Excesso de pelos de roedor é encontrado em lotes de molho e extrato de tomate

Anvisa proíbe a distribuição e venda de cinco marcas famosas no segmento

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No mês de julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a distribuição e venda de lotes de molho e extrato de tomate com pelos de roedor acima do limite permitido.

Permitido? Isso mesmo, você não leu errado. O que mais chamou atenção e causou espanto nos consumidores foi a existência de um índice de tolerância para pelos de roedor nos produtos.

Lotes de extrato de tomate das marcas Elefante, Predilecta, Amorita e Aro e um de molho de tomate tradicional da marca Pomarola tiveram a comercialização proibida. A punição dada às cinco marcas foi estabelecida com base em laudos que detectaram matéria estranha, indicando assim risco à saúde.

Permitido

A tolerância é derivada de uma resolução da diretoria colegiada da Anvisa, publicada em 2014. A RDC 14 estabelece “disposições gerais para avaliar a presença de matérias estranhas macroscópicas e microscópicas, indicativas de riscos à saúde humana e/ou as indicativas de falhas na aplicação das boas práticas na
cadeia produtiva de alimentos e bebidas”.

O que muitos consumidores não sabem é que, para produtos derivados de tomate, o tolerado é um fragmento de um pelo para cada 100 gramas de molhos, purês e extratos de tomate, de acordo com o estudo feito pelo Laboratório de Saúde Pública de Santa Catarina, baseado na resolução de 2014.

As empresas costumam alegar que a presença de pelo de roedor se deve à matéria-prima, que vem do campo. A Anvisa explicou que a contaminação ocorre durante o processo de fabricação e é um problema mundial.

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Colaborador

Por Maiara Maximo / Foto: Fotolia