Como lidamos com os talentos?

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Ele era constantemente criticado pelos professores por desenhar em sala de aula. Hoje já ilustrou um livro infantil e está trabalhando para a Nike.

A história do jovem britânico Joe Whale, de 13 anos, também conhecido como “Doodle Boy”, está chamando a atenção do mundo e é um verdadeiro exemplo sobre a importância da valorização dos talentos.

Ao contrário dos docentes, os pais do jovem entenderam que desenhar era uma habilidade que precisava ser incentivada. A área de coordenação pedagógica chegou a conversar com os responsáveis para adverti-los que o filho desenhava demais. Porém, eles tiveram sabedoria para lidar com a situação e inscreveram Joe em aulas de artes.

Foi quando o professor começou a postar as ilustrações nas redes sociais que tudo mudou. O adolescente foi chamado por um restaurante inglês para redecorar o salão com seus desenhos. O pai fazia questão de levar e buscar o menino no restaurante, todos os dias, depois das aulas.

Depois, Joe criou telas, foi convidado para participar de uma mostra de arte em Los Angeles, nos Estados Unidos, e ainda montou um livro de colorir. Ele foi contratado pelo duque e pela duquesa de Cambridge, William e Kate Middleton, para desenhar no trem real e, recentemente, fechou um contrato com a Nike para incentivar a criatividade das crianças por meio de seus desenhos.

“Esse é um dos meus sonhos. Haverá muitas coisas divertidas chegando em breve, pelas quais estou muito animado. Eu continuo dizendo a mim mesmo: faça o que você ama, faça o que você ama, rabisque. Sempre desenhei a vida toda, desde os 2 ou 3 anos”, disse ele ao jornal britânico The Daily Mirror.

Não sepulte seus talentos
O exemplo do jovem Joe Whale fala por si mesmo: os talentos precisam ser valorizados. Quantas vezes presenciamos talentos serem ignorados só porque são diferentes dos da maioria? Saber ter esse olhar faz toda a diferença.

Além disso, é importante que cada um saiba quais são suas aptidões. Muitas pessoas acabam perdendo tempo tentando copiar outras e ficam insistindo em olhar para fora e não para dentro. E aí acabam enterrando talentos que poderiam ser multiplicados.

Todos temos uma ou mais habilidades, que podem ser natas ou desenvolvidas por meio da prática. Então, essa história mostra que é importante olhar para o outro respeitando sua individualidade, com o intuito de descobrir capacidades únicas, e também que é essencial não apenas saber qual é o nosso talento como também investir nele, o que inclui doses de dedicação e muito sacrifício.

* Por Ana Carolina Cury, jornalista

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Colaborador

Ana Carolina Cury / Foto: reprodução