perda de tudo ou que deixaram a fama ou o poder lhe subir à cabeça?”, enumerou o Bispo. No entanto, para ter essa confiança em Deus e ser inabalável, tal como José, é preciso desejá-Lo e buscá-Lo. “Se você tiver o Espírito que estava em José em você, também será incorruptível. E será um contagiante do bem, ou seja, vai espalhar o bom contágio, o vírus da alegria, da Fé, do amor, do perdão, da convicção e da coragem. Esses eram os vírus que José espalhava e contagiava todos ao seu redor.”

Pão da vida
Outra reflexão que vale destacar foi feita pelo Bispo Edir Macedo, que explicou que José tipifica o Senhor Jesus. “Ele não apenas teve sabedoria para preservar ou guardar o trigo, que era o alimento básico das pessoas, mas também guardou justamente o símbolo do Senhor Jesus, que é o pão. Jesus falou que é o Pão da Vida (João 6.35) e ninguém é capaz de ter vida sem comer deste Pão, que é o símbolo de Jesus. Ele disse que ‘quem vem a mim, jamais terá fome’ e foi o que aconteceu no Egito.”

SER COMO QUEM?
Nós, humanos, em geral, somos corruptíveis, mas essa tendência muda dentre os que conhecem a Deus e têm o Seu Espírito: o que é comum dá lugar ao que é sobrenatural e espiritual. Um caráter firme e inabalável, de quem aguenta as decepções da vida de cabeça erguida, só pode ser amparado por um espírito forte e definido. “Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.” (1 Coríntios 15.53). A falta do Espírito Santo leva muitas pessoas a se perderem em seus sentimentos, mas tudo muda para os que conhecem a Deus.