"Meu marido não me procura"

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No programa Escola do Amor Responde, Renato e Cristiane Cardoso aconselham Débora, que pediu ajuda a eles porque não está contente com a frequência no relacionamento sexual com seu esposo. Ela diz que o marido só a procura a cada cinco dias.

DÉBORA – Meu marido não me procura. Demora até cinco dias para termos relações sexuais. Como eu faço para que ele me procure com
mais frequência?

Renato – Você não está indo tão mal, pois, se ele a procura a cada cinco dias, segundo o e-mail que recebemos, você está reclamando de barriga cheia.

CRISTIANE – Antigamente, o homem não tinha tantas distrações. Hoje há muitas coisas acontecendo e chamando nossa atenção. Então, quando chega o horário que o casal deveria passar um tempo um com o outro, os dois estão cansados de mexer no celular, no videogame e de consumir informações, entre outras distrações. A vida de estresse do casal decorre de muitas atividades que interferem nela.

Renato – Todos esses quesitos são considerados ladrões de tempo e de energia. O que não faltam são coisas para as pessoas fazerem que consomem tempo e energia. O casal chega em casa, vai tomar banho, fazer o jantar e colocar as crianças para dormir. Aí tem a TV, o celular, a internet, o e-mail, o Facebook, o videogame e acaba faltando energia. Débora, você é casada com um marido DVD, ou seja, que deita, vira e dorme.

CRISTIANE – Débora, o que você pode fazer é não esperar: você deve procurá-lo, estar bem cheirosa, vestir uma roupa legal e procurar seduzir seu marido. Se você não faz nada para se ajudar, se dorme com a camiseta do sabão em pó e com cheiro da galinha que fritou, por exemplo, não dá. Às vezes, a mulher pensa que o homem não se importa com o visual e com o cheiro, mas não é bem assim. Temos que nos cuidar. No horário que você quer namorar, tem que se priorizar e se arrumar.

Renato – Também tem a questão de conversar com ele sobre esse intervalo de cinco dias, que não é suficiente para você. Diga a ele que você gostaria que ele fosse mais ativo na cama e lhe procurasse mais vezes. Converse com ele, mas não para cobrá-lo. Esse é um erro dos casais. Não é para você cobrar sexo porque sexo não é pagamento. Você não cobra isso de outra pessoa. Você pode falar de suas expectativas, dizer que gostaria que se relacionassem com mais frequência e procurar saber como criar o clima. Peça ideias e pergunte a ele o que vocês dois podem fazer para melhorar esse aspecto. Entenda mais uma coisa: é raro um casal em que os dois tenham o mesmo nível de desejo sexual. É normal um querer mais do que o outro. Quem quer muito precisa diminuir suas expectativas e quem não quer tanto assim precisa procurar satisfazer o parceiro. Vocês precisam estabelecer um equilíbrio no relacionamento.

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Colaborador

Kaline Tascin / Foto: getty images