Escola de Mães: a influência do pai na criação dos filhos
Pais e mãe aprenderam mais sobre o tema durante o encontro mensal do projeto
As aulas presenciais do projeto Escola de Mães retornaram neste mês de julho. Com encontros mensais, e também apoio à distância, o projeto desenvolve temas que debatem questões atuais e pertinentes ao relacionamento entre pais e filhos. O tema do encontro realizado no dia 5 de julho último abordou questões como a influência paterna na criação dos filhos e mães centralizadoras.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, havia 11,6 milhões de famílias compostas por mãe solo no Brasil. O termo mãe solo não, necessariamente, aponta a condição civil da mulher, solteira ou casada. Mas, que ela é a principal responsável pela criação e educação da criança, ou por questões financeiras, ou por dedicação de tempo.
Estruturas de sustentação
Durante a reunião da Escola de Mães, a responsável pelo projeto, Neia Dutra, explicou que pai e mãe são estruturas de sustentação fundamentais para a criança. “A mãe representa o conforto e o cuidado, enquanto o pai representa a lei e o limite. Ambos ajudam desta forma a criar um contorno na personalidade da criança.”
Geralmente, com a mãe (biológica) já existe um vínculo visceral. Por sua vez, com o pai, o vínculo deve ser construído e precisa ser bem edificado. “O pai representa o primeiro ‘outro’ na vida da criança. Isso significa que a figura paterna influenciará de maneira direta como ela vai encarar o mundo e se entrosar na sociedade”, pontuou.
Ainda segundo Neia, duas circunstâncias podem comprometer essa estrutura: mães que centralizam a criação dos filhos e chegam a impedir que os pais cumpram a função deles; e pais que não se posicionam para assumir o seu papel. “A responsabilidade é mútua, tanto da mãe para inserir o pai na criação, quanto do pai para não se eximir do seu papel.”
Quando o pai não está em casa
Mesmo com a separação do casal, o pai deve continuar presente na rotina da criança. O afastamento gera dificuldades não só na infância como também na vida adulta. Se o pai não está em casa, seja por qual motivo for, a mãe precisa lidar com isso sem transferir frustrações e ressentimentos. Assim como aconteceu com a agente de correios, Nildete da Silva, de 43 anos. Após a separação, o pai de sua filha mais velha não deixou de participar da criação e educação escolar da menina que hoje está com 17 anos.
“Ele sempre foi presente e garantiu um vínculo de confiança e segurança entre pai e filha. Mas, como pai e mãe, tivemos nossos desacordos. Tenho aprendido muito com o projeto Escola de Mães e colocado os ensinamentos em prática para melhorar essa relação”, contou. Tanto que, após o encontro presencial do projeto neste mês de julho, no Templo de Salomão, Nildete teve que viajar para a Bahia para cuidar de sua mãe que se recupera de uma doença. E, a filha ficou na casa do pai, em São Paulo.
Dicas
A mãe deve permitir que o pai ocupe o lugar que é dele na vida do filho, assim todos serão beneficiados, principalmente a criança. A mãe não deve adotar uma postura crítica para todas as ações que o pai fizer em relação à criança. Se não concordar com alguma atitude, converse em particular. Não discuta ou desmereça a posição.
Já o pai, deve participar mais ativa e frequentemente das atividades diárias do seu filho. Acompanhar o desenvolvimento escolar. Fazer atividades de lazer, como assistir a um filme. Ser proativo, sem esperar que apontem o que deve fazer. Um pai acomodado não é um bom exemplo. Sempre que necessário, exerça a autoridade, não o autoritarismo.
Ambos devem fazer uma autoanálise para avaliar se estão sendo uma mãe ou pai que inspira conforto, segurança e disciplina para seus filhos.
Conheça a Escola de Mães
O projeto tem como finalidade levar ensinamentos no âmbito do relacionamento familiar, onde é abordado temas sobre as melhores práticas para conviver, educar e orientar os filhos. Para saber mais, acesse o site oficial do grupo.
Mensalmente, ao final de cada aula, Neia Dutra indica uma atividade para ser desenvolvidas em casa. É o “PRATICANDO” que você pode conferir aqui.
Ademais, a Escola de Mães também criou uma cartilha para proporcionar momentos de descontração e união entre a família. O material é interativo e composto por dicas de brincadeiras, artesanatos, culinária e links que direcionam a vídeos com desenhos cristãos. Clique aqui para acessar.