Ele queria ser mulherengo igual ao pai
O vendedor José Luiz Cardoso não percebia as desvantagens que esse comportamento trazia para a sua vida
O vendedor José Luiz Lima Cardoso, de 38 anos, cresceu ouvindo seu pai contar que era mulherengo e como fazia as mulheres se apaixonarem por ele, apesar de não ter a intenção de ter um compromisso sério com nenhuma delas. Tal comportamento, estranhamente, fazia José admirá-lo a ponto de competir com ele.
“Eu fazia de tudo para conquistar as mulheres. Eu as usava e as descartava sem nenhuma explicação e agi assim vários anos. Eu não tinha a mínima consideração pelo sentimento de ninguém”, diz.
Como resultado de sua vida desregrada, José se divorciou duas vezes e teve três filhos. “Me vi pagando três pensões, mas eu ainda precisava de algo para me preencher e vivia em baladas e bebedeiras, orgias e swing. Contudo, ao chegar em casa, a solidão me consumia e aí eu me dava conta de que tinha gastado todo o dinheiro, até o das contas, nada tinha mudado e eu continuava solitário e vazio.”

Endividado, José, que sempre foi considerado um funcionário exemplar, aceitou uma proposta de vender ilicitamente um equipamento da empresa para obter um ganho extra e poder sanar as dívidas. A fraude foi descoberta e José foi demitido. “Fui para casa sem chão e sem saber o que fazer, pois tinha muitas dívidas e poderia ser preso por atraso no pagamento da pensão. Fiquei totalmente desesperado e logo comecei a ter depressão.”
Sem se dar conta
Na época, José não se dava conta de que tinha decidido se espelhar no mau comportamento do pai. “Mesmo amando minha mãe, ele se envolvia com outras mulheres, o que gerava muitas brigas. Minha mãe se perdeu no alcoolismo e meu pai se separou dela. Minha mãe morreu alcoólatra quando eu tinha cerca de 4 anos. Até hoje, meu pai vive sozinho, sem uma companheira ao seu lado, e perdido nas ilusões deste mundo.”

Em decorrência da vergonha e do sofrimento por causa do episódio na empresa, José conta que só viu uma saída: o suicídio. Porém, na noite que planejou que seria sua morte, viu um programa da Universal na TV. “O pastor começou a falar que a pessoa que estivesse desesperada a ponto de se matar não fizesse isso porque havia uma solução. Parei e comecei a ouvir. Só aquelas palavras já me acalmaram e depois ele mandou fechar os olhos e fez uma oração.” Naquela noite, José já percebeu uma diferença, pois conseguiu dormir como há muito tempo não ocorria.
No dia seguinte, ele acordou decidido a ir à igreja. “O dinheiro só dava ou para comprar o pão ou pegar o ônibus e ir à Universal. Nem pensei no pão e fui. Ao entrar naquele Santo Lugar já senti uma alegria sem explicação, participei do culto e saí totalmente feliz. O próprio Deus colocou dentro de mim a certeza de que eu venceria”
Processo de mudança
José conta que se libertou dos velhos costumes à medida que aprendia e colocava em prática os ensinamentos contidos na Palavra de Deus. “Minha maior dificuldade foi entender que Deus deveria estar à frente de tudo e de todos. Quando resolvi colocar Deus no seu devido lugar, que é em primeiro, e deixar o resto para trás, vi que eu estava livre do sofrimento. Um mês e meio depois que cheguei à igreja, percebi que deveria me batizar nas águas para sepultar de vez a velha criatura. Entendi também a importância de receber o Espírito Santo e me tornar um filho de Deus. Minha vida hoje é totalmente dirigida pelo Espírito.”
Casado, José recebeu uma nova chance e voltou a trabalhar na empresa de onde tinha saído por má conduta. Hoje ele é reconhecido por seus superiores e colegas de trabalho pelo excelente trabalho que executa. “Sou completo, pois nada se compara a estar na Presença do meu Deus e ter o Espírito Santo dentro de mim”, conclui.
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