Méier, bairro do RJ onde nasceu a Universal, completa 136 anos
Foi no Coreto do Méier, ícone do patrimônio cultural do Rio, que o Bispo Edir Macedo deu início à jornada de fé que se espalhou dali para os quatro cantos do mundo
O aniversário do Méier, tradicional e histórico bairro da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, coincide com a data de inauguração da “Estação do Meyer”, em 13 de maio de 1889, na Estrada de Ferro Dom Pedro II — depois chamada de Estrada de Ferro Central do Brasil. Oitenta e oito anos depois, o Bispo Edir Macedo começaria, na praça principal do bairro, uma obra que alcançaria milhões de pessoas ao redor do mundo. Tudo a partir daquele simples começo: um homem de fé com um teclado, um microfone — e a Bíblia.
O Coreto do Méier, utilizado desde 1977 como altar por um tempo, foi o local em que a mensagem de fé foi compartilhada para as primeiras pessoas que se aproximaram do Bispo para ouvir sua pregação. Era ainda ao ar livre, no bairro simples da capital fluminense que, no passado, fora área de grandes fazendas de cana-de-açúcar. O aniversário de 136 anos é um resgate histórico e, também, um marco para a Igreja Universal, que viu nascer ali uma Obra prevalecente, prestes a completar 48 anos em 2025.
Desejo de ajudar
Na praça do Coreto — tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) em 1985 —, aqueles rejeitados pela sociedade, à época, eram alcançados a cada reunião aos sábados, realizada pelo Bispo Macedo, então, com 32 anos de idade. E, com a passagem dos dias, semanas e meses, o número de pessoas que apareciam para ouvir a Palavra no Coreto só aumentava: memórias de uma história que, até hoje, continua sendo escrita.
“Eu não comecei neste lugar movido por uma ambição pessoal. Havia mais de oito anos que eu queria servir a Deus, mas ninguém acreditava em mim, ninguém. Só a minha mãe, a minha esposa e, obviamente, o próprio Deus”, lembra o Bispo. “Na minha época, neste lugar, se juntavam os mais infelizes da vida, e foi para cá que o Espírito de Deus nos trouxe. E porque foi um desejo de ajudar as pessoas, isso se multiplicou”, completa, em visita ao Coreto do Méier em 2017.