“Minha meta era pegar e não me apegar”

Aline Almeida teve um casamento fracassado e não queria mais se envolver com outra pessoa, mas mudou de opinião

Imagem de capa - “Minha meta era pegar e não me apegar”

Aline Almeida, de 29 anos, cresceu na Igreja Universal e sempre ouvia a Palavra de Deus. Aos 17 anos, ela começou a namorar um rapaz da igreja e se casou aos 18 anos. Ela conta que ficou grávida depois de apenas quatro meses de casamento: “a partir daquele momento vieram as dificuldades. Elas não surgiram por conta da gravidez, mas porque não tivemos o tempo de adaptação que um casamento precisa”.

Aline explica que ela e o então marido não tinham tempo para ficar a sós, pois tinham assumido muitas responsabilidades. “Nosso tempo era só para falar sobre grupo jovem e não tínhamos diálogo. Nossos assuntos eram relacionados somente à Igreja”, detalha.

Ela conhecia muito bem o obreiro, mas não conhecia o homem com quem tinha se casado. Ela conta que os dois eram como estranhos dentro de casa e a única questão em comum era a filha. Depois de um tempo, o marido deixou os caminhos do Senhor Jesus e Aline ia à Igreja sozinha.

Eles não discutiam nem brigavam, mas os horários deles eram incompatíveis e havia semanas em que eles quase não se viam. Com isso, Aline diz que o relacionamento foi esfriando, ela se afastou da Igreja e o casamento chegou ao fim.

Depois da separação, Aline afirma que teve vontade de descobrir o mundo que não tinha conhecido por ter crescido dentro da Igreja. Ela passou a trabalhar em feiras de eventos, exposições e como host de festas. Ela explica que saía de casa na quinta-feira e só voltava na segunda. Durante esse período, ela deixava a filha com sua mãe. “Passei a beber, a fumar narguilé, a sair com pessoas erradas e deixei minha família de lado. Minha meta era pegar e não me apegar e, por isso, eu não criava vínculos emocionais com ninguém”, relata. Porém, depois de um ano, ela começou a namorar um rapaz. “Ele me menosprezava muito, me deixava para baixo e fazia com que eu me sentisse inferior. Eu era completamente dependente dele”, lembra.

O novo namorado de Aline a traía e a agredia física e verbalmente. Ela ficou grávida e conta que o namorado lhe deu duas opções: tirar o bebê ou ser mãe solteira. Com isso, Aline desenvolveu um quadro de depressão. Ela não conseguia mais trabalhar em eventos por causa da gravidez e não falava mais com sua mãe.

Em meio a essa situação difícil, Aline voltou para a Igreja, recebeu suporte espiritual, se libertou e passou a participar da Terapia do Amor. “A cada reunião eu tinha um resultado diferente. Aprendi sobre o perdão e a me valorizar. Vivi todo esse processo até me curar totalmente.” Aline aprendeu com os erros do passado e soube como prosseguir a partir daquele momento.

Ela fez o propósito de que dentro de dois anos se casaria. Crendo nisso, ela colocou seu nome no livro de oração da Igreja e fez a Fogueira Santa. Aline conheceu o atual marido, Rodolfo Borges de Almeida, de 42 anos, e os dois passaram a frequentar as reuniões da Terapia do Amor. Eles se casaram no Templo de Salomão, na Celebração de Casamentos, em 11 de junho de 2020. “Eu amadureci muito e entendi que temos de ser sensíveis à Voz de Deus, mas o sentimento anula a Voz de Deus dentro de nós e, por isso, temos de usar sempre a razão”, finaliza.

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Colaborador

Kaline Tascin / Foto: Cedida