Crianças que bebem álcool com os pais têm maior chance de se viciar

Estudo comprova o papel dos pais na dependência

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Crianças que recebem “um golinho” de bebida alcoólica de seus pais têm mais chances de se tornarem viciadas quando adultas. A descoberta é da Universidade Federal americana Uniformed Services University of the Health Sciences (USU), especializada em saúde.

De acordo com os autores do estudo, as crianças que têm contato com álcool passam a ver a bebida sob um ponto de vista positivo.

“Fornecer goles de álcool para crianças está associado a elas terem expectativas mais favoráveis ​​sobre o consumo de álcool”.

Esses filhos, cujos pais oferecerem um gole de álcool “para que se acostumem”, aprendem a tratar a bebida alcoólica como algo que “ajuda a pessoa a relaxar, se sentir feliz, se sentir menos tensa”.

“Expectativas positivas sobre o álcool têm associações conhecidas com o início de beber de maneira intensa, beber de maneira problemática e beber em excesso na vida adulta”, afirma a autora do estudo, Mikela A. Murphy.

O consumo de álcool, além de causar transtornos mentais, pode afetar o desenvolvimento normal dos órgãos e funções vitais das crianças, incluindo cérebro, fígado, ossos e hormônios.

Ingerir álcool prejudica crianças e jovens de todas as idades. Todavia, pré-adolescentes são os mais propensos a desenvolver o vício ao alcançarem a adolescência. Pré-adolescentes que experimentam álcool na presença dos pais têm 85% de chances a mais de se viciarem já na adolescência.

O exemplo dos pais

Em seu blog, o Bispo Edir Macedo explica que “a maioria dos problemas que envolvem a juventude recai na maior parte das vezes sobre a família”. Conforme ele ressalta que “muitos pais ainda insistem em levar as crianças para bares, fazendo com que os pequenos tenham a primeira experiência com álcool na presença dos seus responsáveis. É o que diz uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a qual relata que 46% dos adolescentes tiveram o primeiro consumos de álcool ainda em casa”.

De fato, tanto aqui quanto nos EUA, onde o estudo acima foi realizado, os pais são os maiores responsáveis por oferecer a primeira experiência com bebidas para as crianças, ignorando o efeito negativo que a prática causa.

“O pior é que muitos pais ignoram o fato de que bebida alcoólica também merece atenção, principalmente porque o álcool também é considerado um tipo de droga, apesar de lícita. Mesmo assim, ela é a mais consumida entre os jovens e a que é usada mais cedo, com média de idade de 12,5 anos”, ressalta o Bispo. “O uso cada vez mais cedo deste tipo de drogas – lícitas ou não – pode estar envolvido com o tipo de amizade ou companhia do adolescente, falta de orientação e de estrutura familiar, em que os pais mostram-se longe da realidade dos filhos o que tange aos perigos escondidos por detrás de músicas, artistas, filmes e festas que fazem apologia ao uso de entorpecentes”.

Quando toda a sociedade pressiona o jovem para experimentar a droga e os pais agem da mesma maneira, a tendência a destruir os filhos é enorme.

Infelizmente, esse é um grande problema que afeta a cada dia mais a juventude, “a não ser que a sociedade repense o que de fato é válido como conceito, valor e princípio, para que opiniões proselitistas e dogmáticas não dominem a mente e a inteligência das pessoas, fazendo-as acreditar que Deus está por trás de todas as desgraças e mazelas da humanidade”, conclui o Bispo.

Na Universal há um encontro que oferece apoio a todos os que precisam se libertar dos vícios: o Tratamento Para a Cura dos Vícios. Clique aqui e saiba como participar.

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Colaborador

Andre Batista / Foto: Getty Images