Como passar no concurso público?
Veja o que fazer para garantir uma das mais de 2,4 mil vagas que estão disponíveis desde o mês passado
Os concursos públicos em nível federal, estadual e municipal, no Brasil, continuam despertando o interesse de muitas pessoas que buscam realização profissional, estabilidade no emprego, bons salários, benefícios, como planos de saúde, flexibilidade de horário para estudar e progressão na carreira, por exemplo. Para quem deseja participar, o governo federal autorizou a realização de novos concursos, no mês passado, para o preenchimento de mais de 2,4 mil vagas em níveis médio, técnico e superior. Os salários variam entre R$ 3.727 e R$ 20,9 mil. Várias prefeituras e Estados do País também estão com vagas disponíveis. Contudo o grande desafio para os candidatos é ser aprovado.
Para Romulo Bolivar, professor de redação da Rede Daltro Educacional (especializada em concursos) e doutorando em filologia e língua portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP), os principais problemas enfrentados por quem estuda estão relacionados à organização e à administração do aspecto psicológico. “A ansiedade e a falta de tempo para se dedicar aos estudos representam duas das principais dificuldades enfrentadas pelos concursandos”, opina.
Para ele, apesar de a maioria escolher concursos com base no salário e na escolaridade exigida, é essencial que o candidato busque vagas que se aproximem de seu perfil: “uma rotina de trabalho por anos dentro de uma atividade com a qual não se identifique pode afetar outras áreas de sua vida, como a familiar, por exemplo. Você deve buscar informações na internet ou com funcionários sobre a rotina de trabalho no cargo ao qual pretende concorrer”.
Mari Possidonio, treinadora e palestrante, especialista em comunicação e programação neurolinguística, afirma que a disciplina é o grande segredo para passar em um concurso. “Escolha um ambiente para estudar, certifique-se de que seja um local tranquilo e propício para se concentrar e o seu cérebro identificará este espaço como sendo o da ‘hora do aprendizado’”, orienta.
Contudo não é possível determinar se será fácil passar em um concurso. “Depende muito do tipo de seleção, das vagas disponibilizadas e da preparação do candidato. Concursos como de policial militar e magistério costumam apresentar maior quantidade de vagas e, portanto, quem se envolve com essas seleções, geralmente passa mais rapidamente. Concursos mais disputados, como os de fiscais dos tribunais, por exemplo, às vezes podem ter uma fila de mais de cinco anos”, analisa Bolivar.
Para Mari, a neurociência pode acelerar o processo de aprendizado com algumas ferramentas específicas para memorização de conteúdo, considerando o fato de que o cérebro tem limites para armazenar informações na memória de curso prazo. “Associar informações novas ao conhecimento prévio é uma forma de criar novas conexões na memória.”
Ela recomenda o uso da repetição e da narração: “falar em voz alta ou explicar o conteúdo para alguém, mesmo que seja para o espelho, ajuda a consolidar o conhecimento. Divida as informações em categorias importantes, o que facilitará a compreensão e a memorização e criará conexões e associações entre os conceitos. Faça revisões constantes para que seu cérebro identifique que essas informações são importantes e precisam ser memorizadas”.
Embora a memorização seja uma alternativa para estudar, Bolivar lembra que a dinâmica dos concursos mudou há algum tempo. “As bancas estão percebendo que inteligência e decoreba não são a mesma coisa. Atualmente, a boa capacidade de interpretação vale mais do que decorar mil regras gramaticais em uma prova de linguagem, por exemplo. O raciocínio lógico, em muitos testes, ajuda mais do que as fórmulas decoradas”, diz.
Bolivar lembra de outro critério que os candidatos devem satisfazer: “as questões estão mais interpretativas e exigem reflexão crítica do participante em relação à realidade. A redação também representa um importante instrumento de avaliação e serve para verificar se o candidato domina várias competências. Entre elas, a de organização (do texto) e a de seguir regras de escrita (como as dos gêneros). Ela é também uma forma de aferir conhecimento discursivo e de diminuir a possibilidade de chutes ou colas”.
Para ele, o candidato deve procurar um bom curso e que tenha professores experientes. “Tais cursos põem os candidatos em contato com professores que conhecem não apenas os conteúdos, mas o estilo de cobrança das bancas, o que representa uma vantagem em relação aos concorrentes”, conclui.
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