Ezequiel Vicente Soares é eletricista e tem 29 anos. Ele mora em Caxias, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Quem adiciona Ezequiel no WhatsApp logo se depara com uma frase emblemática colocada em seu perfil: “eu sou a prova que Deus tem piedade de nós, pois Ele me tirou do abismo e me trouxe para a luz”. A referência, segundo ele, é porque passou por diversos problemas que poderiam ter dado fim a sua vida por causa de uma trajetória recheada de descaminhos, vícios e até envolvimento com criminosos.

Ele conta que, apesar dos seus pais serem separados, foi criado em uma família cristã. “Aprendi a respeitar as pessoas, a ser trabalhador e respeitador. Eu era muito tranquilo, tinha medo de bandido e de traficante. Quando eu via uma arma, ficava horrorizado. Conheci a bebida com 16 anos e entrei nesse mundo de forma boba: passei a fumar cigarro escondido ao frequentar baile funk. Uma vez, eu estava em um bar bebendo e um amigo falou que tinha cheirado cocaína, que era só para curtir e que não viciava. Eu fiquei curioso, até que decidi experimentar.”

Ezequiel diz que foi pai com 17 anos, viveu um casamento que não deu certo e teve outro relacionamento que resultou no nascimento da segunda filha. “Um dia, ao sair para trabalhar, encontrei um amigo fumando maconha e pedi para fumar. Antes, eu até mentia que já tinha fumado. Dali em diante, passei a pedir aos amigos que comprassem para mim porque eu tinha vergonha. Virei usuário de maconha e cocaína”, diz.

Ele revela que teve praticamente duas overdoses. “Já passei uma semana cheirando cocaína e me envolvi com muitas pessoas erradas a ponto de traficar e roubar. Fiz minha família sofrer muito.

Uma vez eu cheirei tanto que entrei em surto e não conseguia parar de cheirar. Todas as pessoas que estavam comigo naquele dia já tinham parado e eu continuava. Só consegui parar porque bebi uma caixa inteira de leite. Em outra vez fui socorrido por minha irmã, que me levou ao hospital. Percebi que eu iria morrer ou na droga ou no convívio com essas pessoas”, avalia.

Foi nesse momento que ele se recordou do tempo que frequentava a Igreja e resolveu orar: “‘Deus, me tira daqui. Eu vou mudar minha vida, pois não aguento mais’. Lembrei da oferta e do dízimo, quando Deus promete que amarra o espírito devorador, e resolvi voltar a ser dizimista. Quando fui à Igreja, parecia que o pastor estava falando comigo: ‘para mudar a sua vida primeiro você precisa se entregar. Quando você passar nesse Altar coloque uma oferta simbolizando a entrega de sua vida e de todos os seus problemas a Deus’. E foi assim que eu fiz”.

Hoje Ezequiel acrescentou à sua trajetória também a Salvação. “Quando fiz minha oferta, entreguei também o vício. No dia seguinte, vi amigos usando e me convidando para fumar, mas recusei. Depois eu entrei para a Força Jovem Universal, me batizei e recebi o Espírito Santo. Para quem acha que não há solução, eu digo para se aproximar de Deus. Deixe os amigos de bebida e das drogas de lado e valorize sua família. Venha para a igreja e busque a Deus. Ele pode ajudar você”, conclui.