Crianças estão perdendo a infância por causa da internet

Especialista alerta: redes sociais estão acelerando a perda da inocência e comprometendo o futuro emocional e espiritual das crianças

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Em poucos cliques, crianças e adolescentes acessam conteúdos que aceleram um perigoso processo de adultização. Assim, brincadeiras se transformam em performances, a inocência dá lugar à exposição e a fragilidade emocional vira mercadoria para gerar curtidas. Enquanto isso, muitos pais assistem passivamente a esse cenário sem perceber que cada dia perdido diante das telas pode provocar danos irreversíveis.


Os riscos que crescem junto com as telas

A psicóloga e pedagoga Cassiana Tardivo, especialista em Neuroaprendizagem e Dependência Tecnológica, alerta que “trends” e conteúdos impróprios não apenas roubam a inocência, mas também abalam a autoestima e comprometem o desenvolvimento emocional e espiritual.

Segundo ela, sintomas como depressão, ansiedade, distúrbios do sono, isolamento, quebra de vínculo familiar e até desinteresse pela fé surgem cada vez mais cedo. Além disso, a especialista chama atenção para os perigos invisíveis escondidos atrás das telas: ciberbullying, automutilação, pensamentos suicidas, sexualização precoce, pornografia e participação em desafios perigosos. “Temos perdido filhos dentro dos quartos”, alerta.


Quando a infância deixa de ser infância

O uso excessivo das telas substitui o brincar livre, o contato com a natureza e a interação real. De acordo com a psicóloga, esse comportamento prejudica gravemente o desenvolvimento infantil — em alguns casos, de forma irreversível. A ausência de experiências reais, portanto, não afeta apenas o corpo e a mente, mas também enfraquece valores e mina a fé.


Estratégias para resgatar o vínculo familiar

Para reverter esse quadro, Cassiana defende que os pais ajam com amor e autoridade. Isso significa mediar o uso das telas, estabelecer rotinas familiares seguras e, sobretudo, estar presente: olhar nos olhos, abraçar e ouvir.

Na mesma linha, o pastor Walber Barbosa, responsável pelo grupo Força Teen Universal (FTU), reforça que a melhor prevenção é trazer a Palavra de Deus para dentro de casa. “Ela ensina respeito, humildade, obediência aos pais e honestidade. Esses princípios estruturam o caráter e fortalecem os adolescentes diante das tentações digitais”, afirma.

Ele observa que muitos jovens se sentem pressionados a antecipar etapas da vida para serem aceitos em grupos ou nas redes sociais. O FTU, por isso, trabalha para mostrar que a adolescência é tempo de investir nos estudos, desenvolver talentos, cultivar a convivência familiar e construir bases sólidas para o futuro. “Quando o adolescente entende que já tem valor pelo que é, não se sente pressionado a buscar aprovação em lugares errados”, explica.

Além disso, o pastor compara a internet à árvore do conhecimento do bem e do mal. Segundo ele, nela existem riscos, mas também ferramentas capazes de fortalecer a fé, como o Univer Vídeo, o Portal Universal e as redes do FTU. “O segredo está em ensinar o uso consciente das telas, para que o adolescente saiba escolher o que faz bem e rejeitar o que o afasta de Deus”, conclui.


Um chamado urgente aos pais cristãos

Proteger os filhos da adultização e das influências nocivas da internet exige mais do que impor limites. Na prática, trata-se de um ato de fé e de responsabilidade espiritual. Pais que assumem esse compromisso preservam a saúde física e emocional dos filhos, guardam a pureza da fé e os fortalecem contra um mundo cada vez mais distante de Deus.

Assista ao vídeo abaixo e aprenda como exercitar seu cérebro:

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Colaborador

Sabrina Marques / Foto: iStock