Indústria pornográfica quer alcançar crianças e adolescentes

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Segundo o Centro Nacional de Exploração Sexual (NCOSE, na sigla em inglês) – uma organização que promove ativismo político contra a erotização na sociedade -, a indústria pornográfica tem como alvo, no momento, crianças e adolescentes.
Para se ter uma ideia, em 2017, um site popular de jogos virtuais hospedou 780 games com nudez. Neste ano, esse número dobrou.
Há, ainda, uma novidade no cenário: as empresas da indústria estão criando os seus próprios sites de jogos online.
Um desses sites teve um aumento de 50 milhões para 115 milhões de visitas, entre os meses de abril e agosto deste ano, aponta o NCOSE.
O primeiro passo é viciar o público
É evidente, também, que a estratégia para alcançar esse público infantojuvenil é investir em realidade virtual e em jogos gratuitos.
A opção gratuita de obtenção dos conteúdos esconde, basicamente, dois objetivos: permitir o fácil acesso dos menores de idade e viciá-los em pornografia.
A abordagem é a mesma utilizada por traficantes de drogas que oferecem produtos gratuitos para viciar os usuários.
Sobre o tema, o Bispo Renato Cardoso alerta: “Um estudo feito pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, descobriu que o vício em pornografia é semelhante ao alcoolismo. A dependência, cada vez maior, de se expor à imagem de sexo explícito – para alcançar o prazer – tem arruinado a vida de muitos homens e casais.”
Todos os anos, as empresas do segmento movimentam 97 bilhões de dólares ao redor do mundo, segundo a publicação The Week, e, aproximadamente, 12% dos sites existentes na internet são pornográficos.
Hoje, com 19 anos, Iris Santana exemplifica essa gama de crianças e adolescentes que é alcançada pela indústria. Aos 11 anos, ela relembra que se tornou viciada em pornografia. Ela não recebia atenção dos pais e ficava sozinha em seu quarto. E esse tipo de conteúdo foi uma porta para que ela conhecesse o mundo da prostituição. Confira o vídeo abaixo e conheça essa história na íntegra:

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Portanto, é muito importante que os pais monitorem, constantemente, as atividades dos filhos na internet, orientando-os sobre o tema e tomando algumas medidas, tais como, a instalação de “bloqueadores de sites” em dispositivos que acessam a rede, além de permitir a utilização apenas na companhia de algum responsável.

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Colaborador

Daniel Cruz / Foto: iStock