Febre Maculosa: o que você precisa saber sobre a doença

A doença é transmitida pela picada do carrapato-estrela infectado, geralmente encontrado em áreas de vegetação. Saiba mais

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A Prefeitura de Campinas, interior de São Paulo, confirmou nesta quinta-feira (15) que uma adolescente de 16 anos morreu em decorrência da febre maculosa. A jovem esteve no mesmo evento a que outras três pessoas também foram e, poucos dias depois, faleceram por causa da doença.

Mais detalhes:

Erissa Santana teve óbito confirmado na terça-feira (13) em um hospital particular de Campinas. A morte da jovem é a oitava no estado de São Paulo em 2023.

Além de Erissa, três pessoas tiveram morte confirmada pela doença nesta semana: Douglas Pereira Costa, de 42 anos, Mariana Giordano, de 36 anos, e Evelyn Santos, de 28 anos.

Estas quatro pessoas estiveram presentes na Feijoada do Rosa, realizada na fazenda Santa Margarida, no último dia 27. As autoridades sanitárias de Campinas acreditam que foi lá o local em que todas as vítimas tiveram contato com o carrapato-estrela — parasita que carrega a bactéria que causa a febre maculosa.

De acordo com a Prefeitura de Campinas, outros dois casos estão em investigação. Uma mulher de 40 anos, moradora de Hortolândia, que esteve na Feijoada do Rosa, e uma mulher de 38 anos, de Campinas, que foi à fazenda Santa Margarida em 3 de junho para o show do cantor Seu Jorge.

O que é:

A Febre Maculosa Brasileira é uma doença transmitida entre animais e seres humanos, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. A doença é transmitida através da picada do carrapato-estrela infectado, geralmente encontrado em áreas de vegetação (pastos, mata, campo e gramados) com presença de água (margens de lagos, rios e córregos), ou em animais que servem de hospedeiros.

Hospedeiros e infecção:

Além dos ambientes que possuem um alto nível de reprodução dos transmissores, predominantemente, cavalos e capivaras podem servir como hospedeiros do carrapato-estrela. Outros animais como porco, coelho, cotia, tatu, tamanduá, galinha, peru, siriema, roedores, bovinos, cabras, cachorros e gatos que tiveram contato com o carrapato também podem ser hospedeiros secundários e contribuir para o deslocamento da doença para outras áreas.

  • O carrapato-estrela pode transmitir a doença em 3 de suas fases de desenvolvimento: larvas, ninfas e já adultas.

Sintomas:

Os sintomas da doença podem aparecer entre 2 a 14 dias após a picada de um carrapato-estrela infectado, e os principais sinais são:

  • dor de cabeça
  • dor no corpo e mal-estar
  • diarreia
  • manchas avermelhadas
  • em casos mais graves, hemorragias e vômitos

Atenção! Se não tratada de maneira adequada, a pessoa infectada pode chegar a óbito em até uma semana após a aparição dos primeiros sintomas.

Se proteja:

A melhor maneira de se proteger é evitando o contato com o carrapato. Por isso, caso esteja em áreas que apresente a presença do transmissor ou próximo a animais hospedeiros, tome cuidados:

  • A cada 2h, verifique se há algum carrapato preso ao seu corpo.
  • Para removê-lo, use uma pinça e jamais esmague ou queime o carrapato, ele pode liberar a bactéria presente em sua saliva.
  • Tome banho com bucha vegetal, com movimentos circulares e utilize sabonete acaricida.
  • Roupas com carrapatos devem ser mergulhadas em água fervente por 5 minutos. Após o procedimento, continue com o processo de lavagem normal.

Atente-se:

Caso apresente febre ou alguns dos sintomas entre 2 a 14 dias após frequentar locais com a presença de carrapatos, procure um médico e o informe sobre o ocorrido para que o tratamento adequado seja iniciado.

Faça o bem ao seu próximo, compartilhe esta informação e ajude por meio da prevenção!

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Colaborador

Yasmin Lindo / Foto: iStock