Festas de fim de ano: dependentes químicos em alerta

Natal e Ano Novo são datas em que o consumo de drogas aumenta. Saiba onde encontrar ajuda

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O fim do ano chegou e, com ele, as festas e confraternizações entre famílias, amigos, empresas etc. Em quase todas elas as drogas estarão presentes. Pode ser que a maioria dessas festas não contem com drogas ilícitas, mas qual foi a última vez que você participou de uma comemoração sem bebidas alcoólicas, por exemplo?

Em apenas dez anos, o consumo de álcool no Brasil cresceu 43,5%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Em épocas de festas, como o carnaval e o fim de ano (Natal e Ano Novo), o consumo aumenta ainda mais.

Segundo o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), uma das principais instituições de estudo sobre a relação do brasileiro com a bebida alcoólica e a saúde, o abuso das bebidas alcoólicas no fim de dezembro pode ser extremamente prejudicial, causando não apenas a famosa “ressaca”, mas também coma alcoólico e até mesmo acidentes de trânsito.

“O coma alcoólico é o resultado de uma intoxicação severa por álcool. Além da perda da consciência, outras áreas do cérebro que são responsáveis pelas funções vitais, como a respiração, temperatura do corpo e batimentos cardíacos começam a falhar”, relata o site da instituição.

O doutor Arthur Guerra de Andrade, presidente da CISA, conta que o álcool afeta a capacidade de julgamento por ser um depressor do sistema nervoso central do organismo: “Com o aumento do consumo, as habilidades motoras e o tempo de reação também sofrem consequências e o comportamento torna-se descontrolado, com tendência para maior impulsividade e agressividade, comprometendo mais a aptidão para dirigir. Ademais, a ingestão de altas doses de álcool pode causar sonolência ou até mesmo desmaios ao volante”.

Mortes e vidas destruídas

Infelizmente, não é só o álcool que ameaça a vida das pessoas nessa época do ano. O Brasil é um dos maiores consumidores de cocaína, maconha e crack do mundo. E as festas com “amigos” são onde, frequentemente, as pessoas são apresentadas a essas drogas.

Esse foi o caso de João Marcelo de Lima, hoje com 38 anos de idade. Quando era ainda um adolescente, sem maiores responsabilidades na vida, João Marcelo aceitou o convite de amigos para ir a uma comemoração. Lá, ele conheceu a cocaína:

“Primeiro era só socialmente: um dia por semana, só no sábado. Aí foi no sábado e no domingo e, com o passar dos meses, foi aumentando a frequência. E chegou numa época, um ano depois, que eu queria usar todo dia. Se eu não tivesse eu já ficava louco por não ter a droga.”

Esse é o caminho que percorrem quase todos os viciados, seja em qual droga for (remédios, bebidas alcoólicas, maconha, ecstasy, heroína…): primeiro utilizam “socialmente”, acreditando que podem controlar o vício, depois tornam-se dependentes e destroem as próprias vidas.

“Comecei pegar dinheiro da carteira do meu pai que ficava muito fácil. Eles sempre confiaram em mim, nunca tiveram problemas então deixavam livre acesso. E foi celular, bicicleta, o que eu achasse que era fácil de vender eu fui entregando para poder me satisfazer”, relembra João Marcelo.

O rapaz se tornou a vergonha de sua família. Sua mãe, Sílvia, revela: “Foi um choque muito grande para mim […] eu me senti no fundo do poço, no chão, eu não tinha reação”.

Mesmo após se casar, João Marcelo não conseguiu controlar o sofrimento de sua família. Ele sofria se não utilizasse drogas e sofria quando utilizava, ao perceber que sua vida familiar estava no fundo do poço, como ele mesmo diz.

Para um viciado, porém, a saída para todos os problemas é utilizar drogas. Se ele sofre ao ver a situação dentro de casa abusa ainda mais daquela substância nociva, tentando esquecer sua dor. No final do ano, quando as famílias costumam se reunir, o número de dependentes químicos que abusam das drogas para se livrar da tristeza é assustador.

“Eu achava que esse sofrimento não ia ter fim”, conta João Marcelo.

Mas ele estava enganado. De fato, sua esposa descobriu uma forma de curá-lo desse vício e dessa dor que tanto lhe prejudicava. Assista ao vídeo abaixo e descubra qual foi essa maneira:

Você também pode ser liberto da dependência química. Não deixe que o sofrimento o afunde ainda mais no vício, antes, lute contra ele. O Tratamento para Cura dos Vícios acontece todos os domingos, às 15 horas, na Universal da Avenida João Dias, 1800, em Santo Amaro, zona sul da capital paulista. Participe!

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Colaborador

Por Andre Batista / Imagem: Thinkstock