"Nada mudava o meu pensamento de permanecer no crime"
Fabiano Padovan entrou no mundo do tráfico aos 13 anos e, apesar de ter sido detido diversas vezes, nada era capaz de fazê-lo abandonar a criminalidadeFabiano Padovan entrou no mundo do tráfico aos 13 anos e, apesar de ter sido detido diversas vezes, nada era capaz de fazê-lo abandonar a criminalidade
As dificuldades financeiras causadas pelo divórcio dos pais do ajudante de encanador Fabiano Padovan Oliveira, hoje com 23 anos, contribuíram para que ele buscasse, ainda na adolescência, as facilidades oferecidas pelo crime. “Eu tinha 13 anos quando conheci pessoas envolvidas na criminalidade”, conta. Três anos depois, Fabiano já havia assumido o cargo de gerência no tráfico.
A primeira prisão
Ele já estava completamente mergulhado no crime, quando foi detido por uma operação policial. “Fui preso dentro de casa e me tornei uma grande decepção para a minha família”, relembra.
Por ser menor de idade, Fabiano foi submetido a uma internação provisória em uma unidade socioeducativa. Quinze dias depois – por ser réu primário – conquistou a liberdade, mediante a condição de prestar serviços comunitários. A experiência, porém, não foi suficiente para despertar nele o desejo de seguir um caminho diferente.
A história se repete
Pouco tempo depois, em uma nova operação, ele foi novamente apreendido e encaminhado – pela segunda vez – à internação em uma unidade socioeducativa, onde passou oito meses em reabilitação. “Lá dentro, eu estudava e fazia cursos, mas nada mudava meu pensamento de continuar no crime. Saí da internação com mais experiência (no crime) e abri uma sociedade no tráfico”, relata.
De cara com a morte
Em uma das fugas de uma operação policial contra o tráfico, Fabiano se viu encurralado em um beco sem saída, prestes a ser alvejado. “De alguma forma consegui escapar e, naquele momento, pensei: ‘Hoje escapei, mas amanhã, não’. Foi então que reconheci que precisava mudar de vida”, afirma.
Conhecendo a paz
Durante as internações, Fabiano já havia conhecido o Universal Socioeducativo (USE), programa social dedicado à assistência espiritual e social a crianças e adolescentes em ressocialização. Durante as visitas, os voluntários sempre o convidavam para conhecer a Universal. No entanto, ele só decidiu ir muitos meses depois, motivado por um convite de sua mãe. “Eu fui sob efeito das drogas. Não me lembro de nada do que foi falado na reunião, mas lembro da paz que senti. Fui acolhido”, relata.
Novo rumo
A partir de então, Fabiano passou a ir à igreja assiduamente e, ao obedecer a direção que recebia em cada reunião e exercitar a fé, alcançou a libertação das drogas e dos maus comportamentos. “Percebi que eu não tinha necessidade disso e abandonei as coisas erradas. Minha conversão foi bem rápida”, relembra.
Vencendo as dúvidas
Todavia, Fabiano começou a travar lutas contra pensamentos de dúvida em relação à fé e ao Espírito Santo. “Eu ouvia que era necessária uma entrega total para recebê-Lo, mas não sabia o que isso significava. Esse processo para que eu entendesse foi mais demorado, mas não desisti”, conta.
Tudo mudou
Perseverando na fé, ele finalmente compreendeu os sacrifícios e decisões que precisava fazer. Então, quando menos esperava, recebeu o Espírito Santo. “Toda a minha vida de violência mudou. Eu encontrei uma paz permanente que jamais imaginei que poderia ter”, conclui.
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