“Eu sorria para que as pessoas não me julgassem como louca”
Abalada emocionalmente e à beira do suicídio, Maria José Valdevino encontrou na fé o sentido da vida
Diante de uma infância marcada pela escassez no interior da Paraíba, a cozinheira Maria José Valdevino, de 43 anos, assumiu cedo a responsabilidade de ajudar a família. Aos 12 anos, ela mudou-se para João Pessoa, a capital do Estado, para trabalhar, sonhando em dar uma vida melhor aos pais.
Realidade diferente do esperado
Entretanto, junto com as malas, Maria José também levou seus problemas internos, que se intensificaram com as dificuldades enfrentadas longe de casa. Aos 15 anos, ela conheceu o homem que depois se tornou seu esposo, foi morar com ele e logo engravidou. “O que poderia ser um alívio do peso que eu carregava e a chance de ser cuidada e amada se tornou medo, humilhações e dores, principalmente após eu sofrer um aborto”, diz.
Grávida e rejeitada
Maria engravidou novamente, mas os problemas não lhe permitiram sentir alegria. “Na segunda gravidez, além de depender da família do meu marido, eu ainda me sujeitava às traições dele. E, com sete meses de gestação, ele me expulsou de casa”, conta.
Em meio à dor do abandono e do desprezo, ela tentou tirar a própria vida e, consequentemente, a do seu filho, que ainda estava em seu útero.
De volta à casa dos pais
Com sonhos frustrados e marcas emocionais, Maria José voltou para a casa dos pais. Perto do nascimento do bebê, ela decidiu reatar com o marido, mas as promessas de mudança não se cumpriram. Ele consumia álcool com frequência, participava de festas e era ausente em casa, fatores que aumentavam os conflitos do casal, sobretudo após o nascimento do segundo filho.
Segundo Maria José, a tensão constante em casa abalou seu lado emocional: “Eu tinha uma grande insegurança e medo de ser traída novamente. Então me tornei ansiosa, o que desencadeava crises nervosas. O fundo do poço foi quando passei a ouvir vozes que diziam para eu matar toda a minha família.”
Por trás do sorriso, a tristeza
Apesar de tudo, Maria escondia a dor: “Eu sorria para que as pessoas não me julgassem como louca, pois tinha medo de ser internada. Mas, sozinha, era consumida por uma grande pressão psicológica.”
Um recomeço pela fé
No auge do sofrimento, após mais uma tentativa de suicídio, ela foi acolhida pela mãe e lembrou-se do que ouvira sobre Deus nos tempos em que frequentava a Universal. Aos 33 anos, Maria decidiu praticar a verdadeira fé. Foi então que tudo mudou. “Ao entregar a minha vida a Deus, eu me libertei dos problemas emocionais e espirituais. Por meio do Espírito Santo, recebi alegria, paz e felicidade. Hoje amo a minha família e sou feliz no meu casamento. Deus restituiu os anos de sofrimento em tempos de muita alegria”, finaliza.
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