Da festa ao pânico: Halloween deixa 156 mortos na Coreia do Sul
Tragédia marcou a volta dos festejos de Halloween pós-pandemia
Em Seul, na Coreia do Sul, 156 pessoas morreram e centenas ficaram feridas durante a primeira festa de Halloween pós-pandemia, realizada na cidade. A tragédia aconteceu no sábado à noite (29).
Resumindo a notícia:
- Quase 100 mil pessoas compareceram à área da festa, que não foi um evento ‘oficial’;
- Dezenas de milhares de pessoas lotaram um beco inclinado de três metros de largura;
- O ministro do Interior, Lee Sang-min, pediu desculpas nesta terça-feira (1º) pela tragédia;
- Centenas de pessoas foram esmagadas no local, e muitas morreram de asfixia.
Entenda o que aconteceu:
- De acordo com informações das autoridades, dezenas de milhares de pessoas se aglomeraram em um beco inclinado de três metros de largura, no bairro de Itaewon, conhecido por uma vida noturna agitada.
- E ao tentar percorrer o local, as pessoas se depararam com um cenário de caos, com tumulto, empurrões e pisoteamento.
- Na segunda-feira (31), o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, abriu as homenagens às vítimas, que em sua maioria eram jovens.
O que sobreviventes disseram:
- “Havia dezenas de milhares de pessoas, o maior número que já vi na minha vida… a ponto de sermos esmagados no chão. Ninguém realmente entendia o que estava acontecendo”, contou Raphael Rashid, jornalista independente à BBC.
- “Aqueles jovens que foram chamados de ‘geração covid’ finalmente puderam celebrar o Halloween como seu primeiro festival. Então, ninguém foi capaz de prever que o festival se transformaria em um desastre”, disse Lee Su-mi, morador da região, à Reuters.
- “As pessoas vão sendo empurradas. Fica tipo um bloco de carnaval. Se a gente tivesse atravessado 20 minutos antes, como as meninas queriam, estaríamos no meio da multidão e sabe Deus o que poderia ter acontecido”, detalhou a modelo brasileira, Rebecca Câmara, a um jornal, sobre como funciona a movimentação durante a festa.
- “As pessoas caíram empilhadas umas sobre as outras como em um túmulo. Algumas gradualmente perderam a consciência e outras pareciam mortas naquele momento”, relatou uma testemunha à agência de notícias Yonhap.
O que você precisa saber:
- Na internet, imagens do tumulto circulam e viralizam, em meio a acusações de falta de controle das autoridades.
- Ainda nesta terça-feira (1º), o comandante da polícia nacional da Coreia do Sul admitiu que a resposta dos agentes aos alertas de perigo sobre a aglomeração foi insuficiente. Ainda, o ministro do Interior, Lee Sang-min, também pediu desculpas pela tragédia.
- De acordo com informações do R7, a polícia e as autoridades não controlaram o fluxo de pessoas na festa. Porém, a polícia sabia que “uma grande multidão estava reunida inclusive antes do acidente, o que indicava a urgência do perigo, mas o uso desta informação foi insuficiente”, reconheceu o comandante da polícia nacional, Yoon Hee-keun.
- Apesar da Coreia do Sul ser considerada um país eficiente no controle de aglomerações e os protestos geralmente terem uma grande presença policial, a ponto de superar o número de participantes nas manifestações, não foi o que ocorreu durante esse evento.
- “Não é apenas uma questão de números. A pergunta é: o que fizeram com o número limitado (de policiais) e que tipo de medidas adotaram para compensar isto?”, questionou Lee Young-ju, o professor do Departamento de Incêndios e Desastres da Universidade de Seul.
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