"Eu vou usar drogas até morrer"

Dependente de cocaína desde a pré-adolescência, Bárbara Piccaro Alcântara descobriu que bastava se entregar a Deus para que tudo fosse diferente

Imagem de capa - "Eu vou usar drogas até morrer"

A separação dos pais fez com que a assistente administrativa Bárbara Piccaro Alcântara, de 29 anos, desenvolvesse traumas. “Meus pais se separaram quando eu tinha 5 anos e, com isso, vieram a tristeza e certa revolta. Foi um momento conturbado”, diz. Aos 11 anos, ela se viciou em cigarros e logo vieram as drogas, como revela: “No começo, as drogas até me trouxeram alegria, mas, com o decorrer do tempo, passaram a não fazer efeito. Foi quando um grupinho de amigos me apresentou a cocaína”.

Em busca de preencher aquela dor, no entanto, ela acumulou mágoas e um grande vazio, conforme relata: “Eu não tinha paz dentro de casa, cheguei a roubar para sustentar meu vício e também me prostituí. Por vezes, meu pai, ao sair para trabalhar, me encontrava chegando das baladas às seis, sete horas da manhã, bêbada e fedendo. Eu não tinha limites. Eu queria preencher algo que nem eu mesma sabia o que era e, então, insistia nas bebidas, nas baladas e nas drogas. Mas aquela tristeza que, naquela altura já era uma depressão, só aumentava”.

Aos 17 anos, ela conheceu seu marido em um baile de rua. Ele estava vendendo drogas. “Iniciamos o relacionamento, fomos morar juntos e, com três meses, engravidei. Era para ser algo bom, pois estávamos construindo uma família, mas não consegui me distanciar do uso de cocaína. Eu até parei por um tempo, mas logo voltei e me afundei ainda mais. Eu não fui uma mãe para meu filho e mal dava atenção a ele. Todo dinheiro que vinha nas minhas mãos eu gastava com drogas”, conta. O declínio em sua vida parecia não ter fim, como esclarece: “Fomos morar em um barraco que não tinha banheiro nem teto e usávamos uma lona. Dependíamos do meu pai até para nos manter”.

TRÊS DIAS

"Eu vou usar drogas até morrer"Quando seu filho tinha 4 anos, Bárbara usou drogas por três dias consecutivos. “Naquele momento, não querendo mais aquela vida, eu disse a mim mesma: ‘Eu vou usar drogas até morrer’. Lembro que, no terceiro dia, vi um programa na TV que falava de depressão. Ali, gritei socorro para o meu esposo”, recorda. Foi esse programa da Universal que fez com que ela fosse ao Templo de Salomão, em São Paulo, em meados de 2019. “Para mim, foi um divisor de águas: ao chegar em casa, me percebi em paz. Ali, começou minha caminhada na Fé”, diz.

EM NOVIDADE

Em um mês, ela se batizou nas águas. “Eu tinha entendido que se a velha criatura não morresse, minha decisão seria só palavras jogadas ao vento.” Mesmo após o batismo, ela conta que sentia falta de ter o Espírito de Deus dentro dela. “Eu mesma não me permitia recebê-Lo, pois não liberava o perdão: eu nutria mágoa. Em uma pregação, despertei para essa necessidade e, uma semana depois, recebi o Espírito Santo. Então, tudo se fez novo: meus pensamentos e meu jeito mudaram e recebi uma nova identidade.”

Agora, ela garante que é uma nova mulher, como detalha: “Hoje, sou uma mãe de verdade. Deus transformou meu casamento, montamos uma empresa e estamos na Fé ajudando espiritualmente aqueles que precisam, como um dia nós precisamos”, conclui.

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Cedidas