Mentira no WhatsApp rende multa de R$ 10 mil a jovem paulista

Veja por que é importante ser honesto, dentro e fora da internet

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Por mentir no WhatsApp, um rapaz de 28 anos de idade terá de pagar multa de 10 mil reais. Em um grupo de rapazes no aplicativo, ele repetiu diversas vezes que mantinha relações sexuais com uma moça de 21 anos, o que não era verdade. As calúnias chegaram até a jovem e foi aberto um processo judicial.

O caso aconteceu em São Paulo e a vítima das mentiras só descobriu porque uma amiga dela começou a namorar outro rapaz que estava nesse grupo do aplicativo, onde as calúnias eram ditas. Em diversos áudios e textos, ele usava linguagem vulgar para afirmar que havia tirado a virgindade da moça, e ofendia também a mãe e a irmã dela. Para se proteger de ser descoberto, dizia que o relacionamento era secreto e, portanto, ninguém podia falar sobre isso fora dali.

“Eu me senti a pior pessoa do mundo e achei que todos estavam rindo por trás de mim”, disse a moça em entrevista ao UOL. “A gente nunca ficou e ele nunca demonstrou segundas intenções.”

Ao descobrir as difamações, a jovem procurou a família do rapaz pedindo que ele se retratasse, mas foi ignorada.

O relatório do Tribunal de Justiça aponta que “as mensagens chegaram a conhecimento de todos os círculos sociais da autora; e que observaram, pessoalmente ou por meio de outras pessoas, que a autora deixou de ir à faculdade e de sair de casa após o abalo sofrido por ter sabido das mensagens difamatórias”. De acordo com o desembargador Silvério da Silva, aparentemente, e de maneira injustificada, o réu teve o intuito de prejudicar a reputação da autora. “Não se demonstrou nos autos que autora e réu tenham tido algum relacionamento anterior, onde tenha restado mágoa ou ressentimento por parte do réu que o tenha levado a praticar tais atitudes.”

O valor de um homem

Em seu blog pessoal, o palestrante Renato Cardoso, criador do Projeto IntelliMen, ressalta que a palavra como promessa, como garantia, é uma característica principal de uma pessoa. “A sua palavra mostra quem você é. Você é a sua palavra.”

Nesse caso, aquele que tem uma palavra mentirosa e caluniosa torna-se, por consequência, mentiroso e caluniador. Por outro lado, ser de palavra é ser de caráter. “A palavra mostra o caráter, o tipo de pessoa que você é. Quando eu honro a minha palavra, eu honro a quem eu a prometi”, destaca Renato.

O que aconteceu com os jovens paulistas por meio do WhatsApp acontece diariamente com centenas de pessoas, dentro ou fora da internet, dentro ou fora de aplicativos de relacionamento.

É importante lembrar, portanto, que, apesar de não parecer, as atitudes tomadas na “vida online” são tão graves quanto as tomadas na vida real. É necessário refletir sobre cada passo e agir com hombridade.

“Fofoca, calúnia, difamação e mentira são todas da mesma família. Tão nocivas que, quando Deus definiu os Dez Mandamentos, decidiu incluir um que lida diretamente com elas:Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. É uma das maiores injustiças que você pode cometer contra alguém. Mesmo se você desmentir depois, o estrago já estará feito.”

Esse estrago, porém, não se limita à vítima, mas também ao agressor, afinal, quem comete injustiça conscientemente semeia as lágrimas que chorará quando for injustiçado amanhã. “Essa é uma lei universal da vida. Tudo o que vai, vem. O que você faz a outros volta para você”, conclui o palestrante.

Clique aqui e leia a opinião completa de Renato Cardoso sobre o assunto. Depois, compartilhe essa notícia com os seus amigos e familiares.

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Colaborador

Por Andre Batista / Imagem: Thinkstock