Estrangeiros em sua própria terra

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Os 13 anos de governo petista, exceto os primeiros quatro anos, deixaram um legado de recessão e muito desemprego no País, além do alto aparelhamento das instituições com pessoas ligadas à sua nefasta ideologia.

Contudo a pior herança deixada pela esquerda no Brasil foi a corrupção generalizada entronizada no centro do poder político e econômico do País. Usando o discurso de protetor da população mais carente e incentivando a classe média a gastar, por meio de políticas de fomento ao consumo, os petistas conseguiram enganar a muitos. No entanto o preço pago pela nação foi conviver com a deterioração da ética, da moral e a putrefação da máquina pública.

Os projetos dos governos petistas eram aprovados a toque de caixa no Congresso Nacional, porém ainda não sabíamos a forma peculiar que a esquerda usava para conseguir a tal governabilidade, mas, como não há nada em oculto que não seja revelado (Lucas 8.17), não demorou muito e o ex-deputado Roberto Jefferson delatou um esquema de compra de votos dentro do Congresso Nacional. O escândalo do Mensalão fez tremer o trono petista, mas a maioria da população estava tão entorpecida pelas políticas assistencialistas, pelas bolsas “disso ou daquilo”, que não se deu conta que o País fora tomado de assalto. E, então, elegeram Dilma Rousseff, para dar continuidade ao plano de poder da esquerda no Brasil.

No entanto Lula entregou para sua sucessora esquerdista o País com a inflação quase incontrolável. A conta da farra da corrupção palaciana havia chegado. Mesmo administrando por decreto, o preço da gasolina e da energia elétrica, o desequilíbrio fiscal e a alta dos juros foram o prenúncio de que o caos econômico era uma triste realidade que o povo brasileiro teria que enfrentar.

A corrupção moral dos governos petistas e a inflação galopante despertaram o gigante adormecido. O povo brasileiro estava cansado de ser enganado com projetos populistas. E uma multidão em todo o País saiu às ruas para protestar, impulsionada pelo aumento da tarifa do transporte público – o estopim da crise. Ninguém suportava mais a péssima qualidade dos serviços públicos e a corrupção endêmica.

O fim da era petista foi marcada pelo esquema de corrupção na Petrobras, desvendado pela operação Lava-Jato. O presidente de honra do PT, Lula, foi preso e até hoje responde a processos por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Além dos escândalos de corrupção que assombravam o governo da esquerda, a economia demonstrava que o Brasil estava descendo ladeira. Com os juros batendo os 14,25%, a inflação na casa dos 10,67% e o desemprego crescente de 8,1%, – e não havia pandemia no mundo como há hoje –, não tardou para que o País mostrasse a porta da rua para os petistas, com a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Para tentar segurar os pobres pela barriga, a última “presidenta” – assim conhecida pelos seus militantes – atrasou repasses da União a bancos públicos para encobrir os gastos com programas sociais. E, ao violar a lei de responsabilidade fiscal, que proíbe bancos públicos de emprestar dinheiro ao governo federal, foi apeada do poder.

E, assim, o Brasil se libertou do atraso da esquerda.

Com um governo de direita no poder, até agora não há nenhum caso de corrupção comprovado – e vale lembrar que isso não é virtude, é dever. A jovem direita que ascendeu vem lutando bravamente e sendo vítima de todas as formas de cerceamento. Há um desejo explícito de calar esses brasileiros que só querem manter acesa na memória do povo os anos de trevas que os governos petistas proporcionaram ao País.

Não há como esquecer os crimes cometidos nem se calar. Não é admissível a perseguição para quem defende a liberdade de expressão, a ética e a honestidade como se fossem criminosos. Esses brasileiros comuns (jornalistas, blogueiros e outros), ao manifestar o que pensam, se sentem estrangeiros em sua própria terra. Incompreendidos, eles enfrentam a ira e a força do Estado-Juiz em seu desfavor, enquanto os que jogam na cartilha da esquerda não são importunados pelo que dizem ou fazem.

Denis Farias é advogado e professor

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Colaborador

Redação / Foto: getty images