Drogas, tráfico e assaltos são marcas do passado
Gabriel Ananias encontrou uma razão para viver depois de acreditar que não tinha mais jeito
O autônomo Gabriel Ananias da Silva, de 21 anos, cresceu no bairro da Brasilândia, em São Paulo, e teve uma infância humilde, mas conta que suas necessidades sempre foram supridas pelos pais. Ele frequentava a Universal com eles desde pequeno, mas um conflito familiar deixou marcas em sua vida: “cresci revoltado com meu irmão, que tinha sido detido por envolvimento com o crime. Presenciei várias vezes o sofrimento dos meus pais por causa dele, criei mágoa e prometi que não seria como ele.”

Entretanto, durante a adolescência, Gabriel esqueceu do que tinha prometido a si mesmo. Sem ter tido um encontro com Deus, ele deixou de frequentar a Igreja. Depois, aos 15 anos, experimentou maconha, que foi oferecida por colegas da escola. Ele diz ainda que com os novos amigos só pensava em usar drogas e frequentar bailes funk. Usar roupas de marca e acessórios eram seus desejos de consumo e, por isso, resolveu praticar o primeiro assalto. “Depois de usar maconha, cigarro e lança-perfume, cometi um assalto para sustentar o vício. Foi também a primeira vez que fui parar na Fundação Casa. Depois de um mês, eu estava nas ruas e comecei a traficar. Poucos meses depois, fui detido de novo por assalto. Ao todo, fui preso quatro vezes e a cada vez eu saía mais revoltado.”
Gabriel ficou nove meses na Fundação Casa e mais 11 meses no Centro de Detenção Provisória (CDP). Ele lembra que teve muitos livramentos enquanto esteve na criminalidade e diz que certa vez estava com os amigos em um bar quando foi chamado pelo pai e poucos minutos depois houve uma chacina no local. “Cinco minutos antes eu estava lá dentro e as pessoas que estavam comigo morreram. Hoje vejo que foi um grande livramento de Deus. Eu sentia muita tristeza e depressão quando passavam os efeitos das drogas. Um dia me joguei da moto em movimento, eu queria morrer e acabar com aquele sofrimento, pois achava que não tinha mais jeito para mim. Mais uma vez tive um livramento de Deus: sofri apenas escoriações”, afirma.
Jesus, a dose mais forte
Pouco tempo depois da tentativa de suicídio, Gabriel recebeu um convite que mudaria sua vida: “um obreiro me convidou para participar de uma reunião de sexta-feira na Universal. Ao entender que havia a ação de uma força negativa em minha vida, tomei a decisão de mudar. Poucos dias depois, me batizei nas águas e logo em seguida tive um encontro com Deus e o vazio e a depressão chegaram ao fim”, detalha.
Gabriel relata que não foi fácil negar suas antigas vontades, mas estava firme em sua escolha e só conseguiu vencer o passado por meio do Espírito Santo. Hoje ele é voluntário no Universal Socioeducativo, que atua levando a Palavra de Deus para menores que cumprem medidas socioeducativas. “O Espírito Santo me preenche totalmente e não preciso mais de drogas. Antes as pessoas me viam como um ‘noia’, hoje elas reconhecem que sou um novo homem. Meus pais agora se alegram com minha conduta e perdoei meu irmão, que hoje serve a Deus comigo. Digo que sou feliz de verdade”, finaliza.
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