Mulheres tratadas como objeto: sempre existiu ou hoje está sendo mais divulgado?

O caso do deputado estadual Arthur do Val levantou a discussão sobre o assunto

Imagem de capa - Mulheres tratadas como objeto: sempre existiu ou hoje está sendo mais divulgado?

“São fáceis, porque são pobres.” Foi dessa forma que o deputado estadual Arthur do Val (Podemos) se referiu às mulheres ucranianas em uma viagem humanitária ao país, em meio ao conflito com a Rússia.

As palavras do parlamentar foram classificadas como misóginas, ou seja, que expressam sentimentos de aversão, repulsa e desprezo pelas mulheres. 

Justamente no mês da mulher, o caso repercutiu em todo o mundo e levantou discussões sobre como as mulheres ainda são tratadas como inferiores e até mesmo como simples objetos.

Situações como essas que demonstram desrespeito, humilhação e destrato para as mulheres foram abordadas e discutidas no programa Fala Que Eu Te Escuto, apresentado pelo Bispo Adilson Silva.

Para a deputada estadual, Edna Macedo (Republicanos), que atua ao lado de Arthur do Val na Assembleia Legislativa de São Paulo, finalmente, a máscara dele caiu. “Como ele teve a petulância e mau caratismo de falar das mulheres assim? Isso é uma afronta a todas as mulheres e até aos homens de bom caráter se sentiram ofendidos com o que foi dito por ele”, afirmou a parlamentar em repúdio. 

Desrespeito que resulta em violência

O programa também mostrou outros casos de grande repercussão, onde homens tratam as mulheres com desumanidade e violência. Como o caso do jogador de futebol Robinho, condenado por estupro coletivo, e o do médico Abib Maldaun Neto, condenado por abusos sexuais cometidos de pacientes, dentro do próprio consultório em São Paulo.

Diante deste cenário, o que se inicia com atitudes de desrespeito, palavras ofensivas, podem resultar em violência física, sexual e até a morte. Dessa forma, o deputado estadual Altair Moraes (Republicanos), acredita que o panorama vivido no Brasil pelas mulheres não se dá por conta de faltas de leis. “A lei tem que ser provocada, e as mulheres que sofrem qualquer tipo de desvalorização e violência precisam denunciar”, destacou ele.

Sendo assim, fica o questionamento se a objetificação das mulheres tem como principal causa a falta de aplicação das leis, a necessidade de leis mais severas ou de campanhas educacionais?

Clique aqui , assista ao programa completo e confira a opinião de especialistas.

O programa Fala Que Eu Te Escuto é exibido diariamente nas madrugadas da Record TV e você também pode acompanhar ao vivo pelo Facebook.

imagem do author
Colaborador

Isabel Tavares / Foto: iStock e Reprodução