Sabe aquela situação em que duas ou mais crianças estão brincando e uma delas acaba fazendo algo errado e tenta se justificar colocando a culpa do seu erro no amigo? Muitas mulheres têm agido assim diariamente e, por isso, não melhoram nem mudam sua situação.

Sempre que cometem um erro, elas se justificam com base no comportamento de outros, mas essa não é a melhor atitude a ser tomada: assumir as próprias ações, assim como suas
consequências, é essencial na vida de uma cristã.

Em uma meditação, a palestrante Cristiane Cardoso abordou esse assunto. Ela destacou a passagem de 2 Samuel 16.10 e a atitude sincera do rei Davi diante dos resultados de seus atos e pecados. Ele assumiu que tudo o que passou foi por conta de seus erros e não por vingança de Deus ou má intenção das pessoas que estão ao seu redor.

Por outro lado, Absalão, filho de Davi, tentou justificar sua forma de agir com o erro do pai, mas isso foi repudiado diante dos olhos do Senhor. “Tudo é uma decisão que você toma dentro de si. Todos os dias decidimos o que fazer, até diante de maus exemplos e situações: se vamos fazer igual ou diferente daquilo. Deus não aceita essas justificativas de erros em cima do que outras pessoas fizeram”, explicou Cristiane.

Toda mulher tem livre-arbítrio para fazer e falar o que quiser – o Senhor não interfere nessas escolhas. Entretanto, diante de um erro, é preciso que a pessoa assuma o que fez, pois assim ela agradará a Deus e terá Sua misericórdia. “Qualquer erro que você comete, você cometeu. Portanto você decidiu cometer. Foi uma coisa que você quis fazer. Você pode ter tido péssimos pais, um péssimo lar e até mesmo convivido com péssimas pessoas e não errar”, afirmou.

Como exemplo, Cristiane citou Daniel, que, mesmo na Babilônia, onde não tinha bons exemplos, decidiu obedecer a Deus e não errar. “Ele não usava as circunstâncias para se voltar contra Deus.

E quando você faz isso – quando usa as circunstâncias, as pessoas ou os maus exemplos – mostra a sua fraqueza de caráter. Nós vemos o temor a Deus na hora da dificuldade, na hora do medo”, avaliou.

O temor de Daniel ao Criador fez com que ele não errasse, mesmo quando tinha motivos e exemplos humanos para isso. Uma pessoa que usa o medo, a tentação ou os problemas para fundamentar suas falhas demonstra que não tem temor a Deus. No entanto a decisão de viver para fazer o que é certo e de assumir os próprios atos gera mudanças, aprendizados e uma vida melhor. “Entre tantos exemplos bíblicos, Daniel, Jó e Noé foram pessoas que decidiram ser justas e se afastaram do mal. Mesmo diante das dificuldades, eles não se voltaram contra Deus, mas confiaram no que criam e na Vontade dEle. É assim que temos que fazer”, concluiu Cristiane.