Com a aproximação do inverno, é comum que os brasileiros comecem a se preparar para viver em um ambiente de baixas temperaturas. Entretanto, além dos cobertores e roupas adequadas à época, é necessário se proteger contra enfermidades que são comuns no período, como a gripe, causada pelo vírus Influenza.

Apesar de parecer inofensiva, a gripe tem potencial para evoluir e levar o paciente a quadros graves e até mesmo à morte. Neste ano, o Ministério da Saúde deu a largada da Campanha Nacional de Imunização contra a Gripe no dia 4 de abril e deve estendê-la até 3 de junho para atender os grupos prioritários. No dia 30 de abril está marcado o “Dia D”.

O público-alvo da campanha é composto por 76,5 milhões de brasileiros e a meta é que 90% deles sejam imunizados contra a gripe. Segundo o médico pneumologista João Carlos de Jesus, a vacina protege o indivíduo e também é usada como estratégia para reduzir a transmissão da doença na sociedade: “quando o indivíduo tem o sistema imunológico ativo e tem contato com o vírus, o organismo dele consegue combatê-lo e eliminá-lo mais rapidamente. Por outro lado, quando a pessoa não está vacinada, além de risco de agravamento da doença, o tempo de transmissão aumenta, pois existe maior produção de cópias do vírus, ou seja, a vacina ajuda a controlar a disseminação”.

Seguindo essa lógica, quanto mais pessoas estiverem imunizadas, menor será a circulação do vírus Influenza no País. “O ideal seria que todos fossem vacinados para promover a queda de casos graves e o volume de transmissão. Contudo nem sempre isso é possível quando se pensa em estratégia de saúde pública”, afirma o médico.

Vale lembrar que aqueles que não se enquadram nos critérios do Ministério da Saúde para vacinação pelo Sistema Único de Saúde podem receber o imunizante na rede particular.

Outro fator que passou a ser considerado desde o ano passado é a aplicação da vacina no mesmo dia da dose de reforço contra a Covid-19. Essa combinação é recomendada pelo Ministério da Saúde e é eficaz e segura para a população. “Basta que o paciente observe se já está no prazo de tomar a próxima dose de Covid e realizar a administração simultaneamente”, finaliza o médico.