O empresário Reginaldo Oliveira da Silva, de 50 anos, enfrentou dificuldades desde muito cedo. Filho de pais desempregados, ele precisou viver de favor na casa de uma tia. Ali experimentou uma das maiores dores: a humilhação. “Morar de favor não é fácil. Eu tinha que pedir licença para tudo, até para abrir a geladeira ou pegar algo para comer”, diz.

Com o passar do tempo, a revolta e o orgulho tomaram conta dele. Buscando esquecer os problemas, ele mergulhou nos vícios. As bebidas, noitadas e amizades se tornaram parte de sua rotina. “Era uma alegria momentânea, porque, quando eu chegava em casa, era só a tristeza”, conta.

Como ele mudou

A situação chegou ao limite quando, ao voltar para casa, suas roupas tinham sido colocadas na porta e ele foi expulso do lugar onde morava. Sem ter para onde ir, ele conseguiu um barraco simples e dividia o espaço com um amigo que tinha hábitos parecidos com os dele. Foi desse mesmo amigo que, certo dia, recebeu um convite para visitar a Universal. A princípio, Reginaldo recusou, mas começou a observar mudanças no colega. Aquele homem, que antes vivia nas noitadas, passou a ir frequentemente às reuniões e estava diferente.

Reginaldo dava carona de moto ao amigo até a Universal. Curioso, mas ainda resistente, ele se negava a entrar. “Ele me chamava para ir com ele. Eu o levava, mas ficava esperando do lado de fora. Mesmo de longe, eu observava as pessoas saindo da reunião sorrindo e felizes. Isso começou a mexer comigo”, revela.

Um dia, ele decidiu aceitar o convite e entrou na Igreja. Ele dobrou os joelhos no Altar e fez um voto com Deus. “Eu falei: ‘Se o Senhor existe, se está aqui, eu não saio desse lugar sem a Sua resposta: ou o Senhor muda a minha vida ou me leva’”.

Foi assim que sua vida começou a se transformar. Ele participava das reuniões e colocava em prática o que aprendia. “Eu ouvi Deus falar no meu interior: ‘Meu filho, você não está mais sozinho. Eu sou contigo.”
Ele, que antes buscava paz na bebida, nas baladas e nas amizades, agora a tem dentro de si e comenta como está atualmente: “Hoje, o dono da paz mora dentro de mim”.

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